darkness and raindrops

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Eu nem quero saber de mais nada agora.

Entrei violentamente no meu quarto e dirigi me para o roupeiro, peguei em todas as roupas de uma só vez e atirei as para dentro da puta da mala, sem me preocupar em dobra las. Tentei forçar o feicho mas não consegui. "ESTA TUDO CONTTA MIM!".

Dei um pontapé na estúpida mala e atirei me para a cama a chorar desalmadamente. Só me apetecia partir tudo e gritar como nunca o tiver feito antes, porque, não era um choro por o que o Ashton me disse, eu eu já nem sei...acho que já estava a aguentar este choro há demasiado tempo. Era um choro que já tinha sido travado muitas vezes. Era como uma mágoa interior que algum dia tinha de sair. Era pelos meus pais, pelo Ashton, pelo bullying em criança,pelo mundo. Porque quando uma rapariga chora não é só por uma razão, é por já não conseguir aguentar, é a acumulação de tudo, de todos, de todas as emoções.

Se calhar é porque não presto eu sinto me como um saco de plástico inútil a voar, levado pelo vento sem direcção.

Fecho os olhos, porque se calhar o melhor é não ver de todo. Mas algo me desperta a atenção, oiço um barulho proveniente das escadas e tapo os ouvidos, eu não quero ouvir o mundo, só quero sentir, visualizar, escutar a escuridão erma que domina o meu pensamento. Porque é que eu nunca tentei o suicídio? Seria melhor para toda a gente. Para a minha mãe, pois poderia dedicar se à sua verdadeira "filha", a empresa. O meu pai pois poderia passar mais tempo nas viagens como gosta, sem pensar na família.E ao estúpido Ashton que eu conheci hoje e que, com a minha capacidade social, já consegui que ele me odeie. Mas porque é que não o faço? Por incapacidade,por medo. Porque no fundo eu sei que sou uma cobarde desprezível.

Um fardo para o mundo.

De repente ouço o barulho da velha porta de madeira gasta, a abrir e fecho os meus débeis olhos com mais força.

Ouço passos na minha direcção e abro ligeiramente um olho devido a curiosidade que me consumia para saber que ser e que se encontrava na divisão.

Quando vejo quem é abro logo os dois olhos, e os mesmos ganham uma expressão de irritação.

Eu -"vai te embora Ashton, não te quero ver. Espera, Ah, já sei afinal porque é que vieste. Não te preocupes eu juro que amanhã arrumo a mala e me vou embora para te deixar em paz. Para que não tenhas de aturar miúdas mimadas e possas fuder onde, e quando te apetece as miúdas que quiseres, ou mais putas devo dizer "- a sua expressão ganha tristeza profunda e o humano aproxima se da cama baixando se para ficar ao nível da estrutura e da minha cara. Dando me visão para os seus olhos maravilhosos. Para Angie, para.

Ashton -"desculpa Angie, eu não sei o que se passou comigo. Fui um estúpido. Conheci te hoje e já estraguei tudo como sempre faço. Eu não queria dizer aquelas coisas estúpidas. Eu sei o que é uma verdadeira miúda mimada, e tu não és. Eu acho que só fiquei... Hum.... Frustrado. Porque sei que aquele cabrã-rapaz não é o ideal para ti. Eu conheço muitos como ele, e o que eles querem, eu já sei. Mas sabes que mais? tu e que fazes as tuas escolhas,e mesmo que isto seja precepitadíssimo e que eu só te tenha conhecido hoje, podes confiar em mim. Porque eu posso dar a impressão que não tenho sentimentos e que sou frio. Mas eu posso ser simpático quando eu quero,se eu quiser, não é bebé anã.? "- disse terminando com um sorriso simplesmente natural e carinhoso... Eu nem quero saber que ele me tenha chamado a alcunha que eu odeio, e que ele sabe, mas... eu não acredito que o Ashton foi assim tão, sentimental? Para mim?Pensei que ele era um imbecil insensível. Acho que posso TENTAR dar lhe uma oportunidade,muito MUITO pequenina.

Eu -"olha Ashton achei muito bonito o que ti disseste. Mas eu não estou a chorar, só, por causa do que tu me disseste isto é mais... Como é que hoje em dia lhe chamam...ah gota de água. Foi mais uma tempestade emocional. E eu ACHO que posso TENTAR perdoar te. vamos tentar começar outra vez Ok?"-vi que a sua esbelta cara. PARA ANGIE. Se iluminou com um sorriso lindo.

Ashton -"claro, vamos lá. "- eu sentei me na cama e ele imitou o meu gesto. Ambos nos viramos um para o outro e ele prosseguiu -"então.... O meu nome, Completo, é Ashton Fletcher irwin, tenho 19 anos e... Hum... Ah, o meu passatempo favorito é fuder raparigas"-disse ele com um sorriso gigante vitorioso ao qual eu retribuí com um encontrão

Eu -"mas, alto lá, quando eu te conheci estavas digamos...em atividades, portanto posso ter a certeza que não está nenhuma loira escondida aqui?"-disse eu a arquear a sobrancelha direita

Ashton -"não eu escondo as na cave "-imediatamente arregalei os olhos -"estou a gozar babby"-suspirei de alívio. Também que burra não?

Eu -"bem eu chamo me Angeline Lauren Miller, tenho 18 anos e... O meu passatempo favorito é cantar e ler mas antes de mais, vamos só esclarecer uma coisa PÁRA de me chamar babby "-ele riu se levemente
Ashton -"Vá babby eu vou tentar "-dei lhe um olhar de morte retribuído com um piscar de olho da sua parte -"Mas agora outra coisa, Angeline, a sério? Então mas porque é que dizes que te chamas Angel?"

Eu -"porque não aprecio muito Angeline... "

Ashton -"não o devias fazer, é um nome muito bonito "-corei levemente e ele riu se. Mas repentinamente uma chuva intensa começa lá fora embatendo na grande janela como um furacão furioso, como se fosse um choro intenso como o meu, mas vindo do céu.

Eu adoro chuva. Simplesmente amo. Mas espero que a chuva não se transforme em trovoada, porque mesmo que eu encontre uma certa beleza nela, mete me medo.

Fechei outra vez os olhos e concentrei me em apreciar o som daquele admirável fenómeno da natureza.

Acho que nem eu nem Ashton sabíamos o que dizer, mas que aquela chuva, tinha vindo na altura certa. Acho que o mundo é um lugar imprevisível,e que aquelas pequenas gotas a caírem desalmadamente, mesmo pequenas e insignificantes, tinham o destino traçado. Porque naquele momento era apenas eu e o adolescente ao meu lado, dentro de um sótão de madeira velha, mais o admirável dilúvio vindo do céu.

{ the attic } - a.iOnde histórias criam vida. Descubra agora