Crepúsculo - (Riren - Ereri)

XII - Impulso

Naquele dia de aula Eren se sentiu mais ansioso do que qualquer outro, ele tinha um namorado, namorado! Que ainda por cima era um vampiro, e para completar ele sequer sabia de onde tinha tirado coragem para beijar Levi no dia anterior, o que ele fazia agora, como deveria agir?

Quanto mais pensava mais ansioso ficava, havia pensado, talvez pensado demais, então resolveu se acalmar um pouco tinha que fazer isso ou seus nervos não aguentariam e ele acabaria tendo um acidente de carro. Seu pai havia dito no café da manhã que ele estava distraído e ele sabia que isso era verdade.

Em sua mente Eren repassava tudo o que havia acontecido desde que chegara a Forks, desde o primeiro dia de aula até aquele momento, ele só conseguia pensar no absurdo que havia recaído sobre ele, queria correr para aliviar a tensão que se acumulava em sua mente e acabava por travar muito de seus movimentos.
Ele sentia como se tudo a sua volta perdesse um pouco da cor, mas ele não deveria estar feliz?

"Qualquer pessoa com o minimo de juízo possível estaria correndo é pra cair fora daqui" - seu pensamento acusou enquanto ele parava o carro no estacionamento do supermercado, era sua vez de fazer as compras já que seu pai havia recebido um pedido para cuidar de um dos casos da cidade vizinha que estava tendo um aumento de casos de assassinato

Enquanto ele descia da picape seu telefone celular tocou, ele não reconheceu o número, mas atendeu e reconheceu a voz de Historia na linha

"Essa garota não para nunca..." - sua consciência acusava em sua mente - "Por que diabos você deu seu celular para ela?!"

Eren deu de ombros e atendeu o telefone, a garota o convidava para ir na casa de Sasha pra eles jogarem um novo de tabuleiro, Jubangi, Jumanju, algo assim, ela falava tão rapidamente por estar ansiosa que ele sequer prestava muita atenção, ele negou gentilmente alegando que teria que fazer algumas coisas para Grisha, o que  não era de todo verdade e mesmo assim não era mentira, não que ele não gostasse de Historia, ele agradecia a qualquer divindade que havia decido que finalmente poderia ter alguns amigos de verdade ali, mas o grude dela começava a incomodar. Ele sabia que esse era o jeito dela, mas achava exagerado então tentava desviar o foco da atenção dela.

Então ele voltou para suas compras pra poder retornar logo para casa, de noite ele teria que ir para a escola e precisava de algo gelado pra acalmar seu coração no meio de todo aquele nervoso.

Sorvete com certeza ia ajudar.

....

No final das contas Eren retornou com dois itens que não estavam na lista, refrigerante e sorvete, já que ele normalmente era quem tentava encorajar o pai a ter uma alimentação mais saudável normalmente não traria isso para dentro de casa, mas o açúcar nisso deveria servir para anestesiar um pouco de sua euforia.

"Merda" - ele pensou enquanto pegava um copo grande e colocava algumas colheradas de sorvete ali - "Eu pareço a droga de uma garota apaixonada" - falou deixando as pernas cederem e se apoiando na bancada da cozinha, a colher que tinha ficado com um pouco do sorvete estava em sua boca e ele fechou os olhos deixando a massa gelado se derreter ao entrar em contato com sua saliva.
Chocolate, baunilha, caramelo e pedaços de Brownie, okay ele teria uma passagem só de ida pra  casa dos diabéticos depois disso, mas pro inferno com isso, guardou o pote de sorvete no freezer e pegou a coca cola zero que ficou ali gelando enquanto ele trocava de roupa.

Bastou despejar o líquido no copo para o sorvete pra virar um mousse espumante e Eren se perguntou se aquilo não teia sido um desperdício de dinheiro, talvez o gosto tivesse horrível, mas bastou ele usar a colher pra pegar a mistureba para ele sentir um alívio, aquilo estava muito bom, surpreendentemente bom, ele ligou o rádio da cozinha pra afastar todo o silêncio do ambiente