- Ivy? - acordei com umas cutucadas na costa.
Levantei a cabeça tentando acostumar minha visão com a luz do ambiente. Tom ria de mim, e mostrei o dedo do meio pra ele que riu mais ainda. Olhei para quem me chamava e era Emma, que sorria ao ver eu e Tom.
- Sim? - digo ainda meio sonolenta.
- Está quase na hora de trocar pro acompanhante da noite. - por Deus quanto tempo tinha passado? - Eu quero saber se você vai querer passar a noite aqui, ou posso chamar Sarah.
- Hum. - cocei os olhos e me espreguicei. - Acho que eu vou ficar. - sorrio fraca.
- Tem certeza? Não precisa se incomodar com...
- Sem problemas. - interrompi Emma. - Assim, creio que você pode descansar, e posso finalmente, conversar com Thomas. - olho pra ele que está sorrindo.
- Tudo bem então. - ela respirou fundo e sorriu. - Eu espero de verdade que vocês se entendam, eu adoro vocês dois e não gosto de vê-los tristes.
- Vamos fazer o possível, Emma. - disse Tom.
- Bom, boa noite para vocês. - ela sorriu.
- Boa noite, Emma. - eu e Tom falamos juntos e ela logo saiu.
- Preciso usar o banheiro. - digo me levantando da cadeira, e Tom segura minha mão.
- Por favor, você não vai fugir da nossa conversa, né? - seu olhar era de bebê pidão, e eu sorri.
- Não, Thomas. Eu só preciso fazer xixi. - dou uma pequena risada, e ele solta minha mão.
Agradeci aos céus por ter um banheiro no quarto em que ele estava internado. Descarreguei todo o meu xixi, e eu estava tensa por quase um mês depois eu ter essa conversa com Thomas. Me olhei no pequeno espelho que havia ali, eu realmente estava com a aparência horrível.
Arrumei meu cabelo em um coque frouxo, pelo menos estava melhor do que estava antes. Passei água pelo meu rosto, e me senti mais esperta.
Saí do banheiro, e uma enfermeira conversava com Tom, ela me olhou e logo sorriu.
- Você vai acompanhar ele essa noite? - ela perguntou e eu assenti. - Seu nome, e o que você é pra ele, por favor. - ela pegou uma prancheta, e eu respirei fundo.
- Ivy Gonzales, sou... namorada. - dou um sorriso de lado, e Thomas me olha vitoriosa.
- Ok, senhora Gonzales. Logo mais estaremos trazendo a janta de vocês, e durante a noite vamos trazer mais uma bolsa de soro para ele, se tudo estiver bem, ele será liberado logo pela manhã. - ela disse e me olhou novamente. - Acho que é isso, tenham uma boa noite.
- Pra você também. - digo e me sento na cadeira em que eu estava antes, e escuto a porta bater.
- Oi, namorada. - ele diz e dou uma tapinha em sua mão. - Olha, isso é agressão, está batendo em uma pessoa doente. - ele disse em um tom dramático.
- Deixe de graça, ou eu abandono meu posto. - cruzo os braços, e arqueio uma sombrancelha.
- Por favor, não. Eu quero ficar com você. - ele disse e nós rimos juntos. - Eu senti falta de você, e da sua risada.
- Eu também sentia a sua falta, Tom. - sorrio fraco. - Mas eu não podia simplesmente aceitar o fato de ver você e Zawe juntos, eu não me submeteria a isso.
- Me perdoa, eu posso te explicar tudo. - seu olhar era de súplica, e por mais que ainda me machucasse bastante, eu iria ouví-lo.
- Por favor, não minta pra mim. - eu digo calma, e pego em sua mão.
- Ela me beijou. - ele respirou fundo e olhou para o teto. - Ela soube que estávamos namorando, e me mandou mensagem dizendo que queria me encontrar, queria se desculpar por tudo o que tinha feito com nós dois. - ele me olhou novamente pra mim. - Eu fui um idiota e pedi para que a mesma fosse em meu apartamento, que conversaríamos e poderíamos nos resolver. - ele apertou minha mão. - Quando ela disse que ia embora, ela juntou nossos lábios. Você chegou na hora, é tudo culpa do timing, você chegou na hora... tudo que eu menos queria nessa vida era te magoar, Ivy.
- Mas acabou machucando... - solucei e percebi que eu estava chorando. - É difícil acreditar messa história, por mais que eu sinta que você está falando a verdade. - funguei. - Vamos dá tempo ao tempo, eu preciso me manter sã e saudável, e você precisa se recuperar desse baque, e tudo que menos precisa é de mais drama na sua vida. Isso, pode até afetar sua carreira.
Ele não disse nada e apenas ficou me observando, eu queria agarrá-lo ali mesmo. Tom não tinha porque mentir, e eu acreditava em sua versão, era nítido no tanto que ele estava sofrendo. Me levantei e ele deu um pequeno sorriso.
- Eu acredito em você, está bem? - me aproximei dele pra beijar sua testa, mas ele levanta mais a cabeça e acaba unindo nossos lábios. - Temo, Thomas.
- Eu só sei que eu estava com saudades. - ele sorriu e apertou mais a minha mão. - Podemos deixar esse drama para trás? - ele perguntou e eu assenti. - Eu vou respeitar esse tempo, vai ser bom, mas por favor, não vamos nos evitar.
- Amigos, então. - digo sorrindo, e ele morde o lábio.
- Ér... amigos. - ele forçou um sorriso. - Percebi que está mais gordinha.
- Ok, não quero mais ser sua amiga. - finjo chatiação e ele ri. - Mas você acha mesmo? Eu acho que eu emagreci.
- Está mais bonita. - ele deu um sorriso doce e eu também.
Eu me sentia leve, e eu realmente não sabia se ia conseguir sustentar essa marra de durona muito tempo com Tom, eu o amo demais pra ser só a sua amiga.
- E então, sei que está longe, mas você aceita passar a festa de ano novo lá em casa. - ele perguntou me fazendo rir.
- Eu não sei, agora tem minha mãe, sabe? - coço a nuca e ele me olha desentendido.
- Vocês se acertaram, então? - ele perguntou com a sombrancelha arqueada.
- Sim. - respirei fundo. - Naquele dia lá... - gesticulo e ele entende.
Contei tudo a ele que me olhava curioso, no final ele disse que estava orgulhoso de minha atitude, e que está doido para conhecê-la de verdade agora.
Eu estava ali com Thomas, e em três semanas, essa é a noite mais feliz e leve da minha vida.
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A Rede Social - Tom Hiddleston (CONCLUÍDO)
RomanceTodo mundo já teve um amigo virtual, não é? Facebook, Twitter, Instagram, MSN... eu já fiz vários, tanta gente, de tanto lugar diferente. Um deles se tornou muito especial, ele era meu diário, e eu era o dele. Mas eu não imaginava que ele seria o qu...