Resgate

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Gabi dividia um pequeno camarim com as outras meninas que se arrumavam para se apresentar essa noite. Avia um revezamento entre as meninas de quem iria dançar e de quem iria ficar com os
Clientes durante a semana. Claro que preferia ficar dançando naquele poste com pouca roupa ao em vez de ficar com aqueles homens, mas não estava sozinha ali.
      Colocou um conjunto de calcinha e sutiã vermelhos e seus saltos pretos. Não era muito roupa. Então,só demorava para arrumar seus cachos e fazer uma maquiagem pesada.
— Gabi, você foi novamente alimentar aquele animal. Perguntou Melissa, uma loira baixa e magra que veio da Itália no mesmo tempo que ela veio do Brasil, quando só restavam às duas ali sentadas em frente ao espelho do camarim.
— não chame ela de animal Melissa. O nome dela é Ema e ela à uma pessoa como nós, e aviso se você chamar a minha amiga assim novamente terei que te dar um soco nesse seu rostinho bonito. Terminei de passar o rímel e levantei para ir me juntar as outras meninas, mas a mão de Melissa me impediu de me levantar.
— tome cuidado gabi, se eles pegarem você fazendo isso, será castigada.
- E, porque está tão preocupada assim comigo.
— Estamos na mesma situação, temos que nos manter unidas e ajudar uma a outra.
— Eu sei, mas você nunca incluiu Ema nessa sua proteção e ela merece tanto quanto todas que estão aqui, ela sofreu tanto quanto nós e ninguém nunca esteve por ela, mas ela tem a mim e irei proteger minha amiga — Peguei o pulso dela e tirei do meu braço — acho melhor você terminar de se arrumar já está quase na hora de abrir a casa. Levantei e fui até a porta e antes de fechar ouvir ela falando.
— você ainda vai morrer por ser tão afrontosa. Não liguei para o que ela disse e continue meu caminho.

                           ***********

As vans que carregavam  equipe  ONE tiveram que parar  alguns metros de distância, e todos seguiriam o resto do caminho a pé até a boate. Era um prédio grande com faixada deteriorada e cercado de um muro grande com uma porta de ferro bem-acabado. De longe é de se pensar que era uma propriedade abandonada, mas pelo som que vinha de dentro sabíamos que não era, sem falar em alguns carros de luxo estacionados a dois quarteirões daqui. Não era normal para uma área tão pobre.
Claro que só novas espécies conseguimos escutar esse som na distância que estávamos devido à nossa ótima audição. Os humanos da nossa equipe não escutaria até que chegássemos mais perto. Foi dividida uma equipe para atrás do prédio e outra entraria com tudo pela frente.
      O portão estava aberto, mas um guarda vigiava a entrada do prédio e assim que nós se avista ele faria um alvoroço e eles não queriam isso antes de entrarem. Então,deram a volta no muro para poder pular e pegar o homem de surpresa. Fury mandou permanecermos agachando-se perto da parede  a iluminação não era boa e ele seguiu agachado por trás do guarda que se distraiu quando foi olhar uma mensagem no seu celular, foi quando Fury pulou tampando sua boca e dando uma coronhada com sua pistola em sua cabeça. Ele afastou o homem até onde estávamos e o amarrou enquanto Dawn guiava os outros para se posicionar para a invadir. Fury não demorou muito e já estava com eles assumindo seu posto na linha de frente, mas ele teria que esperar para da, a ordem de envidar  ate a chegada da polícia que estava atrasada alguns minutos, porém, não demorou para que enviassem uma mensagem no ponto que estava na sua orelha, da chegada dos policiais.
      Fury fez o sinal com os dedos dizem ser a hora, ele foi até a porta e a arrombou com um pé.
— Todo mundo no chão e ninguém vai se machucar. Todos entramos rápido e assumir postos seguros. Foi quando começou o tiroteio, várias mulheres e caras de terno se jogando no chão e outros tentando fugir para o outro andar do prédio.
       Dawn virou uma das mesas de metal para poder ter um apoio e proteção e Fury veio para seu lado.
— Não sei porque toda vez você repete essa mesma frase, você sabe que eles não vão se render tão fácil. Dawn falou para Fury divertido.
— Fica muito mais legal quando eu falo. Fury mirou e atingiu um dos caros que estava atirando, mas ainda tinham alguns que estavam dificultando o seu trabalho. A nossa equipe estava dando conta, mas tinham que acabar logo com aquele tiroteio, tinham pessoas inocentes no meio dele.As pessoas inocentes que estava falando eram as
Mulheres.

                              **********

Gabi não sabia se parava e chorava ou começava a rir de alegria. Tudo tinha acontecido muito rápido, homens grandes vestidos de preto e exageradamente armados, invadido aquele antro e começando um tiroteio com os guardas que há muito tempo a aprisionava. Sem esperar muito se jogou no chão e foi se arrastando até a porta que dava passagem ao escritório do chefe. Ela abriu e fechou a porta rapidamente e agradeceu por não ter ninguém ali. Foi até a gaveta das chaves e procurou até achar as do porão e das correntes de Ema.

— hoje vamos sair daqui a à Ema. Falou
alegre. Saindo pela porta teve que fazer o caminho até a porta que dava ao corredor de quartos agachada, por causa do tiroteio que ainda continuava. Já estando em segurança das balas levantou-se e começou a correr até a porta do porão que ficava no final do corredor, abriu a porta e desceu os pouco degraus de escada.

— Ema, vou liberta você. Falou. Correu até amiga e ajoelhou perto dela já puxando seus pulsos para pode soltá-la.

— O que está acontecendo lá em cima, consigo ouvir muitos sons de tiros e gritos. Ema comentou um pouco desesperada.

— Invadiram a boate e penso que são a polícia, estamos livre Ema. Gabi sorri para ela.

— atrás de você. Ema grita. Gabi não teve tempo de virar quando sentiu seu cabelo sendo puxado e ela acabou caindo para trás.

— Sua vadia, como você ousa tentar fugir com um dos meus bens mais caros, devia ter matado você na primeira vez que você tentou fugir. Gabi tremeu um pouco ao reconhecer a voz do Stephen o dono de tudo aquilo — mas agora terei o prazer de fazer isso, e será rápido porque eu e a 410 temos que fugir antes que o seu povo consiga passar pelos meus guardas.

— Por favor Stephen, não a machuque. Pediu Ema chorando.

— cala-se animal você não tem voz aqui, vocês duas já me deram prejuízo e deixei passar, sorte sua que me custou muito caro, mas essa puta aqui não tem valor e todos da família já pensam que ela está morta mesmo então, não fará diferença que ela morra agora.

— como assim minha família pensa que estou morta seu cretino, espero que você apodreça na cadeia. Gabi só sentiu o (tapa) no lado da sua cabeça que a derrubou provocando um zunido forte na sua cabeça.

— você é uma vadia afrontosa, vai morrer agora. Gabi olhou para Stephen pegando a arma que estava na sua cintura, tentou levantar para poder tentar lutar por sua vida, mas sua cabeça ainda rodava por causa do (tapa) que levou. Sua vida não podia acabar assim, queria ver mais uma vez o rosto do seu filho e vê-lo crescer. Momento passou por sua cabeça que ela não conseguiria e a angústia lhe atingiu e lágrimas de raiava desceram por seu rosto, será que era isso que o destino tinha reservado para ela. Então decidiu Que não ia desistir sem lutar, olhou para Ema que chorava, mas ao olhar para ela, conseguiu entender o que ela queria dizer. Elas iriam lutar.

Dawn- Novas espécies Onde histórias criam vida. Descubra agora