Capítulo 11

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4 Anos e 6 meses atrás. 

Quando mudou o curso, Clarke decidiu ir para a segunda escolha de faculdade. Ao contrário de todos os outros estudantes, que entram em fraternidade, ela foi morar com o pai, em outra cidade. Quatro horas até a cidade onde nasceu, mas quarenta minutos de onde Bellamy estudava. Por isso, todo sábado ele ia para a casa do sogro.

Naquele sábado não foi diferente. A semana de provas começaria na segunda, Clarke estava ficando completamente maluca. O notebook à sua frente exibia uma vídeo aula, a mão livre fazia anotações, enquanto a outra segurava Max.

A visão que tinha dali o prendeu. A namorada tinha cabelo completamente bagunçado, a caneta na boca, estava amamentando o filho. Para Bellamy foi impossível se desprender daquela visão, nunca esteve tão apaixonado como agora. 

— Eu te amo. — Confessou. — Casa comigo? — Estava de braços cruzados a olhando da batente da porta. 

— Sim, claro. — Os olhos ainda estavam no computador. 

— Clarke. — Nada. — Clarke. — Ainda, nenhuma resposta. Ele finalmente entrou no cômodo, deixou a mala no chão, com cuidado pegou o filho que dormia no peito. 

— Bell. — O homem sorriu. — Quando chegou? — Ele ajeitou o filho no colo. Clarke ajeitou sua roupa.

— À alguns minutos. — O menino agarrou o dedo do pai. 

— Me desculpe. — Abaixou o notebook. 

— Sem problemas. — Se juntou a namorada, sentando ao lado de na cama. 

— Ele é lindo. — Clarke tinha apoiado a cabeça no ombro de Bellamy olhando o filho. O que fez com que o casal se olhasse. — O que? — Um sorriso apaixonado se encontrava no rosto de Bellamy. 

— Casa comigo. — Clarke riu, como se tivesse acabado de ouvir uma incrível piada. 

— Você está falando sério. — Disse ao notar o silêncio de Bellamy. 

— Mas, é claro que é. — Se perdeu naqueles olhos verdes. — Eu não imagino minha vida sem você, sem o nosso filho. Clarke, você é o amor da minha vida. — A loira tinha seus olhos molhados. — Quer casar comigo?

— Sim. — Assentiu repetida vezes. — Sim, um milhão de vezes sim. — Se beijaram.

— Eu sou oficialmente o homem mais feliz do mundo. 

Duas semanas depois eles foram até o cartório. Como ainda estavam estudando, escolheram pelo mais simples. Apenas os dois, sem grande festa, sem convidados, sem gastos excessivos. Mas, não deixou de ser perfeito, o dia ficou marcado. 

Dias Atuais. 

— Tia Raven. — Cutucou a perna de sua madrinha. — Por que meus pais não vieram tomar café?

— Eles ficaram acordados até tarde ontem, eu tenho certeza que eles estão apenas dormindo. — Ela mesma estaria dormindo agora se pudesse. 

— Mas, eles não vão chegar a tempo de tomar café. 

A segunda tinha cara de segunda. Aquele havia sido o único dia em que as conversas pela manhã eram silenciosas. Estavam todos sonolentos, com resseca, exceto os recém casados e o mais novo. 

— Não se preocupe, nós levamos algo para eles. 

Antes de subir passou na recepção, inventou alguma história de que havia perdido sua chave. Se apresentou como Clarke. Ela precisaria de um segundo plano. 

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