7

554 82 205
                                    

Estava escuro, muito escuro, tão escuro que não sabia diferenciar se estava de olhos abertos ou fechados

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Estava escuro, muito escuro, tão escuro que não sabia diferenciar se estava de olhos abertos ou fechados. Se guiava ziguezagueando encostando o corpo de um lado para o outro no que parecia ser um imenso corredor sem fim, que para sua sorte apenas seguia reto, assim não teria como se perder ali, a única coisa que tinha a fazer era seguir até o final, aonde quer que ele estivesse, pelo menos era o que pensava.

O ambiente estava imerso em um silêncio aterrorizador, a sirene que havia tocado minutos antes — ou seria horas antes? Perdera totalmente a noção do tempo — fora o ultimo barulho que ouvira, fora isso não havia mais nada. O que era estranho, já que pelo que soubera, haviam muitos outros moradores ali. E se de fato viviam pessoas ao redor eles realmente nunca saiam de casa, pois durante todo seu caminho não encontrara com nenhuma porta ou maçaneta.

Caminhou por mais um tempo e suas pernas já estavam cansadas, a falta de luz estava afetando sua insanidade. "E se eu acho que estou caminhando, mas na verdade não dei sequer um passo? Será que isso aqui não é apenas um sonho?"

Com esse pensamento apertou forte os olhos e o abriu tentando acordar, mas foi em vão, havia acordado há muito tempo e tudo aquilo era sim real.

Seu corpo chocou-se contra um metal frio, tateou toda a extensão e encontrou uma maçaneta e antes de virá-la rezou a todos os santos ao qual já havia ouvido os nomes para que aquilo estivesse aberto, pois tinha a certeza que não conseguiria voltar caso a porta estivesse fechada.

O rangido das dobradiças enferrujadas fizeram seu coração saltar de alegria ao perceber que a peça estava se movendo e filetes de luz entravam pelas frestas.

— Obrigada Deus, juro que nunca mais te peço nada!

Ultrapassou o portal e já ia fechando novamente quando uma voz lhe chamou a atenção.

— Ei, espera por mim! Como é que você me convida e me deixa para traz?

— Ah! — Se virou tendo um vislumbre do garoto. — Desculpa, você estava tão calado que havia até esquecido da sua presença.

JungKook balançou a cabeça em negação, já havia se arrependido assim que atravessou a porta de sua casa. A cada passo que dava era um arrependimento diferente, umas três vezes dera uns passos para trás querendo voltar, mas estava com medo de ficar perdido naquele limbo sem a garota e sem conseguir achar o caminho de casa.

Deu apenas dois passos e se colocou do lado dela, o ambiente era pequeno e mal iluminado, mas já era melhor do que o anterior no qual nada enxergava.

— E agora?

— Agora a gente sobe. — Ela estreitava seus olhos guiando-os para cima.

— Como assim?

Não se deu ao trabalho de responder, apenas indicou com o dedo para as barras de ferro inseridas nas paredes formando uma escada.

WORLD BEHIND MY DOOR [jjk] (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora