Nossa Sintonia

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Mayara Rodrigues

As oito e meia da noite os últimos convidados já estavam indo embora, a festa foi incrível e do jeitinho que planejei com alguns imprevistos que prometi apagar da minha memória. Me jogo no sofá completamente cansada, solto um longo suspiro fechando os olhos.

— Cansada?.— Robert perguntou.

— Muito, meus pés estão me matando.

— O aniversário da Layla foi uma festona sabe, no final a Lígia ficou pior que tu.— Comentou, eu soltei uma risada.

— Imagino, hoje fizemos só uma festinha e to com as pernas doloridas de andar.

— Os pais sempre se fodem nas festas porque tem que dá atenção pra geral.

— E ficar de olho na filha né.— Acrescentei, ele riu balançando a cabeça.

— May essas coxinhas estão boas pra caralho.— Yuri diz entrando na sala com um prato cheio de salgado.

— Qual comida tu não gostou, bebê?.

— Esse come tudo que vê pela frente.— Robert falou.

— Ô...não é assim também.— Yuri apontou pro Irmão.

— Não fala de boca cheia, nojento!

Fiz careta ele sorriu mostrando a coxinha toda mastigada em sua boca, eca. Me levantei do sofá segui até a cozinha onde meus sogros estavam conversando com o Patrick.

— Ta mancando porque?.— Patrick perguntou olhando pra minha perna.

— Pernas doloridas pelo dia que tivemos.

— Você não parou um segundo.— Nelson falou.

— Nem um pouco queria que tudo saísse perfeito, fiquei maluca essa semana.— Digo puxando uma cadeira pra mim sentar.

— E saiu maravilhoso, a festa foi muito linda.— Minha sogra falou abrindo um sorriso.

— Obrigada.

Agradeci me conformando com suas palavras.

— Sobrou muito doce e salgado.— Patrick comentou.

— Aliás estão gostosos demais, quem fez?.— Nelson perguntou pegando outro docinho de chocolate.

— Encomendei com uma amiga da minha mãe, ela é muito bom mesmo e logo vai abrir uma confeitaria.— Falei pegando um docinho de leite.

— Vou encomendar uns pra mim.— Patrick fez um joinha satisfeito.

— Te mando um contato.— Digo.— Cadê o Vitor?

— Foi levar os tios em casa, ele não vai demorar pra voltar.— Nelson respondeu.

— Certo.

— Solange foi banhar a Eló, tava toda sujinha.— Rosa riu.

— Nem quero imaginar.

Soltei uma risadinha, se eu visse a Eloá suja iria pirar só de pensar em limpa-lá. A garota não para um segundo quando está no banho e eu cansada não teria paciência mesmo a minha menina não tendo culpa.

Fiquei batendo um papo com eles ali na cozinha logo Solange apareceu com minha filha nos braços.

— Ela ta quase dormindo.

— Brincou muito hoje, gastou as energias.— Nelson falou beijando o bracinho da neta.

— Mamã.— Eloá me chamou.— Mamã.