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Assim que adentrou a sala o garoto cerrou os olhos, as luzes coloridas que piscavam incessantemente acompanhando os 150bpm da música eletrônica machucavam seus olhos que ainda não tinha se adaptado com a iluminação do local, uma vez que a sala ant...

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Assim que adentrou a sala o garoto cerrou os olhos, as luzes coloridas que piscavam incessantemente acompanhando os 150bpm da música eletrônica machucavam seus olhos que ainda não tinha se adaptado com a iluminação do local, uma vez que a sala anterior na qual estava tinha uma iluminação amena. Ao se acostumar ele passou a procurar, sem sair do seu lugar, por rostos familiares, chegou a ver uma pessoa ou outra com as quais já havia esbarrado em outras ocasiões, mas os mais próximos talvez ainda não haviam chegado. Era o que ele pensava.

Baixou levemente a cabeça e usando seu dispositivo buscou em mente o chat que mantinham com aqueles que ele chamava de amigos e mandou uma mensagem para saber dos seus paradeiros.

Ao seu redor corpos dançavam no ritmo alucinante da música, enquanto esperava ele observou um grupo a sua frente, em especial uma garota que mexia seu corpo como se não houvessem ossos por baixo da sua pele tamanha era sua flexibilidade. Ele imaginou que nem em mil anos conseguiria reproduzir aqueles passos, mas não foi apenas a sua dança que lhe chamou atenção, a aparência da garota também lhe era um grande atrativo. A pele azeitonada suada brilhava com a luz que lhe banhava, os fios carregavam finas tranças que chegavam até sua cintura, cintura essa que era fina em contraste ao seu quadril que era largo.

Estava tão perdido na imagem da garota que não havia percebido a notificação que insistia em brilhar na frente de sua íris.

— Caralho, Kook! Tava fazendo o que não viu a notificação? — A voz explodiu em seus ouvidos disputando com o volume do som.

— Eu não tinha visto, ué.

— Como você não vê algo piscando na frente dos seus olhos?

— As luzes dessa boate estão muito fortes e me atrapalharam, tá?

— E como explica não ouvir o toque dentro da sua cabeça?

— Você vai me dizer aonde estão, ou não? — Rolou os olhos agradecendo por não ser uma chamada de vídeo em sim apenas voz.

— Entra na porta vermelha próximo a Espada de São Jorge* que você vai chegar até nós.

— Certo.

Ele desligou e caminhou em direção ao jarro não tá distante passando por mais grupos que se divertiam loucamente no meio daquela pista de dança e se perguntou em sua cabeça o que faziam da vida, de onde elas seriam, onde moravam, seria perto dali ou estariam muito distantes? Desde muito jovem Kook sempre tivera essa curiosidade, sempre que se aproximava de uma pessoa ele ficava pensando qual seriam suas histórias e de onde elas eram. Gostaria que essas informações fossem lhes passadas no momento que sua íris identificasse o rosto das pessoas, mas apesar de todo o avanço, a tecnologia, infelizmente, ainda não havia chegado aquele ponto, ou talvez sim, mas não quiseram agraciar os seres humanos com esse presente.

Levou a destra na direção da porta vermelha e esperou alguns segundos, tão rápido como o processamento de alguns bits ele estava dentro do outro ambiente, que diferente do da pista de dança, esse tinha em seu interior algumas mesas em um material que imitava vidro, acompanhado de estofados em coloração escura que combinava com o restante dos móveis em mesma cor, contrastando com a decoração em tons dourados que adornavam as paredes.

WORLD BEHIND MY DOOR [jjk] (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora