Conversa Direta

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If you want me all you have to do is ask a thousand questions

Could you put a name to someone elses's sigh?

Could you put a face to someone elses's eyes?

Is it someone that you'd maybe recognize?

But it all fades into morning when you open your eyes.


Draco olhou em volta como um caçador procurando a presa, de pé embaixo das folhas verdes das árvores das pastagens de Hagrid, fazendo muchocho.

– O fim de março – ele rosnou – Trazendo o início de abril. Anunciando a primavera e os dias brilhantes, que por sua vez, se transformam em doces céus de verão.

Ele pronunciou cada inicial como se fosse uma afronta pessoal a ele.

Harry segurou um sorriso.

– E isso te incomoda porque...?

– Eu odeio o verão – disse Draco, apertando os olhos e pronunciando a palavra como se o verão fosse ver uma coisa se ele colocasse as mãos nele.

– Certo – disse Harry indulgente, olhando para a pálida luz do Sol e depois para Draco – Me diz porque.

– O Sol, é claro – contou-lhe Draco – Todo mundo exibindo seus bronzeados podres. Eu acho inaceitável que eu não consiga um. Eu já fiz de tudo. E você, eu suponho, deve se bronzear?

Harry piscou ao receber o olhar acusador de Draco:

– Bem... um pouco.

Draco bufou indignado:

– Claro. Deixa estar! Eu não ligo. Eu não estou despeitado – ele informou a Harry com despeito – Eu continuo apenas branco que nem um fantasma a cada ano que passa. É ótimo.

O canto de seus lábios curvou-se e ele chutou a grama um tanto maliciosamente.

Harry segurou outro sorriso. Draco agia como um moleque mimado e rabugento às vezes, mas, mesmo assim, de alguma forma, Harry estava começando não só a aceitar o fato, mas a achá-lo estranhamente adorável.

Nunca havia ocorrido a Harry que a pele pálida de Draco pudesse incomodá-lo. Era... parte de Draco, não era?

Harry olhou para Draco. A gola de sua camisa havia descido um pouco, expondo parte da clavícula. O tom de pele fazia seus ossos parecerem mais salientes, como se fossem cortar através da carne delicada. Havia algo de frágil em sua pele, algo que, associado aos cabelos, fariam-no parecer uma criança não fosse pela fria inteligência de seus olhos.

Ninguém tinha a pele que nem Draco.

– Revoltante – ele concluiu como se enojado.

Harry piscou de novo:

– Oh... olha, não. Quer dizer, você é... er... você sabe, muito bonito.

Ele evitou olhar para Draco. Draco olhou para ele escandalizado:

– Seu idiota quatro-olhos! Eu sou lindo pra cacete – ele disse, cruzando os braços – Muito bonito, até parece! Eu nunca fui tão ofendido na vida.

Harry suspirou:

– Deixa pra lá. Talvez esse verão você consiga um bronzeado... ou crie sardas, sei lá.

Draco ficou ainda mais ultrajado:

– Sardas! Isso não tem graça, Potter...

– Er... foi mal.

Underwater Light [pt/br] • drarryOnde histórias criam vida. Descubra agora