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A A R O N   B L A C K W E L L

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A A R O N   B L A C K W E L L

— Eleanor é tão gostosa — Brian diz em em murmúrio, suspirando.

Dou uma risadinha e jogo uma batata frita nele. 

— Praticamente todo ser humano do sexo feminino que passa pelos seus olhos você chama de gostosa, Brian. 

— Você viu a bunda daquela mulher? Porra. — Passa os dedos em seu cabelo escuro, bagunçando-os levemente. 

Passeio os olhos por cada pessoa presente no refeitório cheio da Universidade, procurando a loira com quem o meu amigo transou na noite passada, tentando ao máximo me lembrar de sua fisionomia. 

— Eu vi sim, cara. Não tiro a sua razão — digo com um sorriso torto beirando o canto da minha boca. 

— Antes de tentar alguma coisa, tenha a certeza de que ainda não estamos dormindo juntos — ele avisa. — A última vez foi...

Não consigo evitar a risada que escapa pelos meus lábios enquanto, aos poucos, uma careta banhada de nojo surge em minha mente quando, inexplicavelmente, a imagem de Brian e Mary na mesma cama surge em minhas lembranças. 

Maldito dia. 

— Se sentindo ameaçado? — Arqueio uma sobrancelha, provocando-o.

— Se eu for trocado por um caralho igual a você, jogo o meu pau no lixo.  

— Por que? Qualquer mulher em sã consciência trocaria você por mim, cara.

Sem qualquer tentativa de resposta, Brian atira um guardanapo de papel em minha direção. Todavia, ao invés de fazer o mesmo, desvio os meus olhos até uma movimentação estranha que acontece em uma mesa logo atrás da nossa. 

É instantâneo e, em poucos segundos, toda a minha atenção é tomada por uma distração com uma facilidade surpreendente.

Uma bela distração. Na verdade, uma sublime distração. 

A garota de indescritíveis olhos cinzentos e lábios carnudos roubaria a atenção de qualquer um. 

Porra. 

Linda pra caralho. 

Os olhos azuis da garota me prendem, me atraem como um maldito ímã, me trancafiam como a porra de um presidiário em uma cela. 

Os cabelos castanhos tocam os seus ombros do mesmo jeito que eu quero estar fazendo agora; as órbitas de um tom perolado gritam sua extrema sensualidade; os lábios delineados e cheios são um completo banquete, pronto a ser devorado.

E a bunda… Uau, a melhor bunda de toda a Londres, com certeza. 

Sinto como se a porra de um hipnólogo tivesse acabado de me colocar em um estado de transe quando a linda e enigmática garota joga os seus cabelos sedosos ao sair do refeitório sorrindo, mostrando seus dentes brilhantes e perfeitamente alinhados. 

STORM (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora