Acordei assim que meu despertador tocou, e olhei para o colchão ao lado de minha cama, Tom já havia levantando. Senti um cheiro de ovos fritos e sorri. Me levantei rápido, e cheguei silenciosamente na cozinha, ele estava super empolgado preparando o café, cantarolando. A mesa estava toda preparada.
- Vejo que minha cozinha foi totalmente invadida por um britânico bonito. - digo encostada na parede. - Vou ficar muito mal acostumada quando você for embora.
- Bom dia, garota de Ipanima. - ele abre um sorriso. - Acordei muito cedo, resolvi fazer nosso café.
- Sabia que tem uma música chamada Garota de Ipanema? Muito boa por sinal. - digo me sentando à mesa.
- Jura? Vou procurar pra aprender. - ele diz colocando a frigideira na mesa e se sentando na minha frente.
- Menino empenhado. - digo sorrindo.
- O que temos pra hoje? - ele perguntou empolgado.
- Hoje eu vou trabalhar. - fiz um biquinho, e ele também. - Mas, vamos jantar na casa de meu pai essa noite, ele precisa saber quem é o "Theo". - faço aspas no ar.
- Eu sempre fico nervoso quando garotas me apresentam ao pai. - ele colocou uma mão no peito e deu uma risada.
- Nem precisa ficar. - digo enquanto me sirvo. - Meu pai é bem tranquilo, ah, e minha irmã também vai está, não ligue para seu jeito histérico quando ela ver você.
- Ah, tranquilo. Com certeza não é pior que a irmã. - ele me olhou e sorriu.
- Seu ridículo. - ele deu uma gargalhada gostosa. - Assim que eu sair do trabalho eu passo aqui pra te buscar. Eu não almoço em casa, geralmente eu tenho trinta minutos de almoço quando estou no escritório. - sorrio de lado. - Se quiser sair, a chave vai ficar com você.
- Pode deixar, mamãe. Mais alguma ordem?
- Não. - rimos juntos.
Depois do café eu me levantei apressada, a comida estava tão boa que eu me atrasei. Fui correndo pro banheiro, depois coloquei um vestido tubinho preto social que tinha um logo pequeno do escritório do lado esquerdo do peito.
- Tom, eu vou indo. Eu passo aqui para te buscar uma seis e meia, viu? - digo enquanto ele me analisava.
- Eu adoraria trabalhar no mesmo local que você, assim eu te olharia o tempo todo. - ele disse e senti minhas bochechas corarem. - Bom trabalho, Pimentinha.
- Obrigada, querido. - lhe joguei um beijinho e saí.
O caminho até o trabalho foi tranquilo, ao chegar estacionei na minha vaga e depois subi ao andar que eu trabalhava. O cheiro de café no quarto andar da RS Arquitetos impregnava, as pessoas andavam de um lado para o outro sem parar, e sempre apressadas.
Passei pela mesa de Liza, mas ela estava tão atarefada que nem me viu. E então cheguei na minha, já tinha uma pilha de papéis que eu teria que arrumar e revisar os projetos.
- Bom dia, Ivy. - meu chefe disse sentando na cadeira a minha frente. - Como foi o final de semana?
- Bom dia, senhor. - lhe dei um sorriso. - Meu fim de semana foi muito bom, fui para Angra. - volto a olhar um dos papéis.
- Fábio ligou. - ele disse se ajeitando na cadeira e entrelançando as mãos na barriga.
- Jura? Mandou lembranças minhas?
- Ele disse que você não estava fazendo seu trabalho direito. - ele disse e o olhei. - Disse que você atrasou a entrega de uma planta.
- Não vou mentir para o senhor não, eu atrasei, mas não foi culpa minha. E como eu queria que fosse de propósito, pois ele merece com o jeito de merda que ele trata a gente. - digo e respiro fundo. - E eu não mereço ser chamada de... vadia.
- O quê? - ele bateu na mesa.
- Vadia imunda, disso que eu fui chamada pela merda desse cara. - fecho os olhos por um instante. - Queria pedir que me substitua desse projeto.
