[LIVRO PAUSADO POR UM TEMPO]
As máfias La Trinità e os Gli Cattivii viveram de acordo por muitos anos, até que algo valioso chega à Itália, algo que os dois querem. Margarita irá roubar a famosa Monalisa, que será exibida por três meses na Galleria...
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— Isso é impossível. — Balbucia Sebastian, encarando a estatua embasbacado. — Eu podia jurar que vi Davi no museu semana passada, como veio parar aqui?
— Ainda não sabemos se é real ou não, é muito perfeito. — Digo, também olhando para a estátua. — Porém, tenho certeza de que é falsa, meu pai não deixaria o Davi verdadeiro aqui, exposto e sujeito as forças da natureza.
— Mas... É idêntico. — Ele ainda parece perplexo.
— É, é sim. — Suspiro e toco em seu braço, o puxando para longe de Davi.
Estou indo até o centro de Florença com Ivan e Pietro, vamos conversar com Katarina. Ivan a chamou ontem e ela aceitou em nos encontrarmos para negociarmos, ter Pietro como possível babá do menininho colaborou para a vinda dela. Katarina e eu nos encontramos muito pouco na vida, mas nas poucas vezes em que estivemos juntas, nos damos bem.
O caminho até o centro não poderia ter sido mais agitado. Sebastian não calou a boca um minuto sequer, não sei como Julie aguenta esse homem. Admito, ele é engraçado, mas as vezes, tudo que eu preciso é de silêncio, e Sebastian e quietude não coexistem.
Estacionamos na entrada do Jardins de Boboli, marcamos de nos encontrar na Fonte de Netuno, dentro do jardim. É um lugar lindo, eu amava vir quando era criança, acho que por isso Katarina escolheu aqui, por Andrei.
Ivan e Sebastian estão em meu encalço e do meu primo, já que eles não conhecem nada aqui. Eu e Pietro amávamos correr dentre essas árvores, atirando um no outro com arminhas de água, que era o único tipo de arma que Pietro aceitava segurar. Como eu disse, Pi não leva nenhum jeito para ser mafioso.
Após alguns minutos andando, avisto uma cabeleira ruiva de longe, segurando um menininho loirinho e apontando para alguma coisa dentro da fonte. Ivan passa acelerado ao meu lado, indo de encontro a sua irmã. Pelo o que ele me disse, faz tempo que não se veem.
— Margarita! — Katarina exclama assim que põe os olhos em mim, vindo me abraçar. Retribuo o gesto, sorrindo para ela. Katarina é alguns centímetros mais alto que eu e é lindíssima, eu realmente não sei o que aconteceu no DNA do Ivan.
— É bom vê-la, Kat. — Digo sendo sincera. Chego um pouco para o lado e aponto para meu primo. — Esse é o Pietro, meu primo. O pediatra que Ivan lhe falou.
Reparo os olhos de Katarina brilharem ao ver o Pi. Eu não a julgo, o filho da mãe é realmente um monumento de homem. Noto Pietro engolir em seco e secar descaradamente Katarina. Jesus, estou sentindo a tensão daqui.
— É um prazer, soube que gosta de crianças. — Ela sorri para ele, que concorda. — Esse é o Andrei. — O menininho é lindo. Ele tem uma das mãozinhas dentro da boca e está olhando curioso para nós. — Ele é meio tímido, mas se solta rápido se der um doce para ele.
