Fantasmas Não Existem... Ou Talvez Sim

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[Quarta feira, 10h00am, new house]

No dia seguinte, Henry nos chamou de manhã cedo para o esconderijo, não era tão longe da casa nova por motivos óbvios.

Henry: Sem enrolação, vamos direto ao ponto, está na hora de faturar uns milhões de dólares.

Simon: Você não tá pensando em...

Henry: Assalto á banco, boa resposta Simon, gostei, aliás, imagino que esteja animado Callahan, logo você que curte fazer atrocidades por aí, haha.

Callahan: Olha minha cara de super animado pra essa sua ideia de doente aí, tá louco cara? Ninguém aqui é ladrão profissional.

Sally: Gente, vocês são doidos? Como a gente vai fazer isso?

Henry: Hehe, há uma primeira vez para tudo James. Sally, iremos invadir um banco de outra cidade da California. Pico Rivera, fica á alguns quilômetros daqui. (disse ele nos mostrando a planta do lugar).

Callahan: Explica melhor isso aí.

Eu não queria fazer isso, mas pode ser uma experiência legal, e mais, o que eu tenho á perder além da Sally e o Simon? Minha vida provavelmente se tornaria igual a de qualquer outro cidadão americano, uma vida melancólica, com talvez muito dinheiro e com a alma triste. Enfim, que se foda o dinheiro.

Henry: Andei monitorando um banco á um tempo, localizado no centro-sul de Pico Rivera, Murphy State Bank, não quero cerimônias iguais as dos filmes de ação, quero eficácia, quero levar o dinheiro e ponto. Sally, como eu disse ontem, você possivelmente seria útil á nós, andei pesquisando sobre você e você tem um grande conhecimento na área de Softwares, correto?

Sally: Bom... Eu sei sobre algumas coisas, até ensinava meu irmão...

Callahan & Simon: Sério?

Sally: Sim.

Henry: Perfeito, acha que consegue desligar o sistema de alarme do banco?

Sally: Nunca fiz algo parecido, mas creio que não seja difícil.

Henry: Ótimo, agora carro de fuga e o volante.

Callahan: Haha, o volante a gente já tem, quanto descaso Henry...

Henry: Hahaha acabei ferindo o ego de piloto do senhor James, espero de coração que não me mate por isso também.

Callahan: Vai se foder.

Henry: Vou fingir que não ouvi isso garoto.

Simon: Decide o carro de fuga, Callahan, afinal você quem vai pilotar, precisa decidir a melhor escolha.

Henry: Ele tem razão, pois bem, alguma ideia?

Callahan: Várias, sei nem por onde começo. Henry, consegue um Subaru WRX STi 2006 pra gente?

Simon: É uma boa, na minha opinião.

Henry: Interessante interessante, consigo sim.

Sally: O que tem de tão importante nesse carro, amor?

Callahan: Mais de 250 cv e o mais importante, tração 4x4, perfeito para uma arrancada rápida sem riscos de destracionar.

Sally: Entendi.

Henry: O cofre fica aos fundos, não tem nenhuma proteção extraordinária, ladrões amadores se usarem um pouquinho do cérebro podem invadir facilmente. É um trabalho relativamente fácil e sem muita complicação. Irei providenciar o carro, o assalto será daqui á alguns dias, estou providenciando armas e uma rota de fuga decente, vejo vocês depois.

Voltamos para a casa e ficamos pensando sobre o assalto.

Simon: Isso vai bem além de roubar carros.

Callahan: E como vai... Venham aqui fora, as paredes têm ouvidos.

Sally: Como assim?

Fomos até a rua para conversar, lá dentro era arriscado afinal facilmente podia ter uma escuta em algum lugar, aliás, com certeza tinha, o Henry não seria tão burro assim.

Callahan: Henry vai arrumar tretas cada vez maiores até nos matar, precisamos nos livrar dele por conta, esses servicinhos vão longe, pode apostar.

Simon: E o que a gente faz?

Callahan: Vamos armar uma pra ele, só não sei como.

Sally: Não temos muito tempo pra pensar James.

Callahan: Relaxa, eu prometo que vou pensar em algo. A gente vai sair dessa junto.

Pouco depois, voltamos para dentro de casa, Simon fazia alguma coisa pra comer enquanto eu e Sally assistíamos TV. Até que...

"Homem é morto á tiros de escopeta dentro de sua casa, autoridades afirmam que o doutor Mark Dylan foi vitima de uma execução, porém, não se sabe ainda o motivo"

Callahan: Caralho, esse doutor fez o meu parto, meu pai era amigo dele.

Sally: Nossa mas quem faria uma coisa assim?

Até que a jornalista fala com uma testemunha que, aparentemente viu o atirador.

Jornalista: O senhor poderia dizer como era o suspeito?

Testemunha: Então minha jovem, eu vi um homem de jaqueta de couro preta e calça jeans saindo da casa do Sr.Dylan após alguns barulhos de disparo de arma de fogo, parecia ter uns 25 anos, mas não consegui ver muita coisa, só sei que ele era alto e tinha barba, o cabelo era social e ele era meio forte, também segurava uma arma enquanto fugia da casa do Sr.Dylan.

Jornalista: O senhor lembra de mais alguma coisa?

Testemunha: Sim, sim, ele tinha uma grande cicatriz no rosto do lado direito.

Não pode ser... Não, não, é só uma coincidência, isso não pode estar acontecendo...

Sally: Tá tudo bem amor?

Callahan: Não, quer dizer, sim, só estava pensando no assalto.

Me levanto e vou em direção á janela... Não acredito que possa estar vivo, Lawrence.

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