- Mas é claro, nem você e nem ninguém vai trabalhar com ele. Eu não vou admitir esse tipo de coisa, Ivy. - ele passou a mão por seus cabelos. - Vou quebrar esse contrato agora mesmo, ele se levanta. Me desculpa mesmo, Ivy. - ele me olhou e deu um sorriso fraco.
Meu chefe era um dos melhores, e ele gostava de ver seus amados funcionários bem, não é a primeira vez que isso acontece, uma vez um dos clientes foi muito homofóbico com um colega nosso, e rapidamente ele foi "banido" e nem se quisesse teria nossos serviços.
Eu respirei aliviada com aquilo.
••
No almoço contei tudo pra Liza, ela ficou chocada e soltou um "Por isso que a Rihana mata os homi nos clipes".Depois do expediente eu mandei uma mensagem para Tom, e quando cheguei na frente do prédio ele já me esperava junto com o porteiro, abriu um sorriso ao me ver e veio correndo para o carro.
- Achei que eu jamais veria seu rosto hoje. - ele disse colocando o cinto de segurança. - O dia é tão tedioso sem você.
- Que triste, não sabia que minha presença era tão valiosa. - sorrio e ele também.
- Ah, mas é mesmo.
- Então, meu pai não fala a sua língua, então tudo que ele te dizer eu vou traduzir. - digo sem tirar a atenção do trânsito.
- Ainda estou nervoso com essa ideia. - ele disse e riu.
- Já pedi para ficar tranquilo, homem.
- Eu vou ficar. - ele olhou para a janela.
Em poucos minutos chegamos, papai recebeu Tom com maior carinho e ele também não acreditava que ele era o Theo.
- E qual foi a reação dela, Tom? - perguntou papai e eu revirei aos olhos tendo que traduzir aquilo e me expor novamente.
- Ela deu uma leve surtada, mas foi amável. - ele olhou em meus olhos e sorriu.
- Ele que mandava os presentes para ela, Leah. - disse papai e Leah sorriu.
- Ela surtava quando recebia os mesmos. - disse Giovanna em inglês
- Achei impressionante que ela ainda guarda tudo, ela tem um cantinho especial para eles. - Tom disse empolgado.
- Ivy, sendo Ivy. - papai disse e todos rimos.
- O jantar está pronto, e já irei servir. - disse Leah e assentimos.
- Então, Tom, quer saber uma curiosidade sobre Ivy? - perguntou Gio.
- Estou curioso. - ele disse se ajeitando no sofá.
- Quando a gente foi assistir Crimson Speak, ela ficou com ciúmes de você. - ela disse e Tom explodiu de gargalhada e escondi meu rosto na almofada. - Ela passou uns dois anos sem assistir Alice No País das Maravilhas por causa da atriz.
- Eu não estou acreditando nisso, Ivy. - ele disse ainda rindo muito, e depositou sua mão em minha perna, arrepiei.
- Bom, qual fã não fica né? - dou uma gargalhada escondendo minha vergonha. - Você ainda me oaga, Giovanna.
- Morrendo de medo. - minha irmã levantou os braços.
- Cadê sua filha? Adoro crianças, gostaria de conhecê-la. - disse Tom e minha irmã sorriu.
- Ficou com meu marido, ela odeia sair de casa. O programa dela favorito é a casa da Ivy. - ela diz e Tom sorri.
- Venham comer, gente. - disse Leah.
Fomos todos para a cozinha, a comida de Leah é a melhor que já provei em toda a minha vida, isso explica por que o filho dela não sai daqui almoçando a maioria das vezes.
O jantar foi incrível, Gio conheceu mais de Tom que o próprio papai, sempre curiosa.
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A Rede Social - Tom Hiddleston (CONCLUÍDO)
RomantizmTodo mundo já teve um amigo virtual, não é? Facebook, Twitter, Instagram, MSN... eu já fiz vários, tanta gente, de tanto lugar diferente. Um deles se tornou muito especial, ele era meu diário, e eu era o dele. Mas eu não imaginava que ele seria o qu...