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B R O O K E  A D A M S

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B R O O K E  A D A M S

Christian está olhando para mim, mas sei que ele não está ouvindo uma palavra do que estou dizendo. Por esse motivo, deixo escapar um suspiro cansado pelos meus lábios ao mesmo tempo em que reviro os meus olhos quando uma líder de torcida passa e o cumprimenta, roubando o resto da sua atenção.

— Muito bom, Aiken — murmuro. 

— Falou alguma coisa, amor? — ele pergunta. 

Pela primeira vez em quase uma hora, os seus olhos estão focados em mim.

— Se não estivesse ocupado demais prestando atenção nas líderes de torcida, teria escutado. — Desvio o olhar por um momento, cruzando os braços, e depois volto a olhar para ele.

Christian respira fundo, olha para cima como se pedisse paciência aos céus e, outra vez, me olha com um olhar neutro, como se nada do que eu falei tivesse alguma importância. 

— Desculpa, meu bem. É só o meu dever como capitão do time dar atenção a todos. 

— Você dá piruetas vestindo uma saia também? — Reviro os olhos. — Isso tem a ver com as pessoas me olharem torto por aqui? 

Ele retrocede por um nanosegundo como se a minha pergunta o afetasse, mas, de maneira ágil e rápida, retoma a sua postura como se nada tivesse acontecido.

— Você não deve ligar para as pessoas daqui, Brooke — suspira. — Você não confia em mim? 

Há mágoa em seu tom, fazendo com que eu sinta culpa por tudo o que acabei de questionar. Por isso, apenas assinto, desviando os olhos dele em seguida.  

Do outro lado do pátio, um grupo de meninos cantam, enquanto tocam violão. Ao seu redor, há uma dezena de meninas. 

Essa Universidade é um clichê ambulante.  

— Desculpa — murmuro. 

— Não precisa se desculpar. — Sorri. — Mas você não deve desconfiar de mim toda hora. — Beija a minha testa. — Eu amo você. 

Sorrio e me aproximo para abraçá-lo.

— Eu também te amo e estou muito feliz por estar perto de você. 

Christian esfrega uma mão em minhas costas e não demora a dizer:

— Então, não precisa ficar com nenhuma neura, ok? 

— Certo. — Deposito um beijo rápido em seus lábios e me afasto. — Agora, tenho que ir. Preciso estudar. 

O garoto assente com um manear de cabeça no mesmo tempo em que um sorriso torto, malicioso, cresce no canto de seus lábios rosados. 

 — Estou com saudade de você. 

Sinto as minhas bochechas queimando quando entendo do que ele está falando, por isso dou uma risadinha para aliviar o clima e digo com a voz baixa, me afastando.

STORM (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora