Capítulo 46

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E VAMOS DE TERMINAR
ESSA ADAPTAÇÃO HOJEEEEEEEEEE

boa leitura 🐍
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{Narrado por Shawn}


Parei na frente da casa do Lucca e da Fanny alguns minutos antes da hora combinada e olhei o celular pela décima vez desde a noite passada. 

Nada ainda. 

Havia mandado uma mensagem para  Camila perguntando como foi a apresentação, mas não recebi nenhuma resposta. Mesmo que tivesse chegado cedo em casa e ido dormir, ela já teria acordado. Normalmente, ela chegava ao escritório às sete da manhã. 

Passei a noite toda ansioso, com uma sensação ruim depois da mensagem sem resposta. Mas devia ter mais a ver com toda a confusão com Lucca, com ter que me despedir dele antes de passar três semanas distante, depois de tudo que aconteceu no último fim de semana. 

Guardei o celular no bolso, olhei para a casa e respirei fundo antes de sair do carro. 

Fanny abriu a porta com seu habitual bom humor. 

— Seria bom se ele tivesse algum dinheiro para as férias. 

Balancei a cabeça. Ah, é? Dê você a ele, então. 

 — Sei. Ele está pronto? 

Fanny bateu a porta, e ouvi o grito do outro lado. 

— Lucca! Venha logo! 

Meu coração começou a bater descompassado quando ouvi os passos dele descendo a escada. Não sabia o que faria se esse garoto não superasse tudo isso. Minhas mãos começaram a suar. 

A porta se abriu, e Lucca saiu carregando a mochila. 

Agi com cautela e mantive as mãos nos bolsos. 

— Oi. 

Ele levantou o queixo. 

— Oi. 

Já era alguma coisa. 

— Pronto? 

Ele assentiu, e fomos para o carro. Liguei o motor e tentei puxar conversa. 

— Animado para a viagem a Minnetonka? 

Ele torceu o nariz como se sentisse um cheiro ruim. 

— Você estaria? 

Era um bom argumento. 

— Abra o porta-luvas. Pegue esse envelope pardo. Aí dentro tem umas informações que imprimi ontem à noite sobre lagos da região. Tem alguns bem próximos de onde vai ficar, dá para ir a pé, e parece que a pesca é boa. Também tem dinheiro aí para comprar isca, essas coisas. 

Ele pegou o envelope e guardou na mochila. 

— Obrigado. 

 Conversamos sobre amenidades no caminho curto até a escola, mas foi uma conversa truncada, na qual eu falava, basicamente, e ele respondia sim, não e obrigado. 

Acho que poderia ter sido pior. 

Quando chegamos à porta da escola, ainda faltavam alguns minutos para a hora da entrada, e eu estacionei em uma vaga e desengatei a marcha. 

— Escuta, amigão... — Parei para pigarrear. — Sobre o que te contei na semana passada. 

Ele abaixou a cabeça, mas não tentou sair do carro, pelo menos. 

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