33 - Nova moradia

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~ Bruno ~

Eu recebi alta do hospital dois dias após o acontecimento. Nesses últimos três dias, Rodrigo ficou comigo 24 horas.

- É um alívio sair daqui, sabia ? - Disse a ele enquanto me ajudava a trocar de roupa.

- Eu sei. Mas até que não é tao ruim aqui né.

- Claro. - disse em tom sarcástico. - Considerando que pagou para me colocarem na Ala particular né ? Uma coisa desnecessária na minha opinião. Ficaria muito bem na Ala comum.

- Já te disseram que você é muito mau agradecido ?

- Sinceramente ? Não me lembro. Mas minha mãe sempre me disse para tomar cuidado com os privilégios que o dinheiro nos da. Essas coisas de Ala particular, mordomos, mimos caros, isso não é pra mim. Não cresci com isso.

- Tenho uma má notícia pra você então. - ele sorriu. - É melhor se acostumar, porque você vai ficar algum tempo lá em casa. Pelo menos até se recuperar.

- Rodrigo, sou muito grato por tudo. Mas não precisa disso.

- Precisa sim. É bom que fico mais perto de você. - ele me deu um beijo.

- Sua mãe sabe disso ? Que vou ficar na sua casa ? Aliás, ela está se hospedando lá também.

- Não só sabe como foi ideia dela.

- O que ?

- É. Ela que disse para você ficar com a gente lá em casa e quem esta pagando esse belo quarto de hospital para você.

- Agora eu fiquei assustado. - eu estava boquiaberto.

- Bruno, convenhamos que minha mãe não é o diabo em pessoa. Ela tem coração.

- Não sei. Ela me odiava com todas as forças. 

- Talvez ela tenha mudado com tudo o que aconteceu.

- Pode ser. Ela até chorou aqui.

- Minha mãe ? - concordei com a cabeça. - Sério ? Uau, por essa eu não esperava.

- Nem eu.

*

Quando estávamos saindo do hospital, Caio veio até nós.

- Soube que ia sair do hospital hoje, então vim te buscar.

- Não precisa. - Rodrigo respondeu. - Estou levando ele pra minha casa. Ele ficará bem lá.

- Tenho certeza disso. Aliás, a última vez que ele esteve lá, ele levou três tiros e quase morreu.

Rodrigo abriu a boca para falar algo, mas acho que ele não encontrou as palavras certas para dizer, então ficou quieto.

- Rapazes, eu agradeço a preocupação de vocês. Mas acho que ficarei bem na minha casa. Nada melhor que nosso lar, não acham ? - Sorri gentilmente. - Sem contar que estou ferido, não morto né ?

- Mas quase morreu. E você não pode ficar sozinho, você tem que ficar de repouso.

- É por isso que ele vai pra minha casa.

- Com sua o diabo da sua mãe lá ? Nem sonhando. Ele vai pra minha. - Caio estendeu a mão.

- Você ta de brincadeira né moleque. Eu sou o namorado dele e cuidarei dele até ele se recuperar.

- Como cuidou na balada ? Deixando-o sozinho ? A culpa de tudo ter acontecido foi sua.

- Ele vai pra minha casa. - Selena me abraçou. - Ele precisa de uma pessoa madura para cuidar dele, não de duas crianças feito vocês. Vem Bruno. - Ele me puxou delicadamente.

Selena tinha lançado um olhar feroz para os dois antes de sairmos do hospital. Nenhum deles se atreveu contradizê-la.
Assim que entramos no carro, sussurrei um "obrigado" a ela, que sorriu como resposta.

*

Selena me obrigou a ficar duas semanas de repouso. Mas eu não conseguia ficar deitado o dia todo, então eu esperava ela sair pra trabalhar e arrumava a casa toda. Ela quase me matava por isso.

Era sexta feira, eu já tinha voltado a minha rotina normal.

- Bruno ?

- Pois sim ?

- Quero falar com você  - Rodrigo se levanta e se aproxima de mim. - Hoje vai ter party na casa de um dos meus sócios. Você quer me acompanhar ?

- Então Rodrigo...

- Amor... - Ele me interrompe. 

- O que ? - pergunto sem entender.

- Me chame de amor, paixão, vida... É sem graça quando me chama pelo meu nome.

- OK, amor. - começo a rir. - Será que você se importa de ir sozinho ? Conheço essas festinhas de vocês e não to no clima hoje. Sem contar que estou cheio de coisas pra fazer - digo levantando uma pasta com vários documentos dentro.

- Imagina. Só não vou me importar se você me prometer descansar. Deixa essas coisas... - ele pega a pasta da minha mão e coloca em cima da mesa. - para amanhã. Não gosto que meus funcionários levem trabalho para casa. 

- Ok. - Reviro os olhos. 

- Você sabe que eu adoro quando revira os olhos né ? Porém gosto mais ainda, quando estou metendo em você. - Ele se aproxima. - O que acha de fazermos uma rapidinha ? - Ele beija meu pescoço. 

- Acho melhor não. Se alguém entrar aqui...

- Existe fechaduras pra isso, sabia ? - Ele coloca minha mão no seu penis. - Olha como você me deixa. 

Eu também estava com muito tesão e com muita vontade de fazer amor com Rodrigo, o que não fazíamos há algum tempo. Não resisti e me entreguei inteiramente à ele.  

Meu ChefeOnde histórias criam vida. Descubra agora