Capítulo 11

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Ethan

Fecho a porta e saio já ansiando o dia de amanhã, mas não me deixo perder nesses pensamentos, visto que tinha trabalho a fazer. Chamo um dos guardas que vigiava a porta do quarto e o digo para chamar Arthur, precisávamos resolver o assunto do senhor Jean (pai da Aline) que se negou a colaborar durante esse tempo.
Vou ao escritório e depois de minutos escuto batidas na porta.

Eu: - entre!- vejo então Arthur entrar.

Arthur: - Você mandou me chamar? - diz adentrando á sala e se sentando á minha frente.

Eu: - Sim. Eu quero saber á quando andamos do teu trabalho.

Arthur: - Ele se recusa a falar, mesmo depois de o torturarmos. Até amea...

Eu: - Vocês o torturaram? - falo já sentindo uma ligeira raiva crescendo dentro de mim.
- Com ordens de quem?

Arthur: - Ethan, nós sempre torturarmos as pessoas para obter informações quando necessário, isso não é nenhuma novidade.- diz franzindo o cenho estranhando a minha reacção.

Eu: - Tu tens noção que ele já é um senhor de idade? E uma mísera tortura pode o matar?
Ele não nos vale nada estando morto.- digo abrindo a gaveta e tirando a caixa de charutos que lá havia deixado.

Arthur: - Certo... Tem a certeza que não tem nada a mais aí?- disse afinando os olhos me analisando enquanto eu acendia o charuto.

Eu: - E teria algo a mais porquê?

Arthur: - Ok. Ethan, para além de ser seu parceiro, eu também sou seu amigo e... te digo que é melhor que não mantenha sentimentos nesse caso.

Eu: - Mas isso é um absurdo. Eu só quero foder com ela, já viu aquele corpo? É muita tentação, até pra mim.

Arthur: - realmente... - diz e cala-se após ver a minha sombrancelha arqueada e eu o encarando.
- Então... Voltando ao assunto anterior, como faremos o Jean falar? Podemos torturar a mulher ou os filhos na frente dele.

Eu: - Mas o que tu tienes no lugar do cérebro? Mierda? Sabes muito bem que nós não fazemos mal a mulheres, muito menos crianças

Arthur: - Ok. Podemos não torturá-los, mas ameaça-lo dizendo isso.- disse revirando os olhos se reconstando na cadeira.

Eu só pude massagear as têmporas me acalmando para não o esmurrar por tamanha idiotice.

Eu: - Então, já que você só faz merdas, vamos lá resolver isso.- digo apagando o charuto e me levantando de seguida.

Arthur: - Você vai ao galpão comigo? - disse indignado.

Eu: - Porquê o espanto? - digo saindo da sala e ele vem logo atrás de mim

Arthur: - A tempos que não fazíamos isso.

Eu: - Eu não vou torturar ninguém. Não hoje.
Tenho uma carta na manga e pretendo usá-la.

Ao chegarmos no galpão, pude ver como a situação era. A mãe e os irmãos de Aline estavam num quarto e o senhor Jean no outro, ordenei que o encapuzassem antes de eu entrar, para que não me visse e quando finalmente entrei, pude ver o estado em que lhe deixaram: estava sentado numa cadeira, acorrentado, todo machucado, molhado e sem a camisa, provavelmente havia sido electrocutado e pude ver que ele não tinha unhas em uns dois dedos. Em situações como essa seria normal ser eu o torturador, mas vê-lo naquele estado deu-me certo desconforto.

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