Dance Comigo

Ganhou um e perdeu outro

Bruno: Chegou a horas de  ver meus amigos, qualquer coisa me avise. - Falo com Gael e ele concorda. Pego um táxi e vou até a casa da Hadassa para ver se encontro a Jade.

Meu Deus, só pode ser mentira. Hadassa não se foi.

Aperto a campainha e a Mia me atende.

Mia: AAAAAAAAAAAAAAA BRUNO É VOCÊ? - Ela grita e logo Jade aparece na porta ofegante.

Jade: Eu não acredito!  - Ela paralisa.

Bruno: Tô vivo! - Falo sorrindo e abraço a Mia, e mas logo levo um tapa.

Mia: Se você estava vivo, por que não avisou? Você sabe como eu fiquei? - Pergunta, irritada.

Bruno: Calma, vou te explicar tudo. Me deixa entrar? - Peço.

Estou pensando em como vou contar sobre a Hadassa.

As duas me seguem até a sala com um olhar espantado.

Bruno: Calma, gente, sou eu, não sou uma alma! - Brinco. Mas Jade não sorri dessa vez, como ela sempre faz, ela parece aérea. - Ruiva?

Jade: Bruno, como você pode ter me deixado assim? Pensar que você estava morto...  - Ela se atira em meus braços - Foi como se meu mundo tivesse desabado.

Bruno: Eu sinto muito, Jade. Eu não sabia como contar para você. - Coloco meus braços a redor de sua cintura.

Jade: Contar? Você não sabia como contar? VOCÊ ESTAVA MORTO, BRUNO! MORTO! - Ela grita -   Eu senti como se meu coração tivesse sido arrancado.

Bruno: Eu sei, eu sei. Eu sinto muito. - Seguro suas mãos.

Jade: E o pior é que eu não pude me despedir. Não pude dizer quanto te amo. -  Me abraça novamente. - Eu te amo tanto, Bruno.

Bruno: Eu também te amo, Jade. E estou aqui agora. - A abraço forte, minha Ruiva linda.

Jade: Agora conta o que você queria dizer quando entrou! - Jade senta no sofá ao meu lado e Mia na mesinha de centro.

Bruno: Assim... - Começo.

"Já cheguei ao meu destino e nada dos outros agentes; começo a desconfiar.

...: Ei, cara! - Olho para trás e recebo um soco; reconheço o homem.

Bruno: Paulo? Por que fez isso?

Vejo mais dois aparecendo do lado dele e também os conheço - Tobias e Gael, policiais que não deveriam estar ali.

Paulo: Foi mal, cara, mas você vai vir com a gente - Paulo diz.

Bruno: Para onde? -Foi uma emboscada.
- Quem mandou vocês?

Paulo: Daiana. Você vai com a gente, e os planos dela não incluem deixar ninguém vivo.

Bruno: Idiotas! Vocês se corromperam?

Me levanto, e os três sacam a arma.

Paulo: Precisão, meu querido; nem todos deram sorte como você. A proposta dela foi boa, e se tudo der certo, vamos poder viver bem. - Vagabundo!

Bruno: Vocês são uns merdas.

Tobias: Mas uns merdas ricos

Gael vem até mim; ele é o mais novo ali.

Gael: Facilita, não quero te machucar. - Ele não me olha, e esta trêmulo.

Bruno - Vão para o inferno!

Chuto Gael, e ele cai. Corro pelas ruas em busca de um esconderijo, mas só encontro uma barra de ferro no chão. Hora de atacar.

Os três se aproximam. Rodo a barra em minha mão e vou para cima. Primeiro, é Tobias que vai ao chão quando bato forte em seu estômago; depois, Paulo, que toma uma na cabeça.

Bruno: Falta você! - Chamo Gael, e ele fita os amigos desacordados.

Gael: Não vou para cima de você; não sou tão burro assim. Vamos fazer um acordo...

Bruno: Que acordo? - Me aproximo ainda com a barra.

Gael: Eu não queria fazer isso, mas como você sabe, eu só sou um policial que ninguém dá nada. Minha irmã está com leucemia, precisa de um tratamento caro urgente. Só é eu e ela. Daiana fez a proposta para a gente, e eu não vi outra saída. A grana era boa. Me perdoa.

Bruno: Ainda quero saber sobre o acordo.

Gael: Eu te ajudo a colocar Daiana atrás das grades. Não sou burro; quando ela veio falar comigo, eu gravei tudo para que, se no final, ela quisesse dar golpe, eu a ameaçasse. Ela colocou seu amigo na cadeia com acusação de assédio. Se a mulher que foi "assediada" desmentir tudo, não vai ter como Daiana manter. Fazemos assim: eu sei onde ela escondeu seus amigos; salvamos eles, desmentimos a acusação e entregamos a gravação. Aí, ela vai para trás das grades. Porém, quero algo em troca.

Bruno: O quê?

Gael: Que você me promova a detetive, me ajude a entrar no teste para que eu ganhe melhor e ajude minha irmã.

Bruno: Okay, feito, mas você sabe que precisa se esforçar para passar no teste.

Gael: Pode deixar comigo. - Concordo.

Bruno: Ver se aprende, você tá tendo uma segunda chance, a vida nos dá situações difíceis, mas isso não quer dizer que devemos esquecer nossa essência, nosso caráter para resolver. Homens acham saídas sem se trair, porque você não me traiu, você traiu a se mesmo, você traiu suas virtudes.

Gael abaixa a cabeça e assente. Vamos para o aeroporto; preciso voltar logo para Nova Iorque."

Bruno: E foi assim que fiquei vivo. - Elas me olham com atenção.

Jade: Nossa, que história! Mas vocês já entregaram as provas para o delegado?

Bruno: Ainda não... Fui tentar salvar elas primeiro, para que Daiana não tivesse como nos ameaçar. Mas quando cheguei lá, só encontrei.. -  Sinto uma pontada ao lembrar.

Mia: Só encontrou? - Me incentiva a continuar, e Jade me olha com os olhos cansados.

Bruno: Quando chegamos, vimos Daiana entrando na casa, mas logo ela saiu com a cara não muito boa. Logo entramos e encontrei Henrique agonizando, jogado no chão. Não escutamos barulho de tiro, por isso achei estranho; a arma devia ter silenciador. Ele conseguiu falar algumas coisas...

Bruno: Henrique, o que aconteceu? - Ele me olha.

Henrique: Vo... -  Cospe sangue. Mooo...rreu.

Gael: Foi ele que ajudou Daiana a pegar vocês.

Bruno: Cadê as meninas?

Henrique: Mia fugiu com o piralho... Meu amor... se jogou da cachoeira..

Jade: O que? - Se levanta.

Bruno: Calma, Jade, não sabemos se é verdade. - Tentando dar esperanças, porque ainda não acredito que ela morreu.

Jade: Aí, meu Deus. -  Ela cai de joelhos e começa a chorar; Mia chora baixinho, com a mão no rosto.

Lucca: Ti... Ti. - Meu pequeno parece com cara de sono. Engulo todo o choro e disfarço um sorriso para ele.

Bruno: Coisa linda. - Corro para abraçar ele. Coloco Lucca no colo.

Jade: Vamos... Eu vou tirar Mim daquele lugar. - Se levanta. - Mia, fica com o Lucca. Bruno, vai comigo?

Bruno: Vou sim. -  Coloco Lucca no chão e saio com Jade.