Inevitável Amor (COMPLETA)

Capítulo 29 - Sentimentos difíceis de controlar

Sinto o mundo desvanecer abaixo de meus pés. Como ele soube?
É claro, só pode ter sido uma pessoa, como ela teve coragem? Foi uma isca e eu caí. Aquela vadia.

Pego meu carro e vou em direção a livraria do Christian, ligo para a Kate do caminho.

- Kate?

- Oi, Ana. Onde você está?

- Hoje eu não vou poder ir com você amiga, podemos ir amanhã? Por favor?

- Sim, claro. Mas primeiro você precisa me dizer o que aconteceu para você desistir tão repentinamente.

- Eu preciso resolver um problema com uma...

- O que é? O que deu e você Ana?

Estaciono o carro ao lado da livraria, não demoro a chegar por ser bem perto, tudo no centro se tornava perto, fico ali observando o movimento.

- Nada, tudo o que você precisa saber é que a Anastásia que deixava tudo passar, acabou de morrer. Agora é olho por olho e dente por dente.

- Ana, onde você está?

- Preciso desligar, obrigada por entender, beijo te amo!

Desligo, pois quero me concentrar em observá-la. Estava em um horário bastante movimentado, e eu consigo ver a Leila atendendo alguns clientes, ela parece estar bastante ocupada, além dela consigo ver mais três rapazes fazendo o atendimento, mas não consigo ver a Helena. Ela também não deveria estar em seu horário de trabalho?

Passam-se algumas horas, era horário de almoço, e pelo visto eles revezavam os horários, saíram dois, então decidi pedir algo para comer ali no carro mesmo, não queria perder um passo dela, não só dela, das duas. Que ódio que eu sinto dessas duas, poderia bater nelas agora mesmo. Soco o volante do carro como se estivesse socando a cara delas.
Depois que comi, passou mais um tempo, os dois rapazes voltaram, e apenas a Leila saiu.

Bom depois eu cuido da Helena, vou aproveitar minha oportunidade agora, acelero o carro e antes que ela ultrapasse a faixa paro o carro interrompendo sua passagem.

- Entre no carro! – Digo com a voz áspera.

- Oh, você me assustou. – Diz totalmente dissimulada.

- Eu mandei entrar na porra do carro agora! Ou eu vou cuidar disso aqui mesmo. Vai entrar ou eu vou ter que descer?
Eu não estou preocupada se vou fazer um show em público. Foda-se a reputação da minha editora, foda-se a venda do meu livro. Você entendeu Leila?

Ela entra no carro, e eu ultrapasso todos os carros que estavam a minha frente, sigo em direção a um lugar, sim aquele lugar, que o Jack me arrastou quando estava me chantageando por causa da Mia. Era o único lugar que eu conhecia, onde eu poderia expressar toda minha indignação para com essa mulher, meus olhos ardiam de ódio, minhas mãos formigavam com sede de esbofetear a cara dela. Eu não estava me reconhecendo, mas isso não importava. Ela não sabe com o que estava se metendo. Ela tem noção do que eu passei?

- Finalmente chegamos, desça. - Ordeno.

Ela apenas obedece. Eu desço logo em seguida e caminho em sua direção.

- Qual a sua intenção me trazendo até aqui? Vai me matar? Não faz muito seu estilo, alguém que escreve tantos romances ridículos não teria coragem.

- Cale a boca! Sua vagabunda. Você fez aquilo de proposito não é mesmo? – Eu seguro seu cabelo com força e a encaro.

- Sim, fiz! - Ela me encara com olhos altivos. - O que vai fazer a respeito? Você não o merece, um homem que esperou anos por você, e tudo o que você faz é dificultar as coisas para ele. Finalmente ele caiu na real.