2. A Man of Wealth and Taste

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De todas as coisas que Louis poderia se gabar sobre si mesmo, o seu poder de flerte era certamente uma das principais armas que ele tinha dentro das mangas. E era exatamente esse poder que ele colocava em prática naquele momento no Crown & Anchor British Pub, lugar onde ele se sentia em casa quando estava bem longe de casa.

O pub realmente tinha um ar britânico. As paredes eram pintadas em um marrom escuro, algumas estátuas de guardas britânicos em tamanho real estavam posicionadas em lugares estratégicos e diversos quadros que remetiam à Família Real Britânica ocupavam todas as paredes. Além disso, detalhes delicados que relembravam a época da imigração daquele povo aos Estados Unidos da América, como âncoras e cordas penduradas e enroladas em pilastras distribuídas por todo o Pub.

Do lado oposto à porta de entrada, Louis estava recostado contra o balcão do bar bebericando de um Whisky que queimava levemente a ponta dos dedos por conta do gelo que tilintava dentro do copo suado. Seus lábios estavam levemente erguidos do lado esquerdo enquanto jogava conversa fora com um rapaz um tanto mais baixo que ele.

O dedo indicador desse mesmo rapaz se embolava na ponta da gravata de Louis e ele ria por seja lá o que Louis havia dito em seu ouvido. Seus lábios faziam cócegas no lóbulo da orelha enquanto Louis proferia elogios e se afastava para assistir o rubor tomar conta das bochechas do rapaz.

Uma leve mordida de lábio depois e Louis sentiu alguém cutucar em seu ombro. Virou-se na direção do bar e viu o barman segurar um copo contendo uma bebida colorida. Negou educadamente e se voltou ao que fazia anteriormente; encantar aquele belo rapaz. Novamente seu ombro foi cutucado e Louis sorriu sem graça, virando-se novamente para o bar.

— Cortesia daquele rapaz.

Louis pegou o copo em mãos e analisou a bebida por um momento, observando as cores fortes que refletiam pelo vidro devido às luzes que piscavam na pista logo abaixo do bar. Em seguida, levantou o olhar e seguiu na direção em que o barman apontava, do lado oposto da bancada.

Seus olhos caíram na figura de um homem que o olhava fixamente. Os cabelos cacheados caíam perfeitamente em cascatas pelos ombros até pouco depois das clavículas. Os olhos verdes brilhavam feito esmeralda e os lábios avermelhados eram perfeitamente delineados, tendo o arco do cupido delicadamente desenhado. O corpo era esguio e o peitoral levemente saltado e à mostra pela camisa desabotoada até o umbigo era de dar água na boca.

O rapaz tinha o torso coberto por tatuagens. Abaixo das clavículas havia duas andorinhas e na altura do estômago, uma borboleta com as asas abertas. Louis não conseguiu ver se havia algum desenho mais abaixo do umbigo pois aquele pedaço de pele, para sua infelicidade, estava coberto.

Aquele homem o olhava como alguém prestes a ler sua alma e Louis se remexeu em seu lugar, quase se engasgando com a própria saliva. Olhou novamente para o copo que havia recebido e de volta para o rapaz, que agora tinha um sorriso ladino em seus lábios. Após uma piscadela, ele se desencostou do balcão e seguiu em direção à multidão na pista de dança.

Louis estava sem alternativas. Algo havia lhe chamado a atenção naquele rapaz e todo o encanto que havia construído por aquele com quem ele flertava anteriormente havia sumido completamente. Ele bebericou do copo que havia ganhado e se desculpou com o rapaz à sua frente, mergulhando no mar de gente em busca do dono dos cachos perfeitos.

Uma, duas, três voltas pela pista de dança e nada. Louis estava cansado, suado e sua bebida já estava perto de acabar. Passou a mão em sua testa, por baixo da franja, e respirou fundo, voltando para onde havia deixado Zayn e Liam.

— Que bebida é essa, Louis? — Zayn arrancou o copo das mãos do amigo e tomou um pequeno gole. — Uau!

— Deixe-me experimentar. — Liam tirou o copo das mãos de Zayn e o levou em direção à boca. — Meu Deus!

Aschmedai | L.SOnde histórias criam vida. Descubra agora