A Casa dos Prazeres

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Os cavalheiros chegaram a Casa dos Prazeres um tempo depois do anoitecer.

Não estavam mais em Heavenly Crowns, mas sim há poucos quilômetros da grande cidade de Londres, Jon não sabia que estava na Europa, achava que todos os lugares tinham um nome diferente do que os que existiam em sua dimensão. O que também se fez ter um questionamento, algo martelando e o instigando, pensava quem sabe se tudo que fora inventado e construído por certos humanos era de forma similar inserido ou adaptado para aquela realidade.

Quem havia inventado ali a eletricidade?

A lâmpada era de Edison.

A maçã de Newton caiu em sua cabeça aqui?

Sem dúvidas Rick se orgulharia da forma como a mente de Jon andava se moldando.

Ao entrarem naquele peculiar estabelecimento, Jonathan James ficou simplesmente boquiaberto, era uma mistura de várias coisas inexplicáveis acontecendo ao mesmo tempo que só de tentar entender e acompanhar a cena com os olhos acabou ficando tonto. Nem mesmo se tentasse conseguiria explicar.

- Mas que porr...- Jonathan conteve o hábito da má língua perante o Duque, mas não escondeu de ninguém que estava completamente abismado. - Que lugar... Excêntrico, não é mesmo?

- Bem vindo a Casa dos Prazeres, Jon! Aqui nem o céu é o limite, querido amigo. - Disse o Duque animado dando tapinhas nas costas de Jon.- A palavra limite não existe aqui.

Ao entrarem ainda mais naquela Casa, eles se deparam com uma Drag Queen, ela era muito bonita isso era evidente, sua peruca loira fazia sua pele negra se destacar bastante, Jonathan pensou de imediato que a Dama o fazia lembrar da famosa Drag de sua realidade, Ru paul.

- Jon, está é Mama Queen, é ela a dona desse maravilhoso lugar.- Disse Elijah um pouco alto.

O humano estava tão distraído que nem percebera que na verdade tinha uma música ao fundo tocando, não via músicos tocando e muito menos não haveria de existir uma caixa de som naquele tempo, ou haveria?

O normal deles, a realidade, a noção de passado, presente e futuro era algo completamente atípico e estranho, porém o "normal", se é que aquela palavra existia no mundo em que se encontrava, era algo que Jon ainda estava tentando entender.

- Espero que aproveite esse paraíso, Jon, pelo seu aniversário!

- Obrigado, meu senhor, mas aonde está indo?

- André e eu temos assuntos inacabados, conversaremos e depois voltamos para celebrar com você. Elijah o fará companhia.

Antes mesmo que pudesse protestar, nem o Duque e nem André estavam mais presentes.

- O que gostaria de fazer primeiro, Jon?

Com a face ainda congelada por constrangimento o loiro respondeu sem jeito.

- Gostaria de ir embora.

- Isso seria uma pena, garotos.- Disse Mama Queen se abanando com um leque seguindo em direção a uma mesa estranha parecida com a de uma cartomante, porém diferente ao mesmo tempo.

Os dois rapazes a seguiram.

Na verdade, Elijah a seguiu e Jon não via outra opção, então apenas seguiu Elijah.

- Você acredita que pertence a olhos que não existem. - Disse Mama Queen gentilmente e sem pestanejar.

- Como disse?- Perguntou Jon sem a certeza se aquilo era direcionado à ele.

- Você, meu doce aniversariante, acredita que pertence a olhos que na verdade nunca existiram.- Repetiu.- Eu poderia explicar com mais detalhes, porém teria que se sentar comigo e ouvir. Estaria disposto a fazer isso?

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