Dez

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já bebeu água hj?

se por enquanto eu fizer capítulos não tão grandes, vocês vão ficar braves comigo?

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— Filho? Mamãe chegou pra te levar pra visitar a vovozinha. Cadê meu amor?– Day fez uma voz infantil ridícula assim que abriu a porta de sua casa.— Entra, Carol.

— Não, eu tô bem aqui.

Assim que saímos do hotel, fomos para um jatinho da Day e voltamos para Los Angeles, apenas para arrumarmos algumas coisas para passarmos alguns dias no Brasil. Ela iria visitar a família dela e insistiu para eu ir junto.

Eu não queria, mas Thaylise - completamente bêbada - falou que seria bom.

Ela estava bêbada, ela nem sabia o que estava falando.

Mas aceitei quando Day falou que iria me pagar comida.

Bom... eu comia um hambúrguer super gostoso enquanto esperava ela voltar.

— Filho, essa é sua nova mamãe. Mas ela é temporária, daqui um ano você não vai mais poder chamar ela de mamãe– Dayane saiu de sua casa com um cachorro preto todo peludo.— Esse é Avan Lima, ele é um Chow Chow e é filhote. Se ele não gostar de você, eu também não vou gostar de você.

Avan olhou para mim e inclinou a cabeça para o lado lentamente. Ficamos nos olhando por alguns minutos, e do nada, o cachorro começou a latir. Ele tentava vir pra cima de mim, mas eu corri para o carro rapidamente.

— Não gosto mais de você!– Dayane gritou.

Revirei os olhos e entrei no carro, no banco do passageiro. Coloquei o cinto e esperei Dayane entrar com Avan.

— Um dia ele vai gostar de mim, não é?– perguntei, vendo Dayane colocar Avan em uma cadeirinha de bebê.— Por que uma cadeirinha de bebê?

— Porque ele é um bebê– ela olhou para mim incrédula.— Não tá vendo o meu bebê?

— Ah claro, ele é um bebê.– respondi segurando a risada.— Que horas são?

— Três da manhã– ela olhou em seu relógio de pulso e terminou de prender Avan.— Prontinho, meu amor.

Dayane voltou para dentro de sua casa e logo voltou com uma pequena mala. Ela abriu a porta do carro e colocou a malinha no banco de trás.

— Pegou essa mala pra quê?– perguntei, quando ela entrou no carro e colocou o cinto.

— É do Avan.– ela respondeu simples.

Decidi ficar quieta a partir dali.

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Chegamos em São Paulo, finalmente. Estava sol e fazia calor. Já era 16:00 em São Paulo, e eu estava tentando me acostumar com o fuso horário.

Dayane e eu treinamos o nosso português no jatinho dela enquanto voamos para cá. Eu sabia falar português fluente, mas eu queria treinar mais um pouco, ainda mais com Day que sabe falar tudo certo sem nenhum sotaque. Os pais delas são brasileiros e isso ajuda bastante, ela disse também que passou a infância e o começo da adolescência no Brasil, junto de seus pais.

Porém, ela nasceu em Los Angeles.

— Eles devem estar esperando nós duas.– Dayane chamou minha atenção.

— Espera, você não me falou ainda o que queria conversar.

Dayane estava fazendo um suspense no jatinho, afirmando que queria conversar sério comigo.

— Ah, sim, então... eu iria falar para nós duas deixarmos o lance de namoro apenas no contrato. Sabe, né? Acho que confundimos tudo e começamos a nos envolver demais, e começamos esse falso namoro faz pouco tempo. Entende?– olhei para ela surpresa.

Ela que que tomou as iniciativas de começarmos a ficar no meio desse namoro falso e agora diz que não quer mais?

— Ok.

Respondi apenas isso e peguei minha mala, saí de perto da Dayane rapidamente e comecei a caminhar em direção á uma van que estava nos aguardando.

Não que eu tenha ficado brava. Nunca! Eu só estava... não sei, mas eu não estava brava.

Eu mesma não estava querendo levar isso á sério. Não tem problema nenhum a gente manter isso apenas no profissional.

— Amor!– escutei ela me chamar.

— O que é, caralho?– respondi nervosa, me virando para ela.

— Eita. Deixa quieto.– bufei e revirei os olhos, voltando a caminhar para perto da van.

Vou tentar me controlar, não vou demonstrar raiva e nem nada. É apenas um ano, Carol, só um ano e pronto, estará livre de Dayane.

— Vagabunda. Ai, não quero mais ficar com você, vamos namorar apenas pelo contrato. Enfia o contrato no cu, sua ridícula. Fedida, você nem tomou banho ontem.

Resmunguei, já entrando na van.

Calma, eu preciso de calma.

O ContratoOnde histórias criam vida. Descubra agora