Dawn- Novas espécies

Um bom pressentimento

- Ema , acorde . Sentiu alguém a sacudindo .

Abriu seus olhos de vagar para se acostumar com a luz da lanterna que estava na sua cara .

- Gabi, por favor desligue isso . Falou . Mas sua voz saiu em um pequeno sussurro pela falta de água . Já tinha dois dias que não lhe davam nem comida e água.

- Desculpe , você consegue se sentar . Trouxe comida e água . Gabi falou colocando a lanterna de lado e abrindo uma sacola.
- você não deveria estar aqui , já se arriscou muito por mim . Falou em um pequeno sussurro novamente .

- Não vou abandonar você, já disse , estamos juntas nessa . Agora deixe -me ajudar você a sentar . Gabi pegou nas mãos de Ema delicadamente para não Machucar seus pulsos que estavam presos em algemas que saiam das paredes daquele porão velho .

- Obrigada  . Ema pegou a pequena vasilha e a colher que gabi lhe estendeu.

- desculpe , deveria ter tentando impedir quando à levaram para aquele velho nojento . Falou Gabi.

- Não se preocupe com isso , estou a tanto tempo aqui , que já fiquei acostumada . Falou de boca cheia

- Não deveria . Eles  não a tratam como as outras .Eles tratam você como um animal . gabi falou com raiva.

- Eu sou meio leão . Ema deu um sorrisinho de lado .

- Eu sei , mas eu prometo a você .Eu e você vamos sair desse lugar imundo e vou levar você até seu povo e eu irei reencontrar meu filho e minha mãe. Falou convicta de suas palavras. Como um mantra sempre repetido .

- Gosto do seu otimismo Gabi . Antes de você chegar ,nenhuma das meninas se aproximavam de mim , elas também acham que sou um monstro . E eu já tinha aceitado tudo que faziam comigo . Falou parando de comer por um momento .

- Mas agora você tem a mim , somos amigas e vamos sair dessa juntas . Gabi apertou as mãos de Ema .

- tudo bem . Falo e dou um gole na garrafa que Gabi levou a minha boca.

- agora me conte , porque a deixaram sem comida e água dessa vez .

- Aquele velho tinha fetiches de espancar suas parceiras , mas como ele disse ,não podia ser muito violento com elas . Mas comigo ,que era um animal, ninguém ia se importar . Eu fiquei com medo e meus instintos tomaram conta , foi quando eu o mordi .

- Esse velho merecia a morte, isso sim . Agora tenho que ir , antes que Gustav volte do banheiro . Gabi recolheu tudo e colocou na sacola .

- você colocou outro daquela remédios da bebida dele . Pergunto.

- Claro , e ele nunca desconfia . Deu um risinho

- tome cuidado se ele descobrir , ele mata você . Falo preocupada.

- não se preocupe, agora já vou .

Ema viu Gabi passar pela porta e fechá-la à deixando em uma completa escuridão novamente . Lembrava quando Gabi chegou já arrumando uma briga e dando um murro em um dos seguranças e claro ela seria castigada . Então a mandaram para o porão que era o lugar que eles a deixavam como animal durante anos . A primeira coisa que ela me perguntou , qual era meu nome , eu falei que era 410 . Gabi ficou chocada e decidiu que eu precisava de um nome . Então agora ela me chama de Ema , o que eu amei muito . Mas só ela me chama assim , os outros me chamam pelo meu número .
Ficamos uma semana dividindo aquele espaço, e ela me contou muito da sua vida . Como ela morava em um país chamado Brasil, que morava com sua mãe e seu filho . O pai do filho dela tinha sido assasinado em uma briga de facção , mas ela não se afligia por isso . Ela contou que a enganaram com uma proposta de trabalho fora do país , e pensou que poderia dar uma vida melhor para sua mãe e seu filho , porém , quando viu estava em um puteiro sendo mantida refém .
Tive que contar a ela também de onde eu vim . Como fui um experimento de uma grande empresa farmacêutica , onde associavam o DNA humano com o animal , mas tinha sido vendida para o dono daquele lugar por uma quantia muito alto , para sustentar mais pesquisar da empresa . O seu dono fazia questão de jogar na sua cara , que ela tinha custado muito e que ela tinha que fazer o necessário para recompensar tal quantia .

