Normalmente acordar Max pela manhã era uma luta, mas naquela manhã o menino foi o primeiro acordar. Entrou no quarto da mãe, balançou a mãe até que ela acordasse.
— Bom dia. — Beijou a bochecha de Clarke, que mal tinha aberto os olhos. — Se você não levantar, vamos nos atrasar e você não quer isso, quer? — A loira riu, ele fez exatamente o que ela fazia para o acordar pela manhã.
— Não, não queremos. — Entrou na brincadeira. — A mamãe já vai levantar.
— Ótimo. — Ele sorriu. — Hora de acordar a tia Raven. — E saiu do quarto.
Clarke se espreguiçou na cama, 6:43h a tela do celular informava, ainda tinha dezessete minutos antes do despertador. Calçou os chinelos e desceu até a cozinha para fazer o café da manhã, no caminho viu o filho batendo na porta do quarto onde Raven dormia.
— Onde é o incêndio? — Raven estava descabelada e com o rosto amassado.
— Tia, nós temos que levantar. É o casamento da tia O, anda — ele pegou ela pela mão.
— Max, aonde estamos indo? — Se deixava ser arrastada.
— Preciso de ajuda para tomar banho.
— Por que não pediu ajuda a sua mãe? — Entraram no banheiro.
— Eu achei que seria legal deixar para outro dia. — Ergueu as mãos para que seu pijama fosse puxado. — E ela sempre me dá banho, hoje queria que fosse você. — A madrinha ficou mexida.
Na cozinha Clarke determinava de montar a mesa do café, torradas, suco de laranja e café preto para acordar. Pouco depois Max desceu limpo, com os cabelos penteados e se sentou garantindo seu prato de comida. Raven desceu um pouco depois, com a roupa molhada.
— Juro que era muito mais fácil dar banho nele quando era um bebê. — Reclamou e o afilhado sorriu.
— Você acostuma. — Clarke sentou ao lado do filho.
— Eu duvido muito. — Encheu uma caneca de café para si.
Às 7:35 Bellamy tocou a campainha. Eles haviam combinado de sair às 8h, mas o homem precisava de algumas coisas que ainda estavam na casa.
Ajeitou as malas no porta malas, enquanto Clarke ajeitava o filho no banco de trás. Entregou para o garoto o tablet que Raven o deu de presente. Os pais entraram também e Bellamy deu partida, mas pode ver o carro de Murphy estacionando.
— Se continuar assim, vamos chegar a tempo de ver eles indo para a lua de mel. — Raven reclamou vendo o velocímetro.
— Quer relaxar? — Murphy parou o carro. Buzinou.
Estavam parados em frente a um prédio, não levou nem dois minutos Jasper e Monty atravessaram a porta com suas mochilas, pouco depois Harper saiu, empurrando a sua mala. Quando se aproximaram Murphy destravou o carro, assim eles guardaram suas malas entraram no carro.
— Operação Cupido oficialmente começou.
O rádio preencher o carro, eles ouviam o programa de Wells Jaha, mais um amigo deles. As músicas conhecidas fizeram a família interagir, dançaram sentados. Durante a programação ele parabenizou Octávia pelo casamento e disse que estaria lá no domingo. E então bust a move começou a tocar, Wells havia dito que foi um pedido.
— Olha é a música de vocês. — Max fez baquetas imaginárias baterem no ar.
— E você sabe o que isso significa? — Perguntou a mãe virando a cabeça para trás.
— Não. — Seus pais riram. — Mas, eu sempre escuto um de vocês falando isso quando ela toca. Hoje foi minha vez. — Balançou suas perninhas. — Mas, o que significa?
— Bom, um dia o seu velho aqui foi numa festa. Sua mãe, foi com as amigas dela. — Olhou para a esposa. — Eu estava muito animado quando sua mãe chegou. — Em outras palavras, o álcool já havia consumido sua vergonha. — Por isso, eu tive coragem para chamar a amiga chata da minha irmã para dançar e aí ela nunca mais me largou.
— Que mentira. — Socou o ombro do marido. — Seu pai que sempre foi apaixonado por mim, isso sim. — O menino no banco de trás ria. — Inclusive, ele só me tirou para dançar porque eu estava conversando com uma outra pessoa.
— Enfim. — O arquiteto continuou. — Quando nos beijamos essa foi a música que tocou.
— Que nojo. — A frase fez o casal gargalhar.
◇
— Jasper! — Max e correu até o mais velho.
— Big Max! — Gritou de volta. Quando se aproximaram fizeram o seu cumprimento secreto e depois se abraçaram.
— É incrível como mentalmente eles têm a mesma idade. — Murphy comentou e Raven concordou.
Clarke e Bellamy estavam no sentados no lobby do resort, aguardando o quarto ficar pronto. Demorou apenas dez minutos para a segunda parte do grupo chegar. Monty disse o Resort possuía sua própria praia, o Que levou aos oito amigos entrarem em acordo e passar a tarde na praia.
Os cartões magnéticos quero entregas e o grupo se dispersou. O casal abriu a porta e ficaram admirados com o lugar, a cama era enorme e estava no meio do quarto, uma porta de vidro separava a sacada, de frente para cama uma TV instalada na parede. Colocaram suas malas no canto, Max passou correndo e começou a pular na cama.
— Filho, o que está fazendo?
— Testando a cama. — A cada palavra era um pulo. Clarke olhou para o marido o pedindo para resolver aquilo.
— Ok. Você já testou o suficiente não? — Ignorou o pai e continuou pulando. — Olha, se você quebrar sou quem vai ter que pagar então para. — Ignorado novamente Bell se aproximou da cama e puxou o garoto pelos pés. Fez cócegas no menino até não aguentar mais. — Feliz? Agora nós vamos para a praia.
Trinta minutos depois os se encontraram no saguão dessa vez, com Octávia e Lincoln. Saíram todos juntos. No caminho até lá viram que área de lazer do resort era muito variada, a piscina principal onde muitas famílias aproveitaram, uma sala de jogos, uma sala de massagem, e outras que eles não conseguiram identificar.
O caminho até a praia em si não levou mais que vinte, pouquíssimas pessoas estavam no local, alguns surfistas, poucas famílias. O grupo se instalou um pouco mais longe dos demais, mas durante o caminho Clarke foi parada.
— Eu acho que isso é destino. — Andrew estava caminhando com uma prancha ao seu lado.
— Andrew. — Ficou surpresa. — Você tem sempre uma cantada na ponta da língua?
— Aceitaria se eu disse que natural? — Ela riu e negou com a cabeça. — E por favor, me chame de Drew.
Max notou a ausência da mãe, olhou pelo lados a procurando. Correr no sentido oposto chamou a atenção dos adultos, e então todos os olhares foram postos em Clarke.
— Mãe. — Ele agarrou tão rápido a pena que ela se desequilibrou. — Quem é esse?
— A mamãe costumava cuidar dele quando ele estava ao hospital.
— E aí grandão. — Drew mexeu no cabelo do garoto.
— Podemos ir? Eu quero construir um castelo de areia.
— Eu preciso ir. — Deu a mão o filho. — Acho que nós vemos por aí.
— Eu espero que sim. — Voltou a seguir seu caminho.
De longe Bellamy observava a interação entre os dois, fazia algumas semanas que ele não vai a esposa tão descontraída. Sentiu inveja, e um pouco de ciúmes.
VOCÊ ESTÁ LENDO
BLAKE'S
RomansaClarke Griffin Blake. Mãe. Enfermeira. Bellamy Blake. Pai. Arquiteto. O casamento entrou em crise, e pela primeira vez o amor é posto na balança. #1 em the100 26/05/2020