Capítulo 5

161 18 14
                                    

Normalmente acordar Max pela manhã era uma luta, mas naquela manhã o menino foi o primeiro acordar. Entrou no quarto da mãe, balançou a mãe até que ela acordasse.

— Bom dia. — Beijou a bochecha de Clarke, que mal tinha aberto os olhos. — Se você não levantar, vamos nos atrasar e você não quer isso, quer? — A loira riu, ele fez exatamente o que ela fazia para o acordar pela manhã.

— Não, não queremos. — Entrou na brincadeira. — A mamãe já vai levantar. 

— Ótimo. — Ele sorriu. — Hora de acordar a tia Raven. — E saiu do quarto. 

Clarke se espreguiçou na cama, 6:43h a tela do celular informava, ainda tinha dezessete minutos antes do despertador. Calçou os chinelos e desceu até a cozinha para fazer o café da manhã, no caminho viu o filho batendo na porta do quarto onde Raven dormia.

— Onde é o incêndio? — Raven estava descabelada e com o rosto amassado.

— Tia, nós temos que levantar. É o casamento da tia O, anda — ele pegou ela pela mão. 

— Max, aonde estamos indo? — Se deixava ser arrastada. 

— Preciso de ajuda para tomar banho. 

— Por que não pediu ajuda a sua mãe? — Entraram no banheiro. 

— Eu achei que seria legal deixar para outro dia. — Ergueu as mãos para que seu pijama fosse puxado. — E ela sempre me dá banho, hoje queria que fosse você. — A madrinha ficou mexida.

Na cozinha Clarke determinava de montar a mesa do café, torradas, suco de laranja e café preto para acordar. Pouco depois Max desceu limpo, com os cabelos penteados e se sentou garantindo seu prato de comida. Raven desceu um pouco depois, com a roupa molhada.

— Juro que era muito mais fácil dar banho nele quando era um bebê. — Reclamou e o afilhado sorriu.

— Você acostuma. — Clarke sentou ao lado do filho.

— Eu duvido muito. — Encheu uma caneca de café para si. 

Às 7:35 Bellamy tocou a campainha. Eles haviam combinado de sair às 8h, mas o homem precisava de algumas coisas que ainda estavam na casa.

Ajeitou as malas no porta malas, enquanto Clarke ajeitava o filho no banco de trás. Entregou para o garoto o tablet que Raven o deu de presente. Os pais entraram também e Bellamy deu partida, mas pode ver o carro de Murphy estacionando. 

— Se continuar assim, vamos chegar a tempo de ver eles indo para a lua de mel. — Raven reclamou vendo o velocímetro. 

— Quer relaxar? — Murphy parou o carro. Buzinou. 

Estavam parados em frente a um prédio, não levou nem dois minutos Jasper e Monty atravessaram a porta com suas mochilas, pouco depois Harper saiu, empurrando a sua mala. Quando se aproximaram Murphy destravou o carro, assim eles guardaram suas malas entraram no carro. 

— Operação Cupido oficialmente começou. 

O rádio preencher o carro, eles ouviam o programa de Wells Jaha, mais um amigo deles. As músicas conhecidas fizeram a família interagir, dançaram sentados. Durante a programação ele parabenizou Octávia pelo casamento e disse que estaria lá no domingo. E então bust a move começou a tocar, Wells havia dito que foi um pedido.

— Olha é a música de vocês. — Max fez baquetas imaginárias baterem no ar.

— E você sabe o que isso significa? — Perguntou a mãe virando a cabeça para trás. 

— Não. — Seus pais riram. — Mas, eu sempre escuto um de vocês falando isso quando ela toca. Hoje foi minha vez. — Balançou suas perninhas. — Mas, o que significa?

— Bom, um dia o seu velho aqui foi numa festa. Sua mãe, foi com as amigas dela. — Olhou para a esposa. — Eu estava muito animado quando sua mãe chegou. — Em outras palavras, o álcool já havia consumido sua vergonha. — Por isso, eu tive coragem para chamar a amiga chata da minha irmã para dançar e aí ela nunca mais me largou.

— Que mentira. — Socou o ombro do marido. — Seu pai que sempre foi apaixonado por mim, isso sim. — O menino no banco de trás ria. — Inclusive, ele só me tirou para dançar porque eu estava conversando com uma outra pessoa. 

— Enfim. — O arquiteto continuou. — Quando nos beijamos essa foi a música que tocou.

— Que nojo. — A frase fez o casal gargalhar. 

— Jasper! — Max e correu até o mais velho. 

Big Max! — Gritou de volta. Quando se aproximaram fizeram o seu cumprimento secreto e depois se abraçaram.

— É incrível como mentalmente eles têm a mesma idade. — Murphy comentou e Raven concordou. 

Clarke e Bellamy  estavam no sentados no lobby do resort,  aguardando o quarto ficar pronto. Demorou apenas dez minutos para a segunda parte do grupo chegar. Monty disse o Resort possuía sua própria praia, o Que levou aos oito amigos entrarem em acordo e passar a tarde na praia.

Os cartões magnéticos quero entregas e o grupo se dispersou. O casal abriu a porta e ficaram admirados com o lugar, a cama era enorme e estava no meio do quarto, uma porta de vidro separava a sacada, de frente para cama uma TV instalada na parede. Colocaram suas malas no canto, Max passou correndo e começou a pular na cama.

— Filho, o que está fazendo? 

— Testando a cama. — A cada palavra era um pulo. Clarke olhou para o marido o pedindo para resolver aquilo.

— Ok. Você já testou o suficiente não? — Ignorou o pai e continuou pulando. — Olha, se você quebrar sou quem vai ter que pagar então para. — Ignorado novamente Bell se aproximou da cama e puxou o garoto pelos pés. Fez cócegas no menino até não aguentar mais. — Feliz? Agora nós vamos para a  praia. 

Trinta minutos depois os se encontraram no saguão dessa vez, com Octávia e Lincoln. Saíram todos juntos. No caminho até lá viram que área de lazer do resort era muito variada, a piscina principal onde muitas famílias aproveitaram, uma sala de jogos, uma sala de massagem, e outras que eles não conseguiram identificar. 

O caminho até a praia em si não levou mais que vinte, pouquíssimas pessoas estavam no local, alguns surfistas, poucas famílias. O grupo se instalou um pouco mais longe dos demais, mas durante o caminho Clarke foi parada.

— Eu acho que isso é destino. — Andrew estava caminhando com uma prancha ao seu lado.

— Andrew. — Ficou surpresa. — Você tem sempre uma cantada na ponta da língua? 

— Aceitaria se eu disse que natural? — Ela riu e negou com a cabeça. — E por favor, me chame de Drew.

Max notou a ausência da mãe, olhou pelo lados a procurando. Correr no sentido oposto chamou a atenção dos adultos, e então todos os olhares foram postos em Clarke. 

— Mãe. — Ele agarrou tão rápido a pena que ela se desequilibrou. — Quem é esse?

— A mamãe costumava cuidar dele quando ele estava  ao hospital. 

— E aí grandão. — Drew mexeu no cabelo do garoto. 

— Podemos ir? Eu quero construir um castelo de areia. 

— Eu preciso ir. — Deu a mão o filho. — Acho que nós vemos por aí.

— Eu espero que sim. — Voltou a seguir seu caminho. 

De longe Bellamy observava a interação entre os dois,  fazia algumas semanas que ele não vai a esposa tão descontraída. Sentiu inveja, e um pouco de ciúmes.

BLAKE'SOnde histórias criam vida. Descubra agora