Sequestro?

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Vou caminhando até o ponto de táxi, chorando feito uma criança que acabou de perder seu doce. Bem que eu queria que fosse só um doce, acho que não doeria tanto.

Chego no portão do meu apartamento, mexo na bolsa e não encontro meu celular. Que droga! Esqueci na academia. La vou eu voltar tudo atrás do celular. Como vocês já perceberam, sou facilmente distraída e sempre perco ele.

Berro atrás do táxi que me trouxe; ele ainda estava saindo da rua.

Taxista: Algum problema, senhora?

Hadassa: É que esqueci meu celular onde trabalho; tenho que voltar.

Ele sorri estranho; toda a viagem ele ficou me olhando, parecia que ia me comer com os olhos.

Taxista: Entendi, vamos lá.

Entro e fico um pouco encolhida no canto do banco. Quando chegamos lá, peço para ele esperar, subo, pego meu celular e volto para o táxi.

Taxista: Podemos ir, princesa?

Isso me causou arrepios, e não foi nada bom. Só concordo, e ele dá partida.

Hadassa: Senhor, senhor, esse não é o caminho para minha casa.


Ele está me levando por um caminho totalmente estranho, e a viagem já demorou demais; já que não moro longe da academia.

Taxista: Não? - fala sarcástico.

Hadassa: NÃO! - Já alterada.

Taxista: Eu sei, querida; esse é o caminho para minha casa.

Ele dá uma risada alta e contínua; meu corpo congela, não sei o que fazer. Ligo para o Min com o celular ainda dentro da bolsa para o taxista não perceber. Min não me atende, eu já deveria imaginar. Mando uma mensagem para Renata.

Hadassa: Rê pelo amor de Deus, estou sendo sequestrada, o taxista está me levando para um lugar desconhecido, me ajuda.

Renata: Aí meus Deus amiga, espera.

Logo recebo uma ligação do Min, atendo mas não falo nada para o taxista não perceber, só deixo ele ouvindo a situação.

Min on

Retorno a ligação de Hadassa depois que Renata me fala que ela foi sequestrada, mas ela não fala nada. Estou escutando uma zoada de carro, estranho.

- Para o carro agora! - Ela grita com alguém.

- Que foi, princesa? Só vou te apresentar minha casa - responde uma voz masculina.

- Já mandei você parar o carro! Eu vou começar a gritar! - A voz dela está embargada; algo está acontecendo.

- Grita, GRITA! - O cara se altera.

Eu escuto alguém fungando e, com certeza, é Hadassa chorando.

Chega uma mensagem dela:

"Não posso falar muito. Por favor, vem me buscar. Estou com muito medo. Esse cara parece estar drogado."

" Onde você está, Hadassa? " Pergunto preocupado.

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