Estou envenenada, você é como uma sombra. Que me segue por caminhos que vejo estranhos. Caleidoscópio do passado, já está ultrapassado. Eu não só te vejo, como também me vejo lá. Não posso ver lembrança alguma, apenas promessas e palavras, migalhas e mais migalhas.
Você é um fantasma, e vive de possuir almas. Eu te odeio por isso. Não será nenhuma surpresa pra mim se seu avião cair, e então "nunca mais" será mais real do que nunca. Você não merece ser lembrado, pare de me assombrar! Porque lhe mantenho vivo na minha mente, se tenho e vejo motivos de sobra pra te levar ao nada, ao ninguém?
Talvez eu deva fazer um pacto, a ferro e fogo, sempre que você vier a minha cabeça vou gravar no peito "que foi desnecessária, diferente, sempre igual". Apenas dramas, tramas. Mas "meu bem" tudo tem um fim.
Não é preciso que eu grite aos quatro cantos o que foi firmado com nanquim. Só é preciso estar escrito em mim o quanto é bom o fim de ti. Nem devo me importar se você se tocou ou não. Eu que escrevo essa história, e é decisão minha que você esteja fora dela, mesmo que minha mente me atordoe com o passado, estou são e drogas de você. Estou cheia de tudo o que me lembra qualquer respingo de você.
Feridas curam, assassinato não.
Não é sempre que escrevo em prosa ao invés de poesia. Mas não planejo nem limito como ou o que escrevo. Seja como for, foi espontâneo.
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Canalizando sentimentos
PoesiaApenas uma coletânea de poemas que escrevo pra desabafar, espairecer, canalizar meus sentimentos, imortalizar momentos. Sem propósito nem público alvo, simplesmente deixo fluir. Sem previsão pra continuar ou terminar. Quem sabe o que te aguarda aqui...