• Capítulo 40 •

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As semanas dos meus amigos aqui em Londres se passaram rápido demais, fomos a praia, conhecemos alguns pontos turísticos e hoje era nosso último passeio em grupo já que amanhã eles vão embora. Iríamos ver a London Eye, resolvemos deixar por último para ser memorável.

Acordei agarrada ao corpo de Thomas, sentindo seu cheiro, e seu calor. Nem dava pra acreditar que a gente tava levando esse lance de greve a sério, achei que no segundo dia a gente já estaria se agarrando, mas quase três semanas depois ainda estamos nessa.

Ele abriu os olhos devagar, e abriu um sorriso ao me ver lhe encarando.

— Está gostando da vista? — ele perguntou com a voz rouca, e eu dei um sorriso.

— Claro que sim, amor. — passo a mão em seus cabelos. — Eu poderia passar o dia apenas te admirando, e isso ainda seria pouco. — ele deu uma risada nasalada.

— Eu digo o mesmo pra você. — ele se ajeitou na cama pra ficar de frente comigo. — Você é uma obra de arte. — sua mão foi até meu rosto.

— Eu estava lembrando aqui que nós levamos a série esse negócio de greve. — dei uma pequena risada e ele me acompanhou. — Acabamos nos acostumando.

— Serviu pra aprendermos que nossa relação não é só sexto, deve ter notado que nossa relação se fortaleceu mais. — ele disse e de fato ele tinha razão. — Estávamos muito necessitados disso.

— Então significa que a gente não transa mais. — digo em um tom brincalhão.

— Também não é pra tanto. — ele disse um pouco desesperado que me fez rir.

— Estou brincando. — falo lhe encarando. — Está afim de matar a saudade? — pergunto mordendo os lábios.

— Adoraria. — ele diz e eu me animo toda abrindo um enorme sorriso. — Mas, tem compromissos hoje, acho bom a gente levantar.

— Porra, Thomas. — me sento emburrada na cama e ele ri.

— Eu prometo te recompensar.

— Eu vou cobrar. — digo observando ele se levantar e ir até o banheiro.

Se ele achava que eu ia até o banheiro se provocar, ele está bem enganadinho, por mais que a minha vontade esteja me consumindo, vou ficar quietinha aqui no meu canto.

Lembrei que eu ainda não tinha falado com meu pai sobre eu ficar de vez aqui. Eu tinha que prepará-lo para aquilo, mas ele vai entender, e um de meus planos é trazê-lo pra cá com Gio e Leah.

Quando confirmei que ficaria, mil coisas se passaram pela minha cabeça... Tom foi a principal, eu já estava dependente dele, ele era tipo uma droga que te vicia a cada dia, e eu com certeza surtaria em ficar longe demais dele.

••

Depois que tomei banho, coloquei um vestido bem confortável já que nenhuma calça ou short estavam dando neste meu corpinho, eu teria que entrar em uma dieta.

Sorri para Tom que me esperava na cama, e logo descemos. Meus amigos estavam todos acordados, e tinham preparado uma mesa linda de café, o que me fez ficar emocionada do nada, e comecei a chorar.

— Meu Deus, a Ivy já tá chorando antes mesmo do que temos pra falar. — disse Liza rindo.

— Cala a boca, eu estou muito emotiva. — digo abanando as mãos perto do rosto. — Falem logo o que tem pra falar, que é pra eu morrer logo de vez.

— Tão dramática. — disse Tom e eu lhe dei um tapinha no braço.

— Nós queremos agradecer por vocês terem nos recepcionado aqui, foram dias incríveis, vocês são um casal amável. — disse Josh.

— Cada passeio que vocês fizeram com a gente, cada brincadeira, risada valeu a pena aqui. — disse Vinie.

— Tinha dia que vocês chegavam cansados, Ivy chegava morta deixou até sua casa para ficar com a gente, assim acompanhava a gente nas programações. — disse Lara.

