Capítulo IV

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N/a: Boa noite, amorzinhos! Voltei antes porque vocês me conhecem né, não aguento. KKKKKKKK então vamos de mais um capítulo dessa história especial. Avisos; 1) Há a entrada de uma nova personagem. 2) Há emoções aí! 3) Há fotos nesse capítulo que são de autoria de minha amiga Rafaella, que é uma fotógrafa incrível, então todos os créditos por essas obras de arte aqui expostas são dela. Te amo, Rafa! Obrigada!

Boa leitura, amores! Volto logo! Qualquer coisa me gritem no TT ou na ask.

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Era primavera na capital Argentina, Buenos Aires estava toda florida, desde o topo das árvores até a grama que cobria os jardins. O clima era agradável, não fazia frio, mas também não fazia calor. Era ideal, Lauren achava. Era ideal para ela. Gostava de observar os arranha-céus de Puerto Madero por trás da parede de vidro que fazia parte da sala de seu apartamento. Dali, podia ver aquele belo bairro em todos os detalhes, a vida agitada as margens do Rio Del Plata, os prédios e mansões floridos, as casas de show, os teatros, os bares e a lindíssima Puente de la Mujer que atravessava o cais. Era um bairro de tirar o fôlego e por isso o escolheu para si.

Seu apartamento era grande, achou exagerado quando comprou, mas não podia negar, gostava do luxo, apreciava o que o dinheiro podia comprar, fazia bom uso do seu, gastava, gastava sem medo porque podia gastar, um dia morreria e não levaria nada, então precisava aproveitar em vida as oportunidades que tinha. Caberia uma família com dez pessoas naquele apartamento, mas era apenas ela e suas memórias, apenas ela e a nostalgia daqueles dias que estavam gravados em sua mente como uma tatuagem no corpo. Mas apesar disso, apesar daquela parte que não havia como ser esquecida, ela estava bem.

Lauren estava bem, o tempo havia feito bem a ela, havia curado muitas feridas e trago milhares de certezas. Lauren estava bem, pois achou a si mesma, compreendeu seus sentimentos, os aceitou do jeito que eles eram e aprendeu a lidar com eles. Então, reformulou toda a sua vida, traçou novas metas, descobriu uma nova mulher em si mesma que parecia nunca ter existido. Não havia mais mentiras, não havia mais engano. Ela era aquela mulher, ciente do amor que lhe cobria da cabeça aos pés, mas completamente capaz de viver com ele sem morrer por isso. O simples fato de aceitar amar era o suficiente para que sua vida seguisse, sem que precisasse fazer de todos os seus dias uma terrível tortura.

Sentia falta dela, ah... como sentia. Havia aqueles dias em que ainda chorava por ela, aqueles dias em que imaginava como seria ter uma conversa normal com ela, imaginava como seria dormir e acordar ao lado dela, imaginava como seria levá-la para jantar e depois fazer amor com ela. Imaginava tantas coisas que não cabia mais em sua mente. Mas ficava apenas assim, imaginando, e logo a imaginação ia sumindo, sumindo até que só sobrasse a realidade e a realidade era aquela... apenas ela, apenas ela sem Camila. E estava tudo bem assim. Decidiu que não iria sofrer para sempre, sabia que amaria aquela mulher com toda a sua força até o último dia de sua vida, mas não mais sofreria. Faria daquele amor uma cura, não uma ferida. Gostava de amá-la e aonde quer que Camila estivesse, desejava que ela estivesse feliz.

"Onde você estiver, não se esqueça de mim, mesmo que exista outro amor que te faça feliz."

Havia se passado cinco meses desde aquela sexta-feira em que lhe enviou uma carta, cinco meses sem saber dela, contabilizando seis meses sem olhar para ela. Seis meses que descobriu o amor, que sentiu o amor, que aceitou o amor e decidiu, enfim, guarda-lo na parte mais pura e mais bonita de seu coração que sempre, sempre pertenceria a ela. O que estava ali era dela e nem o tempo apagaria. Lauren sabia, sabia que seu amor sempre pertenceria a Camila.

Naqueles meses que passou a morar ali, Lauren começou a administrar uma vinícola também deixada por seu pai. Amava andar no meio das vinhas, inspecionar as plantações, sentir o aroma das uvas, fazer novas provas. Amava a vida naquele lugar, também tinha sangue argentino correndo em suas veias, seu pai era natural daquele país. Sentia-se renovada, sentia-se feliz. Passou a ser feliz consigo mesma, como nunca havia sido. Pela primeira vez estava experimentando a verdadeira felicidade, aquela em que se é feliz com a pessoa que você é.

Tardes de ViernesOnde histórias criam vida. Descubra agora