~ Bruno ~
Eu estava completamente despreparado para aquela pergunta.
Eu e Rodrigo nunca conversamos sobre casamento, filhos e morarmos juntos.
Eu não terminei a faculdade ainda, não arrumei um emprego na minha área e nem estava estabilizado emocionalmente.
Como ele me pede em casamento do nada?- Então? O que diz? - todos estavam me encarando, de novo.
- Sim, é claro que aceito me casar com você, meu amor.
Ele colocou a aliança no meu dedo, nos abraçamos e todos começaram a aplaudir.
Eu estava feliz.
*
Depois da festa, Rodrigo me levou pra casa tentando me convencer a ir morar com ele.
- Qual é Bruninbo, nos vamos nos casar, o que que tem você adiantar a mudança? Pode se mudar hoje mesmo.
Me joguei na cama, ele se sentou ao meu lado.
- Minha mãe sempre dizia que morar junto antes de casar, não é bom. Não vamos correr esse risco.
-Tá bom. - ele deitou junto comigo. - Já que não vai adiantar a mudança, que tal adiantar a noite de núpcias?
- Eu não acho uma má ideia.
Subi nele e começamos a nos beijar loucamente, tirando a roupa na mesma hora.
A campainha tocou.- Só pode ser brincadeira. - Rodrigo resmungou. Comecei a rir.
- Volto em um minuto. - Sai do quarto e fui até a sala atender a porta.
- Podemos conversar? - Era Caio.
- Claro. Algum problema?
- Eu que te pergunto. Todos na festa percebeu que você hesitou no pedido de casamento do Rodrigo.
- Não hesitei não.
- Bruno, vai mentir pra mim? Sério? Te conheço desde que éramos crianças. Sei quando você quer algo e quando não quer.
- Olha Caio, será que podemos conversar depois? Tô um pouco ocupado agora e...
- Quem é? - Rodrigo veio até a porta. - É claro, tinha que ser ele.
- Não entendi.
- Não é nada Caio. Ele está brincando.
- Não estou não. Toda vez que estamos nos divertindo ele aparece do nada e atrapalha tudo.
- Se divertindo, sério? - Caio cai na gargalhada - Se vocês se divertissem tanto como você fala, o Bruninho não teria hesitado na hora de aceitar seu pedido de casamento.
Rodrigo me lançou um olhar triste e saiu de casa.
- Amor, espera. Vamos conversar.
- O que foi Bruno?
- Você sabe que eu te amo e que eu quero me casar com você. Por favor, acredita em mim.
- Eu não sei de mais nada. Eu achei que era coisa da minha cabeça, que eu estava delirando por causa do nervoso mas parece que eu não fui o único que percebi. - Ele olhou pro Caio. - Eu preciso de um tempo ok? - Ele entrou no carro e foi embora, pisando fundo no acelerador.
- Eu acho que ele é doido, né não?
- Me deixa sozinho Caio. Por favor.
*
No outro dia, Rodrigo não apareceu na empresa, ele me mandava instruções por e-mail e não respondia nenhuma das minhas mensagens. E foi assim a semana inteira.
- Oi, sou eu de novo. Já faz uma semana Rodrigo. Só me fala se está tudo bem. Estou preocupado. Me liga tá? - Deixei esse recado na caixa de mensagens após ele não atender minha ligação pela milésima vez.
*
Na Segunda-feira eu fui à empresa e fiz todas as coisas de rotina.
Eu estava imprimindo algumas coisas referente a empresa e comecei a pensar em tudo o que estava acontecendo.
No fim da tarde, eu mandei os e-mails e organizei tota papelada e levei até a sala de Rodrigo.
Quando eu abri a porta e entrei, ele estava lá, com um bronze de dar inveja e um sorriso encantador naqueles lábios carnudos.
Eu congelei, não conseguia me mexer nem falar nada, eu fiquei parado olhando para ele.- Entre Bruno, eu não mordo não.
- Claro Senhor, desculpa. Aqui está algumas das coisas em que eu tive de resolver na sua ausência. Eu não sabia o que fazer, as coisas estavam virando uma bola de gelo, então tive que resolver as coisas mais essenciais, espero que não se importa.
- Claro que não. Não esperava menos de você, Bruno.
- Obrigado Rodrigo. Precisa de mais alguma coisa?
- Não, está tudo certo.
- Ok, então já estou indo.
- Espera. Não vai me interrogar sobre meu sumiço?
- Aqui não é o lugar, nem hora apropriada para isso.
- Parece que alguém amadureceu, não é mesmo?
- Me dê licença, senhor. - Acenei com a cabeça e sai da sala.
Fui pra casa, troquei de roupa e fui correr um pouco, depois voltei pra casa, tomei banho e fui pra universidade.
*
Quando a aula acabou, sai depressa, peguei meu carro e fui até a casa de Rodrigo.
- Oi. Podemos conversar?
- Claro, entra.
Entrei e segui ele até a cozinha, onde ele me serviu uma taça de vinho e algumas variedades de queijo (exagero na minha opinião).
- Acho que já sei o que quer conversar. Vou te contar tudo, me desculpa.
- Não. Na realidade eu não me importo onde esteve, só que está bem. Fiquei muito preocupado.
- É, eu imagino. Mas eu precisava de um tempo só para mim. Mas e você, o que fez enquanto eu estava fora?
- Voltei a fazer algumas coisas.
- Tipo um Hobbie ?
- Sim, isso mesmo.
- O que, por exemplo?
- Coisas que eu fazia quando minha mãe ainda era viva. Corrida, desenhar, compor, essas coisas.
- Espera, você canta ?
- Eu cantava, não canto mais. Fiquei muito tempo sem exercitar a voz.
- Eu gostaria de ouvir você cantar qualquer dia desses.
- Desculpa, não vai rolar, tenho vergonha.
- Qual é Bruno, vergonha ? De mim ? Sério ? Achei que já tínhamos passado dessa fase.
- Sempre fica uma brecha, não concorda?
- Não, você já me viu dançando, agora quero te ver cantando.
- Isso não é justo. Eu não pedi para você dançar.
- Mas aposto que gostou do que viu.
- Não posso dizer que não. - Tomei um gole do vinho e desviei meu olhar para o outro canto da cozinha.
- Vai amor, por favor. Só um refrão.
- Tá bom. Mas só pra avisar, eu ainda não estou totalmente afinado hein.
🎵 Se essa vida fosse um filme,
Eu dava pause nessa cena,
Te olhava de cima pra baixo,
Batia palma no cinema. 🎵- Que letra linda. E amor, que voz incrível você tem. - Os olhos dele brilhavam como a lua.
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Meu Chefe
FanficBruno é um jovem estudante que adora festa, balada e muita curtição. A vida dele é completamente normal, ele estuda de manhã e a tarde e vai às festas à noite. Um dia, voltando de um rolê, ele vê as contas da casa em cima da mesa e descobre que su...