— Vocês foram incríveis essas semanas, e esse café é o mínimo que poderíamos fazer por vocês, certamente vamos sentir falta, eu já estou começando a sentir saudades. — disse Liza já chorando. — Obrigada, de verdade.

— Ah, nos abracem, eu nem consigo dizer nada. — digo com a voz embargada, e todos, inclusive Tom vieram me abraçar. — Eu amo vocês.

— Eu que agradeço por vocês terem vindo. — disse Tom assim que o abraço se desfez. — Vocês conseguiram fazer a Ivy levantar o astral dela, chegaram no momento e na hora certa, eu vou sentir saudades dessa bagunça na minha casa, mas espero logo está com vocês de novo.

— Eu também agradeço, ainda mais você Tom, trouxe eles no momento exato. — respirei fundo. — Eu vou sentir saudades. Mas vamos guardar choro pra amanhã. — digo olhando aquelas carinhas chorosas. — E vamos comer, o cheiro dessas coisas está me dando fome.

Animados, nos sentamos à mesa. Eu sentiria falta quando voltasse a ser apenas eu e Thomas, e eu não passaria mais meu tempo aqui, voltaria para meu flat também.

••

Já passavam das dezenove horas, e já estávamos na fila para a London Eye. Não esperamos muito, e logo estávamos em uma das capsulas só pra gente.

Ficamos todos encantados já na primeira volta, Londres era ainda mais fascinante de noite. Tiramos várias fotos ali.

— Gente, eu preciso da atenção de vocês. — disse Vinie e respirou fundo, ninguém disse nada, apenas olhamos para ele. — Quando nos conhecemos com doze anos, jamais imaginaríamos que a vida fosse tão generosa com a gente, nascemos no subúrbio do Rio, e com as profissões que escolhemos conseguimos mudar a realidade de nossas famílias, tudo isso aqui é resultado do nosso trabalho. — todos concordamos. — Também jamais imaginei que me apaixonaria por você. — ele disse se virando para Liza. — Nós dois somos uma confusão, e só nós entendemos a nossa relação, eu não quero mais ficar nesse vai e volta, eu quero de uma vez por todas que você seja minha, apenas minha.

— Eu não acredito. — digo baixinho abrindo a câmera do celular.

— Minha adorável Lia, você quer namorar comigo? — ele se ajoelhou e olhei para Liza que já chorava.

— Como eu esperei por isso! — ela disse fazendo todos rirem. — Sim, eu aceito. — vi Vinie respirar aliviado.

— Que medo de dá a doida em você, e você não aceitar. — ele disse se levantando, e logo deu um beijo na agora namorada.

— Olha eu chorando de novo, felicidade, gente. — abracei os dois seguido se Josh e Lara.

Algumas fotos, e voltas depois finalmente descemos. Nos afastamos um pouco, e ficamos em uma área onde dava para ver a London Eye e a vista era linda, tiramos fotos bem clichês ali também. Um grupo tocava violinos, fazendo com que o clima fosse agradável.

— Me concede essa dança? — Tom perguntou baixinho em meu ouvido já que me abraçava por trás.

— Aqui? — arqueei uma sombrancelha, senti ele tirar meus braços da minha cintura.

— Algum problema? — ele perguntou estendendo sua mão, e eu neguei com a cabeça estendendo a minha.

Tom me puxou para mais perto de seu corpo, fazendo ficarmos completamente colocados, coloquei meus braços em seu pescoço, e suas mãos ficaram em minha cintura. Em um ritmo lento dançávamos ao som dos violinos, não parávamos de nos encarar.

Tom me fez dá duas voltas que me deixaram um pouco tonta, mas logo me recuperei.

— Eu te amo. — Tom disse me fazendo arrepiar e sorri.

— Eu é que te amo, obrigada por está comigo. — digo e é a vez dele sorrir.

Nos beijamos, o que fez ficar tudo romântico, senti como se estivéssemos apenas nós dois ali, ele é o meu mundo todinho.

A Rede Social - Tom Hiddleston (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora