Era chagada a hora.

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   Não era mais o que importava ou Como tudo se encaixaria. o fato era quê; o tudo que havia se tornado quase nada e o mesmo que rasgou, sobrou da sua alma e seu corpo. Todos estavam na sala e  permaneceram a conversar dentro da casa enquanto a Garota saiu, foi quando o seu Rúbio falou:

- deve ser mais um chilique da menina outra vez. não liguem para isso, vamos continuar o comes e bebes. Todos os presentes trocaram olhares e um clima tenso se instalou no ar.

  Agora eram 22:40, e a Antonieta, a mãe da Garota, começará a se preocupar com filha. Foi quando D.Piedade caiu em prantos.
Ao chorar balbuciava algumas palavras inaudíveis.

  O Zé preocupado questionava, mas não obtive êxito algum.
Foi quando, de repente ela disse:

  - eu a amo, não consigo mais suportar tanta mentira... eu amo.

O Zé sem entender perguntou:

  - A quem tú ama mulher, a quem tu amas?
D. Piedade respondeu secamente:

- A Éster, estamos apaixonadas!

  Antonieta desferiu-lhe uma tapa em sua face. começando a culpá-la por tamanha falta de sensatez nas palavras.
D. Piedade recolheu-se no canto do sofá chorosa enquanto Zé permanecerá perplexo, em pé ao lado sem mover um músculo.

Vários pensamentos, várias questões,  o mundo do Zé havia caído. Porém, ele estava ali, diante da antiga esposa que tanto amou e ao mesmo tempo da amante da sua "ninfeta".

  O Rúbio já estava alterado devido à quantidade de álcool que tinha ingerido. Começava a desferir palavrões direcionados a D. Piedade.
O Zé o pediu calma, para que todos sentassem. mas ninguém notou, que já eram quase meia-noite e a garota não voltará.
Quando todos decidiram se acalmar, Antonieta disse:

  -Vou atrás da minha filha, ela é minha prioridade. ( jamais a mãe tinha visto a filha desta forma ). Deixou todos no cômodo da sala e foi em direção, à procura dela.

  Ao chegar encontrou a filha sentada na varanda, encostada na parede, na mesma posição de sempre, com as pernas esticadas e a cabeça encostada no portão. Não sabia sua mãe que horas antes, às 22:37 ela havia ingerido todos os remédios que sua mãe utilizava para dormir. assim, causando uma overdose e consequentemente o seu suicídio.

  Ester era uma garota muito confusa, que sofreu vários abusos. vislumbrou a imagem do homem perfeito no Zé, encontrou o amor com a  D.Piedade, repugnou a falta de respeito com a mulher na visão do seu pai e jamais esquecer a pessoa omissa que a sua mãe foi um dia.
questionava-se  por várias vezes se realmente queria ser aquela mulher; dona de casa, temente ao marido, submissa a uma classe machista e que não tomava uma posição diferente a não ser eternamente sofrer.

  Viveu intensamente em seu último ano de vida e aos 18 anos deixou a todos.
Antonieta vendo aquela situação colocou-se de joelhos na porta de sua casa na ladeira, enchendo aos pulmões e gritou um "NÃO" tão desesperador que a lágrima corria rasgando-a abaixo.

   Logo após o seu grito, vinham da parte de baixo da ladeira o Pai, o Zé e a D.Piedade. quando se depararam com aquela situação, onde o desespero tomou  conta do ambiente.
Todos correram e ao chegarem se depararem com aquela cena. uma garota tão jovem amada por alguns, abusada por outros, morta devido aos conflitos impostos a ela não por ela e sim por outras pessoas com tamanha falta de sensibilidade.

Não havendo uma mínima explicação para tudo aquilo. ou os olhos de todos permaneciam fechados mesmo assim?

 ou os olhos de todos permaneciam fechados mesmo assim?

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FIM!

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⏰ Última atualização: Jul 20 ⏰

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