talvez um socorro ?

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Como de costume, o Zé era um dos primeiros a retalhar os tecidos de cetim a sua volta. 17 anos de "casa", uma vasta experiência em modelos, moldes e vários tipos de cortes. em tecidos finos, leves, grossos e pesados. era um cara muito diferente do que costumava ser em casa. Em seu trabalho era: sorridente, conversador, um exímio piadista muita das vezes.
Zé sentirá já a  necessidade de compartilhar com alguém, "um amigo" digamos assim, a sua experiência extra conjugal. pois, jamais havia feito tal coisa e talvez tenha se encontrado muito tempo depois de seu casamento está amadurecido.
Tinha o Elias, seu companheiro há muitos anos e um dos poucos, onde ele poderia abrir o jogo e se sentir confortável, em conversar sobre tal assunto.  Elias morava na rua 9 bem distante da casa do Zé e conhecia a D. Piedade. era homem boêmio, diferente do Zé. gostava da noite,bebidas e mulheres um típico" homem de sua época".( D. Piedade alertará o esposo, sobre tal amizade por muitas das vezes ).
Foi então que o Zé chamou o Elias de canto na hora no descanso e o falou:
- Vem cá rápido, tenho que te contar uma coisa. estou envolvido com uma garota, que mora na esquina próximo a minha casa e ela se tornou amiga da minha esposa, o que faço? ( A voz do Zé saia preocupado... Aliás quase que nem se ouvia ).
O Elias malandro que era o respondeu  sorrateiramente :
- Mas meu caro, o que há de mais nisso?...
somos provedores, homens como se já diz, é o nosso "legado". faça a sua parte de tal forma que a sua esposa não desconfia de nada.
o Zé intrigado com aquela curta conversa( a propósito, conversar que não o ajudou em nada ),vai para casa, cheio de caraminholas em sua cabeça e muito mais preocupações. pois, o Elias não havia o ajudar em nada.

Morte na LadeiraOnde histórias criam vida. Descubra agora