Quando a ferida é certeira
Quando a rosa é fragil de mais
Quando os espinhos sufocam o foco de luz
E tudo fica estranho e vazio
Já passa da hora
Já passou o tempo de gritar
Falar tudo da boca pra fora
Disfocar o foco
Perdendo a discurssão sem fim
Alguem que perdeu a vontade de ouvir suas fraquezas
Cada vez sendo gritadas mais alto
Alguem que cala, sem opção
Antes fazia birra
Incomodando o silencio
Gritando e esmurrando qualquer sentimento
Doi no peito ofuscar tudo o que está encalusurado
Não importa o que se faça ou diga
As palavras voltam revés
Quando o golpe é fatal
Quando a rosa custa jogar seus espinhos
Quando o ar é pesado, e melhor se inrrespirável
Tudo fica insuportável
A porta do quarto, a gente bate
A gritária no fundo não cessa
Qualquer barulho no fone de ouvido
Mais alto que o pulso
A batida e o compasso por segundo
Os dentes cerra, feito aço fundido
As veias saltam e resaltam
Os olhos incham de lágrimas
A cabeça parece á beira do colapso
Se explodisse em míseros farrapos
É possível que de início nem se notasse
Se derrete em lágrimas caladas
Se ouvir suspiros de dor, é mera fraqueza
Até esses trata de esconder
Tudo o que precisa é sumir
Por uns segundos se esvair
Pretende implodir?
Guardando toda essa dor pra si
Pretende implodir?
21/12/2014
P.S.: A imagem que acompanha o poema foi uma "aquarela" que eu pintei quando me sentia prestes a "implodir". Foi quando decidi que iria "canalizar" esse e todos os meus sentimentos, transformar lágrimas em palavras, música, cor. Enfim, foi quando decidi direcionar alegria e dor.
TODOS DIREITOS RESERVADOS (assinatura à direita, canto inferior) ;)
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Canalizando sentimentos
PoésieApenas uma coletânea de poemas que escrevo pra desabafar, espairecer, canalizar meus sentimentos, imortalizar momentos. Sem propósito nem público alvo, simplesmente deixo fluir. Sem previsão pra continuar ou terminar. Quem sabe o que te aguarda aqui...