O Contrato

Dezesseis

inhai. desculpa pela demora, eu estava completamente sem ideias!
tá pequeno essa porrinha, mas como sabem, estou sem ideias pra nada.

DAY.

Ela me pegou de surpresa dizendo tudo aquilo. Eu não sabia que ela estava gostando de mim. Eu não sentia o mesmo por ela e agora não sei como lhe falar isso.

- Pode falar.- ela me tirou do transe.

Respirei fundo e fechei meus olhos, tentando tomar coragem para dizer para ela que não gosto dela do mesmo jeito que ela gosta de mim.

- Olha, Carol, eu... eu não gosto de você do mesmo jeito que você gosta de mim. Você é uma garota bacana, carinhosa e é perfeita, mas eu não sinto o mesmo por você. Me desculpa.

- Ok.

Ela me deu as costas e saiu andando. Alcancei ela, e assim, mandei uma mensagem para Victor, pedindo para que ele buscasse nós duas naquela exato momento.

Poucos minutos depois, Victor chegou, levando Carol para sua casa e eu para a minha logo em seguida. Thaylise decidiu que nós duas não precisaríamos morar juntas, apenas quando o "relacionamento" estiver com mais tempo.

Se passou um mês desde que Carol se declarou para mim e eu lhe dei um fora. Nossas conversas eram sempre profissionais, nossos beijos eram apenas na frente das câmeras, e eu percebi que Carol estava triste. Eu não gostava de saber que poderia ser o motivo de sua tristeza.

Eu aguardava Carol terminar sua cena no filme que ela iria estrelar. Eu seria amante da Carol.

Legal, né?

- Corta! Tá ótimo, gente. Day, pode ir para o seu lugar, vamos já filmar.

Me levantei da cadeira aonde eu estava sentada e andei rapidamente até o local aonde eu deveria ficar. O diretor deu um sinal para começarmos e assim, eu respirei fundo e me concentrei no que eu deveria fazer.

- Julie? O que faz aqui?- Carol apareceu sussurrando. Ela passou pela porta falsa e olhou para mim com o cenho franzido.- Meu marido pode chegar e te ver aqui!

- Esquece ele por agora. Faz um tempo que nós não nos vemos e eu estou com saudades.- me levantei da cama.- Você sabe que eu gosto de você!

- Na verdade, não, você não gosta de mim. Isso se chama carência! Você gosta quando eu estou pelada pra você. Sabe, eu cansei de ser idiota, eu cansei de ser apenas um brinquedo pra você. Eu conheço você, Julie.- ela quase engasgou para falar o nome da minha personagem. Ela parecia querer dizer o meu nome.- Você diz coisas bonitas apenas para poder me usar. Mas quer saber? Eu não caio mais nisso. Infelizmente eu não posso te tirar da minha vida da noite pro dia, pois pode ter certeza que eu quero isso.

Seus olhos estavam marejados, assim como os meus, e eu fazia muita força pra não chorar alí. Já que eu sabia que ela estava falando com a Dayane. Ela me via daquele jeito? Só querendo usar ela?

- Corta!- o diretor gritou.- Wow! Caramba, isso foi ótimo. Essa improvisação foi perfeita!

Era óbvio que aquilo não estava escrito no roteiro. Ela tirou tudo de dentro dela.

- Obrigada.- Carol agradeceu e saiu andando até seu camarim.

- Vocês foram ótimas! Como Dylan não está aqui e a próxima cena ele teria que aparecer, vocês estão liberadas. Amanhã voltamos aqui da onde paramos!

Apenas assenti com a cabeça e andei até meu camarim. Me sentei na cadeira giratória e encostei minha cabeça na penteadeira, deixando as lágrimas caírem.

Ela realmente me via daquele jeito? Meu Deus, eu sou a pior pessoa do mundo!