Mas já fazia anos que elas duas se conheceram e ainda tudo continuava a mesma coisa .

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Gabi subiu as escadas correndo e foi assim até seu minúsculo quarto nos fundos da boate . Queria poder tirar ela e sua amiga desse inferno , mas tudo que já tinha tentando não funcionava . Eu já havia tentado fugir com Ema, mas elas não conseguiram atravessar a esquina. Uma vez, tentou pedir auxílio a um cliente, mas ele denunciou para a gerente Carmélia. E foi assim que levou a pior surra da sua vida.

Contudo, ela não deixava de lado a fé em sua decisão de deixar aquele lugar, e, é claro, não deixaria o local sem sua amiga. Todos a tratavam mal, porém, com Ema era bem pior. Ela quase não saia daquele porão.

Ema não conseguir retrucar ou atacar qualquer um que lhe causasse mal. Por isso, tentei mudar mais esse jeito dela. O que não adiantou muito. Ela pode até ter atacado aquele velho, mas foi por puro instinto. Então, decidi que eu iria cuidar dela como uma irmã mais velha faz.

Gabi pegou um pequeno livro do pequeno príncipe que seu filho havia dado para ela antes da sua viagem e abriu. Era onde guardava a foto dos três. Ela, seu filho e sua mãe. Por algum motivo naquele dia, ela tinha um bom pressentimento, mas não tentou pensar muito nisso, tinha que trabalhar hoje na boate . Então foi se arrumar.

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Dawn levantou cedo para treinar antes da missão que iria participar logo à noite. Acabando o treino dirigiu-se até o alojamento dos homens para poder tomar um banho e ir ao escritório de Justice, onde iriam passar todo o plano de resgate novamente.

Quando saiu do alojamento, pegou um dos carrinhos de golfe para poder chegar mais rápido. Essa missão seria de estrema importância. Como era de se esperar quando iam resgatar fêmeas presentes. Já tinha participado de outra missão, então foi requisitado por já conhecer a equipe.

Chegando ao prédio onde ficava o escrito de justice, foi direto a sala de reunião. Quando entro já se encontravam a equipe de humanos que os auxiliava, a nossa equipe de novas espécies e justice com Jessie que era sua companheira, mas sempre estava presente em missões que envolvia as fêmeas presentes, o que era realmente necessário, algumas vezes. As fêmeas presentes, diferentes das fêmeas, novas espécies foram criadas para serem dosséis, por isso o DNA animal nelas não eram tão evidentes, deixando elas mais pequenas e frágeis, assim, muitas eram vendidas para empresários ricos com fetiches esquisitos. Muitas já tinham sido encontradas, graças a descoberta de transferências de dinheiro feitas, porém, a fêmea que resgataremos não foi encontrada através dessas informações, mas mediante um dos médicos que trabalhava no laboratório. Ele tinha sido capturado a pouco tempo e como é de praxe, foi interrogado pela ONE, esse direto foi nós dado, pelo presidente dos EUA, todos os envolvidos com a empresa farmacêutica que nos criou deveram julgados e condenados pela ONE. E a nossa cadeia já estava cheia deles.

Divaguei um pouco enquanto justice falava, mas já tínhamos tido essa reunião antes, então não me importe muito. Tudo estava pronto, pegaríamos helicópteros e depois duas vans nos levariam a nosso destino. Fury comandava as duas equipes, e teriam uma equipe de policiais para dá suporte às outras vítimas. Pelo que justice disse, eles iriam lidar com criminosos que praticavam tráfico internacional de mulheres, por isso a polícia seria necessária para lidar com as vítimas que estariam no mesmo cativeiro da fêmea presente.

Já estávamos na van a caminho da boate, e todos com uniforme preto. Seria uma noite muita agitada, teríamos que ter muito cuidado para não machucar inocentes. Pensou em todas essas mulheres, que foram enganadas por esse criminoso, e agora são forçadas a venderem seu corpo sendo mantidas reféns, sabia como todas deviam estar se sentindo, ele também foi mantido preso e usado em vários tipos de experimentos para drogas. Sabia o desespero, raiva e angústia que era não poder reagir.