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A A R O N B L A C K W E L L

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A A R O N B L A C K W E L L

— Vai se foder! — Christian Aiken grita em um rompante, chamando a atenção de todos ao nosso redor para nós, fazendo com que a música alta se cale.

As órbitas azuis, intensas, estão focadas em mim enquanto, gradativamente, o garoto semicerra os olhos, esbanjando fúria e repulsa em minha direção.

Seus gestos não me geram mais do que preguiça e, por isso, não consigo evitar um revirar de olhos longo, demonstrando a porra do meu tédio com relação ao circo que Christian está armando.

A lona já está armada, a plateia aguarda o espetáculo e nós, os palhaços, estamos prestes a dar um show que toda Universidade irá comentar durante todo o resto da semana.

Cada gota do sangue que circula em minhas veias ferve, enquanto uma onda gigantesca de adrenalina passeia dos meus pés à minha cabeça no mesmo momento em que o idiota à minha frente me provoca com um sorriso torto, falando uma quantidade de merdas absurdas.

Tudo o que quero fazer é pular no pescoço dele e sufocálo até a morte.

Ninguém vai sentir falta desse filho da puta mesmo.

Porém, ao invés disso, continuo olhando em sua direção, mantendo uma postura inabalável diante ao seu estúpido show de horrores, o alertando que nada do que ele diga irá me afetar.

— Acho melhor você ficar calminho, Aiken — aconselho, tranquilamente.

Ele ri.

— Isso só vai acontecer quando eu acabar de arrebentar essa sua cara fodida. — Dá um passo à frente, ficando mais próximo de mim.

Diversos pares de olhos arregalados nos acompanham como se o espetáculo estivesse prestes a chegar no ápice do seu esplendor.

Entretanto, essa não seria a primeira vez que eles me veriam acabar com o maldito rosto bem apessoado de Christian Aiken e, além disso, da última vez em que uma merda desta proporção aconteceu, quase fui expulso.

E mesmo que eu queira compulsivamente socá-lo neste momento, não posso me dar esse maldito luxo.

— Eu não estou nem um pouco a fim de acabar com a sua raça hoje — suspiro em desdém. — Me deixa em paz, cara. Para o seu próprio bem.

Não espero que ele ou qualquer outro idiota que nos rodeia entenda, apenas giro os meus calcanhares e, sem olhar para trás, saio andando. Todavia, após poucos passos dados em direção à saída, sinto quando sou puxado pela parte de trás da minha jaqueta, o que faz com que volte ao mesmo lugar de antes.

Maldito!

— Vai mesmo dar para trás, Blackwell? — provoca, cerrando seus punhos nas laterais de seu corpo.

STORM (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora