Todo mundo já teve um amigo virtual, não é? Facebook, Twitter, Instagram, MSN... eu já fiz vários, tanta gente, de tanto lugar diferente. Um deles se tornou muito especial, ele era meu diário, e eu era o dele. Mas eu não imaginava que ele seria o qu...
Suspirei quando a porta do elevador se fechou. Lágrimas grossas caíram de meu rosto e de uma forma dramática eu me arrastei pela parede do mesmo, pedi aos céus para que ninguém entrasse aqui agora, não poderia ser vista neste estado.
A porta se abriu e um Tom desesperado já me esperava no hall do prédio, ele estava tentando recuperar o fôlego... deve ter descido as escadas, nunca duvide de um homem.
- Vamos conversar, Ivy, não é isso que você está pensando. - ele disse ofegante, e eu posso jurar que ele está prestes a chorar.
- Eu não quero conversar com você, seu idiota. - digo em meio as lágrimas, e sinto ele pegar em meus braços. - Me solta, Thomas William, eu vou embora.
- Por favor, me escuta. - ele implorou.
- Eu não quero escutar suas desculpas, eu estou cansada... eu vou embora. - Zawe apareceu e olhei com ódio para ela que tinha um sorriso vitorioso.
- E-eu te amo... - lágrimas rolaram de seu rosto, senti até pena, mas eu estava machucada demais para querer ouvir qualquer coisa dele.
- Aproveite sua janta. - me soltei de seus braços e dei um último olhar para Zawe.
Tom me deixou ir, por sorte havia um táxi passando no exato momento em que saí do prédio. Dei uma última olhada, e olhar de Tom partiu meu coração.
Passei meu endereço ao motorista e logo cheguei. Eu me joguei no sofá de casa, e desabei... estava sentindo meu peito rasgado, eu me sentia sufocada... eu me entreguei pra ele, e ele me decepciona na primeira oportunidade.
Ouvi meu celular tocar, e era ele.
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Por ironia o seu nome de contato em meu celular batia com a situação agora. Eu ri desesperadamente lembrando quão otária eu fui, é claro que isso não iria dá certo, nada que começa na internet dá certo.
{...}
Três semanas se passaram desde o flagra que dei em Thomas em Zawe, já era novembro e aquilo ainda doía em mim. Ele tentou diversas vezes conversar comigo, e eu o evitei, eu não queria olhá-lo, nem sequer ouvir a sua voz. Por mais que eu ame dormir agarrada com seu travesseiro sentindo seu cheiro.
Jonas Júnior passa a maior parte do tempo tentando me animar, me levou até pra conhecer sua família, eles eram incríveis. Falando em família, visitei minha mãe mais vezes, era bom ter seu ombro amigo, ela e JJ eram os únicos que sabiam do ocorrido.
Hoje era sábado, e eu não estava nem um pouco afim de levantar, mas eu precisava, hoje eu teria aquela conversa com meu pai e Giovanna.
Me levantei e me olhei no espelho, eu estava um caco, olheiras profundas, emagreci mais e meu cabelo parecia um ninho de passarinho. Sorri com meu pensamento, e andei/me arrastei até a cozinha.
