Inevitável Amor (COMPLETA)

Capítulo 35 - Decisões

Ele me vira, fazendo com que eu fique entre ele e a parede, me encara com o olhar semicerrado.

-- Ana, por favor não faça barulho, não quero que a Mia venha até aqui. Eu vou te soltar agora, mas não me peça para sair, preciso conversar com você. Ok?

Eu o encaro com a respiração ofegante. E muito vagarosamente balanço minha cabeça em sinal positivo.

Ele se afasta um pouco de mim e finalmente me libera.

-- O que você pensa que está fazendo? Não é por que você ficou na minha casa que tem o direito de entrar assim no meu quarto. -- Falo com muita dificuldade, o que eu mais queria era chorar naquele momento.

-- Eu ia beber água, mas voltei ao te ver lá. Quando vi que estava voltando para o seu quarto eu não me contive, precisava falar com você.

-- Christian, você já viu a hora? Eu preciso dormir, você teve bastante tempo para me procurar para conversar. Aliás você foi quem disse que eu não fosse atrás de você, você se afastou, e preferiu estar com aquela...

-- Aquela?

-- Deixa pra lá!

-- Não, eu não posso simplesmente deixar para lá, custou muito para que eu pudesse estar frente a frente com você para esclarecer as coisas.

-- Não vejo nada para ser esclarecido, eu descobri o que eu já sabia, suas amadas funcionárias estavam traindo sua confiança. Mas pelo que você me mandou você já sabia, e pelo que eu sei não deu a mínima, ao invés disso foi beber com a Helena. -- Só de lembrar da cena meu corpo começa a tremer de ódio.

-- Posso muito bem explicar tudo se assim me permitir.

-- Não, pelo menos não agora! Está tarde.

-- Ana...

O Christian começou a soar frio, parecia fraco...

-- O quê?

-- Não é nada, só me deu um pouco de indisposição agora... Eu poderia sentar um momento? Prometo que saio logo.

-- Acho melhor n... Tudo bem. Só não demore ou eu vou ter que chamar a Mia, já que está doente deveria estar descansando.

-- Obrigado. -- Ele se arrasta até a minha cama e senta colocando as mãos em seus joelhos, parecia muito cansado.

Ah meu Deus, o que eu faço agora? Parte de mim queria cuidar dele, mas meu orgulho ferido não permitia. Seria melhor eu chamar a Mia? Ficaria muito estranho? Ela iria chegar aqui e o irmão dela que supostamente deveria estar em outro quarto de repente estava na minha cama sendo que estamos brigados... Certeza que seria estranho, eu sei que reconciliações são normais, casais brigam e depois fica tudo bem... mas sei lá, não foi uma briga qualquer, ele que resolveu fazer besteira. A Mia ficaria confusa, mas certamente iria amar ver o irmão no meu quarto, eu sei... mas não conversamos ainda e nada está resolvido.

Decido apenas esperar ele se recompor, mas para minha surpresa.

-- Você vai ficar aí? -- Ele questiona.

-- Onde mais eu deveria ficar?

-- O quarto é seu, a cama é sua, não precisa ter medo de mim apenas por eu estar sentado aqui, não vou fazer nada que você não queira.

-- Você não deveria falar assim.

-- Assim como?

-- Como se estivesse disposto a...

-- Por que eu não estaria?

-- Primeiro por estar doente...

-- Isso não seria nenhum problema para mim, Anastásia.