Seis

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Biazin.

Thaylise olhava para mim e para a Dayane há meia hora. Ela observava a gente feito uma psicopata.

Ela não falava nada, apenas olhava para os nossos rostos. Eu estava ficando com medo! Eu e Day já tínhamos tomado banho, e alguns minutos depois dos nossos banhos, Thaylise entrou no nosso quarto e ficou encarando nós duas.

— Não vai falar nada, doida?– Dayane quebrou o silêncio.— Você tá me assustando.

— Está me assustando também.– comentei.

— Day, bagunça o cabelo.– Thaylise finalmente falou.— Carol, faça o mesmo.

Eu e Dayane nos olhamos e demos o ombro ao mesmo tempo. Bagunçamos nossos cabelos do jeito que deu, e eu acho que deu certo. Thaylise abriu um sorriso e pegou algo em seu bolso.

Era um lip tint.

— Passem um pouco na bochecha, por favor.– olhei para ela e vi seus olhos arregalados.

— Não, não, não!– Dayane protestou.

— Não o quê?– perguntei confusa.

— Por que não?– Thaylise cruzou os braços.

— Quem está aí na frente?– Dayane perguntou indo até a janela.— Thaylise Pivato, por que tem milhares de paparazzi na frente do hotel?

— Surpresa!– Thaylise sorriu forçadamente.

— Gente, eu não entendi o lance do lip tint.– falei olhando para Dayane.

— Ela quer que as pessoas pensem que nós duas estávamos transando!– olhei para Thaylise, que abaixou a cabeça e fez um biquinho.— Por isso os cabelos bagunçados e lip tint na bochecha.

— Desculpa.– Thaylise murmurou.— Mas eles precisam de conteúdo e o conteúdo é vocês. Passem essa porra na bochecha e vão para a janela, se não eu quebro vocês duas na porrada.

Revirei os olhos e peguei o lip tint da mão dela, passando um pouco em minha bochecha e na ponta do nariz. Dayane veio até mim e eu passei nela também.

— Vão para a janela que eu vou para o meu quarto assistir alguma coisa.– Thay falou, indo até a porta do quarto.

— Vaza daqui!– Dayane falou emburrada.— Tá de acordo com isso?– ela olhou para mim e cruzou os braços.

— Eu não sei de nada.– levantei as mãos em rendição e caminhei até a janela.— Vem, amor.– debochei e Dayane me mostrou o dedo do meio.— É assim que você trata sua namorada?– perguntei fingindo estar magoada.

— Cala a boca.

Abri a cortina da janela e vi várias pessoas na frente do hotel, a maioria segurava câmeras e outro estavam com microfones em suas mãos. Senti dos braços rodearem minha cintura. Sorri, inclinando minha cabeça para trás, sendo pega de surpresa por um selinho que Day me deu.

— Para eles tirarem fotos.– ela explicou, sorrindo.

Todas as câmeras estavam apontadas para nós duas e nós fingindo que não estávamos vendo nada, apenas olhando para o céu que estava aberto. Estava muito calor, típico de Miami.

— Você é cheirosa.– Dayane falou de repente.

— Você também é cheirosa.– sorri, agora olhando para os fotógrafos.— Será que a gente acena para eles ou finge que somos realmente cegas?

— Vamos mandar beijinho?– não consegui segurar a risada. A Dayane era meio louca às vezes, e eu gostava daquilo.

Por incrível que pareça, eu estava gostando de estar com ela.

O ContratoOnde histórias criam vida. Descubra agora