• Capítulo 34 •

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- Ivy? - acordei com umas cutucadas na costa.

Levantei a cabeça tentando acostumar minha visão com a luz do ambiente. Tom ria de mim, e mostrei o dedo do meio pra ele que riu mais ainda. Olhei para quem me chamava e era Emma, que sorria ao ver eu e Tom.

- Sim? - digo ainda meio sonolenta.

- Está quase na hora de trocar pro acompanhante da noite. - por Deus quanto tempo tinha passado? - Eu quero saber se você vai querer passar a noite aqui, ou posso chamar Sarah.

- Hum. - cocei os olhos e me espreguicei. - Acho que eu vou ficar. - sorrio fraca.

- Tem certeza? Não precisa se incomodar com...

- Sem problemas. - interrompi Emma. - Assim, creio que você pode descansar, e posso finalmente, conversar com Thomas. - olho pra ele que está sorrindo.

- Tudo bem então. - ela respirou fundo e sorriu. - Eu espero de verdade que vocês se entendam, eu adoro vocês dois e não gosto de vê-los tristes.

- Vamos fazer o possível, Emma. - disse Tom.

- Bom, boa noite para vocês. - ela sorriu.

- Boa noite, Emma. - eu e Tom falamos juntos e ela logo saiu.

- Preciso usar o banheiro. - digo me levantando da cadeira, e Tom segura minha mão.

- Por favor, você não vai fugir da nossa conversa, né? - seu olhar era de bebê pidão, e eu sorri.

- Não, Thomas. Eu só preciso fazer xixi. - dou uma pequena risada, e ele solta minha mão.

Agradeci aos céus por ter um banheiro no quarto em que ele estava internado. Descarreguei todo o meu xixi, e eu estava tensa por quase um mês depois eu ter essa conversa com Thomas. Me olhei no pequeno espelho que havia ali, eu realmente estava com a aparência horrível.

Arrumei meu cabelo em um coque frouxo, pelo menos estava melhor do que estava antes. Passei água pelo meu rosto, e me senti mais esperta.

Saí do banheiro, e uma enfermeira conversava com Tom, ela me olhou e logo sorriu.

- Você vai acompanhar ele essa noite? - ela perguntou e eu assenti. - Seu nome, e o que você é pra ele, por favor. - ela pegou uma prancheta, e eu respirei fundo.

- Ivy Gonzales, sou... namorada. - dou um sorriso de lado, e Thomas me olha vitoriosa.

- Ok, senhora Gonzales. Logo mais estaremos trazendo a janta de vocês, e durante a noite vamos trazer mais uma bolsa de soro para ele, se tudo estiver bem, ele será liberado logo pela manhã. - ela disse e me olhou novamente. - Acho que é isso, tenham uma boa noite.

- Pra você também. - digo e me sento na cadeira em que eu estava antes, e escuto a porta bater.

- Oi, namorada. - ele diz e dou uma tapinha em sua mão. - Olha, isso é agressão, está batendo em uma pessoa doente. - ele disse em um tom dramático.

- Deixe de graça, ou eu abandono meu posto. - cruzo os braços, e arqueio uma sombrancelha.

- Por favor, não. Eu quero ficar com você. - ele disse e nós rimos juntos. - Eu senti falta de você, e da sua risada.

- Eu também sentia a sua falta, Tom. - sorrio fraco. - Mas eu não podia simplesmente aceitar o fato de ver você e Zawe juntos, eu não me submeteria a isso.

- Me perdoa, eu posso te explicar tudo. - seu olhar era de súplica, e por mais que ainda me machucasse bastante, eu iria ouví-lo.

- Por favor, não minta pra mim. - eu digo calma, e pego em sua mão.

- Ela me beijou. - ele respirou fundo e olhou para o teto. - Ela soube que estávamos namorando, e me mandou mensagem dizendo que queria me encontrar, queria se desculpar por tudo o que tinha feito com nós dois. - ele me olhou novamente pra mim. - Eu fui um idiota e pedi para que a mesma fosse em meu apartamento, que conversaríamos e poderíamos nos resolver. - ele apertou minha mão. - Quando ela disse que ia embora, ela juntou nossos lábios. Você chegou na hora, é tudo culpa do timing, você chegou na hora... tudo que eu menos queria nessa vida era te magoar, Ivy.

- Mas acabou machucando... - solucei e percebi que eu estava chorando. - É difícil acreditar messa história, por mais que eu sinta que você está falando a verdade. - funguei. - Vamos dá tempo ao tempo, eu preciso me manter sã e saudável, e você precisa se recuperar desse baque, e tudo que menos precisa é de mais drama na sua vida. Isso, pode até afetar sua carreira.

Ele não disse nada e apenas ficou me observando, eu queria agarrá-lo ali mesmo. Tom não tinha porque mentir, e eu acreditava em sua versão, era nítido no tanto que ele estava sofrendo. Me levantei e ele deu um pequeno sorriso.

- Eu acredito em você, está bem? - me aproximei dele pra beijar sua testa, mas ele levanta mais a cabeça e acaba unindo nossos lábios. - Temo, Thomas.

- Eu só sei que eu estava com saudades. - ele sorriu e apertou mais a minha mão. - Podemos deixar esse drama para trás? - ele perguntou e eu assenti. - Eu vou respeitar esse tempo, vai ser bom, mas por favor, não vamos nos evitar.

- Amigos, então. - digo sorrindo, e ele morde o lábio.

- Ér... amigos. - ele forçou um sorriso. - Percebi que está mais gordinha.

- Ok, não quero mais ser sua amiga. - finjo chatiação e ele ri. - Mas você acha mesmo? Eu acho que eu emagreci.

- Está mais bonita. - ele deu um sorriso doce e eu também.

Eu me sentia leve, e eu realmente não sabia se ia conseguir sustentar essa marra de durona muito tempo com Tom, eu o amo demais pra ser só a sua amiga.

- E então, sei que está longe, mas você aceita passar a festa de ano novo lá em casa. - ele perguntou me fazendo rir.

- Eu não sei, agora tem minha mãe, sabe? - coço a nuca e ele me olha desentendido.

- Vocês se acertaram, então? - ele perguntou com a sombrancelha arqueada.

- Sim. - respirei fundo. - Naquele dia lá... - gesticulo e ele entende.

Contei tudo a ele que me olhava curioso, no final ele disse que estava orgulhoso de minha atitude, e que está doido para conhecê-la de verdade agora.

Eu estava ali com Thomas, e em três semanas, essa é a noite mais feliz e leve da minha vida.

A Rede Social - Tom Hiddleston (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora