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Estava escuro, muito escuro, tão escuro que não sabia diferenciar se estava de olhos abertos ou fechados

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Estava escuro, muito escuro, tão escuro que não sabia diferenciar se estava de olhos abertos ou fechados. Se guiava ziguezagueando encostando o corpo de um lado para o outro no que parecia ser um imenso corredor sem fim, que para sua sorte apenas seguia reto, assim não teria como se perder ali, a única coisa que tinha a fazer era seguir até o final, aonde quer que ele estivesse, pelo menos era o que pensava.

O ambiente estava imerso em um silêncio aterrorizador, a sirene que havia tocado minutos antes — ou seria horas antes? Perdera totalmente a noção do tempo — fora o ultimo barulho que ouvira, fora isso não havia mais nada. O que era estranho, já que pelo que soubera, haviam muitos outros moradores ali. E se de fato viviam pessoas ao redor eles realmente nunca saiam de casa, pois durante todo seu caminho não encontrara com nenhuma porta ou maçaneta.

Caminhou por mais um tempo e suas pernas já estavam cansadas, a falta de luz estava afetando sua insanidade. "E se eu acho que estou caminhando, mas na verdade não dei sequer um passo? Será que isso aqui não é apenas um sonho?"

Com esse pensamento apertou forte os olhos e o abriu tentando acordar, mas foi em vão, havia acordado há muito tempo e tudo aquilo era sim real.

Seu corpo chocou-se contra um metal frio, tateou toda a extensão e encontrou uma maçaneta e antes de virá-la rezou a todos os santos ao qual já havia ouvido os nomes para que aquilo estivesse aberto, pois tinha a certeza que não conseguiria voltar caso a porta estivesse fechada.

O rangido das dobradiças enferrujadas fizeram seu coração saltar de alegria ao perceber que a peça estava se movendo e filetes de luz entravam pelas frestas.

— Obrigada Deus, juro que nunca mais te peço nada!

Ultrapassou o portal e já ia fechando novamente quando uma voz lhe chamou a atenção.

— Ei, espera por mim! Como é que você me convida e me deixa para traz?

— Ah! — Se virou tendo um vislumbre do garoto. — Desculpa, você estava tão calado que havia até esquecido da sua presença.

JungKook balançou a cabeça em negação, já havia se arrependido assim que atravessou a porta de sua casa. A cada passo que dava era um arrependimento diferente, umas três vezes dera uns passos para trás querendo voltar, mas estava com medo de ficar perdido naquele limbo sem a garota e sem conseguir achar o caminho de casa.

Deu apenas dois passos e se colocou do lado dela, o ambiente era pequeno e mal iluminado, mas já era melhor do que o anterior no qual nada enxergava.

— E agora?

— Agora a gente sobe. — Ela estreitava seus olhos guiando-os para cima.

— Como assim?

Não se deu ao trabalho de responder, apenas indicou com o dedo para as barras de ferro inseridas nas paredes formando uma escada.

WORLD BEHIND MY DOOR [jjk] (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora