👔Lucas Bernard👔
Assim que abro meus olhos os sinto arderem um pouco, pela a luz que saia pela janela. Tento me remexer aonde é que eu esteja, mas a dor que vinha na minha barriga era intensa. Gemo de dor tentado levantar, mas sou impedido por um par de mãos com a unhas bem feitas. Vou seguindo a linha dos braços até chegar no rosto de minha tia. Tento falar algo, mas a dor que eu sinto até em forçar uma palavra me faz gemer ainda mais. Tia Diana se fasta um pouco indo em direção a porta e saindo pela mesma, foi aí que percebi que estava em uma cama de hospital. O movimento que eu vinha pelo lado de fora do quarto era idêntico a um, mas pelo visto ninguém se deu a curiosidade de entrar no quarto. Flash piscavam em minha mente como as agressões que levei durante o tempo que Miguel me deixou naquele lugar, o tiro que ele me deu com o excesso de raiva que teve em uma das seções de agressões. Aquele sim seria o meu fim, não veria mais Rodrigo, tia Diana, a família de meu chefe, nem Amber. Mas por algum milagre divino eu não morri pela perda de sangue, eu só me lembro de cair em uma escuridão sem rumo. Mesmo inconsciente eu podia sentir alguns toques em meus corpos, pessoas me chamando, mas era tudo vagarosamente. Pouco tempo depois Diana volta com dois copos de água, chegando ela me ajuda a colocar na boca. Sinto a água gelada descendo pela minha garganta me deixando um pouco mais calmo.
— Oi, meu querido. — Tia Diana passou a mão em meus cabelos em uma forma de carinho. — Você me deu um susto e tanto menino.
— O que aconteceu tia? — Pergunto sussurrando pela ardência em minha garganta. — E como a senhora está aqui? Ou estamos em Lisieux?
— Não querido, estamos num hospital local em Nova Escócia. — Responde pegando uma cadeira e colocando ao lado da cama. — E o seu namorado comprou passagens para que eu viesse correndo para cá.
— A senhora conheceu o Rodrigo? — Pergunto encarando-a
— Conheci! Um rapaz educado e lindo — Falou se sentando na cadeira. — Ele...
Diana foi interrompida por Rodrigo e sua família que entraram no quarto quase quebrando a porta, me assusto assim que vejo seus olhos arregalados, até mesmo Roberto estava com eles. Rodrigo que se mantinha atrás de seus irmãos, vem em minha direção esbarrando em todos ignorando os resmungos.
— Amor, finalmente você acordou! — Rodrigo não hesitou em me abraçar, mas o que gerou um desconforto em meu corpo. — Desculpe meu anjo, eu esqueci que você está machucado.
— Lucas, mon petit, il y a ces gens qui te font manquer en quelques minutes, et d'autres, qui n'auraient même pas vécu toute une vie en changeant à quel point on se sent peu pour eux. (Lucas, meu pequeno, existem aquelas pessoas que fazem você sentir falta em poucos minutos, e outras, que nem levando uma vida inteira mudariam o pouco que sentimos por elas.) — Tia Diana começa a falar em francês desviando os olhos entre mim e Rodrigo. — Mais d'une manière ou d'une autre, gardez qui vous aimez et qui vous admirez à proximité. Car cet amour est difficile à trouver. (Mas de alguma forma, mantenha por perto quem você ama e quem você admira. Pois esse amor é difícil de se encontrar.)
— Oui tante Diana, je ne laisserai pas partir ce grincheux. (Sim tia Diana, eu não vou deixar esse mal-humorado ir.) — Digo sorrindo para ela e voltando a encarar Rodrigo que se manteve em silencio como todos os outros presentes
— Realmente, precisamos aprender francês urgente! — Disse Adam fazendo tia Diana e eu rir pelo comentário
— Precisam mesmo! — Digo me ajeitando na cama.
— Você está bem querido? — Pergunta minha mais nova e única sogra.
— Estou bem, tirando algumas dores, mas sei que posso ficar vivo. — Digo recebendo risadas abafadas dos irmãos de meu namorado.
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A Proposta
RomanceLucas Bernard é um jovem francês que veio muito cedo para a cidade de Detroit, Michigan, a procura de novos ares para sua futura profissão como advogado. Logo após Lucas entrar na faculdade, consegue um emprego como secretário de uns dos advogados m...