AEDLYN
O resto do dia foi calmo, tentei matar Julian e Rhyan só 15 vezes. Em minha defesa, eles são impossíveis de lidar.
- Seus pais tem 5 filhos? Eles são tipo os deuses da fertilidade feérica? ‐ Rose me pergunta. Todos sempre ficam impressionados com isso. - Gêmeos são muito raros.
- Acho que é algo assim. - me deito no chão do quarto de Marien e olho pro teto.
Eles me contaram histórias sobre como seus pais derrotaram um rei feérico louco, ou grão-feérico como eles chamam, que queria matar muita gente e como a cidade que eu estou é um " segredo ".
- Detesto expulsar vocês mas eu tenho um compromisso hoje, então vezem! - Marien diz e vai até a porta para abri -la.
Olho incrédula pra ela mas a garota só ri e faz com a mão pra sairmos.
- Suponho que nosso pai saiba desse compromisso? ‐ Rhyan pergunta antes da porta se fechar.
- Ele não perguntou. - Marien responde e nos tranca para fora.
Julian, Rose, Rhyan e eu estamos parados na frente do quarto, ainda não acreditando que ela nos expulsou.
- Tia Feyre vai saber disso! - Rose grita e balança a cabeça olhando pra Julian. - Me leva pra casa? Não quero ir andando.
Ele murmura alguma coisa que não entendo e antes de sumirem com algo que eles chamam atravessar, Julian manda um beijo e pisca pra mim.
Ele faz isso toda hora, nem ligo mais porém o macho ao meu lado liga, e muito.Solto uma risada e olho para Rhyan que está a ponto de explodir.
- Vai ficar parado ou vai me acompanhar até o quarto? ‐ pergunto e saio andando.
Não demora nada até ele estar ao meu lado. Apesar de ser um animal, descobri que gosto muito de irrita-lo.
- Você viu como eu sofro nessa família? Meu próprio primo cortejou minha parceira o dia inteiro. - ele suspira e antes que eu possa alcançar a maçaneta da porta, Rhyan se põe na frente dela.
Minha mão toca o abdômen dele por alguns segundos e eu a puxo de volta rapidamente.
- Nunca vi alguém com vida mais sofrida que a sua. Sério. - mordo o inferior da minha bochecha pra não sorrir e o encaro.
Sou apenas alguns centímetros mais baixa que ele mas nesse momento daria tudo pra ser mais alta. Como se lesse meus pensamentos, o que com certeza ele fez, Rhyan estufa o peito e levanta a cabeça.
- Minha mãe queria te ajudar a fazer um escudo mental mas acho seus pensamentos tão adoráveis. Ficaria muito triste se não pudesse ve-los. ‐ ele sorri com os caninos alongados.
- Seriam mais adoráveis se você saísse da minha cabeça e me deixasse entrar.
- Você vai me deixar entrar também? ‐ sinto algo como uma carícia na minha mente e meu corpo se arrepia antes que eu possa controlar.
- Vou considerar isso como um sim.
Ele sorri novamente e abre a porta para entrar. Olho para Rhyan que agora está escorado na parede.
- Por que você é chato assim? ‐ me sento na cama.
- Fico triste de saber que você pensa assim. Eu sou muito legal.
- Penso assim porque você me irritou diversas vezes hoje, além de parecer um cachorro no cio atrás de mim. ‐ solto uma risada. - oh, desculpa, illyriano no cio.
- Você não imagina o quão difícil é ficar longe de você, princesa. - ele se aproxima da cama e para ao lado da cabeceira.
- Por causa da minha enorme beleza e tal? Eu sei. - digo e deito minhas costas no colchão, quebrando o contato visual.
- Você deve ser a pessoa com a auto estima mais alta em toda Prythian. - sinto a cama balançar e Rhyan deita ao meu lado.
- Segunda, você lidera em disparado.
Ele gargalha e se aproxima mais de mim, sinto sua respiração no meu pescoço e fecho os olhos involuntariamente.
- Neve e pinho.
Cheiro de casa. De meu pai. De Terrasen.
Respiro fundo e me viro para Rhyan assim que abro os olhos ele está me encarando. Num movimento rápido, deito suas costas, sem asas hoje, na cama e subo encima dele. Apoio minhas mãos em seu peito e faço círculos lá com a unha.
O macho me olha com surpresa genuína nos olhos. Aproximo nossos rostos e um sorriso surge nos lábios de Rhyan.
- Não estou interessada. - sussurro as palavras em sua boca.
Saio de cima do corpo dele e rosno.
- Sai!
E Rhyan simplesmente desaparece.
Tampo meu rosto com um travesseiro e rio, realmente dou muita risada. Por mais que a beleza dele seja inquestionável, não posso me dar ao luxo de me envolver com alguém, não tão longe de casa e também não faria isso com Cal, apesar de não termos nada sério, sei dos sentimentos dele e eu gosto muito da tia Yrene pra magoar o filho dela.
Penso em casa, já se passaram dois dias, imagino Aehren desesperado e meu pai tentando acalmar todos, principalmente Sam, aquele pirralho deve achar que é culpa dele.
Eu preciso voltar, definitivamente.Os risos dão lugar a uma crise de choro e pelo menos agora, me permito chorar. Já passei meses longe de Terrasen, quando estava no deserto treinando com os assassinos do silencio ou em Doranelle com meus primos. Mas nunca sozinha, nunca sem Aehren ou sem saber onde estou.
Adormeço ainda chorando ouvindo a voz de minha mãe.
" Quando eu estava caindo entre os mundos, vi uma terra de montanhas e estrelas lindas que tinha um feérico com asas enormes e uma fêmea grávida, igual eu. "
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throᥒᥱ of fιrᥱ;; tog+ᥲᥴotᥲr [ PAUSED ]
Фэнтези" 𝐄𝐫𝐚 𝐮𝐦𝐚 𝐯𝐞𝐳, 𝐞𝐦 𝐮𝐦𝐚 𝐭𝐞𝐫𝐫𝐚 𝐡𝐚 𝐦𝐮𝐢𝐭𝐨 𝐭𝐞𝐦𝐩𝐨 𝐫𝐞𝐜𝐮𝐩𝐞𝐫𝐚𝐝𝐚, 𝐯𝐢𝐯𝐢𝐚 𝐮𝐦𝐚 𝐣𝐨𝐯𝐞𝐦 𝐩𝐫𝐢𝐧𝐜𝐞𝐬𝐚 𝐪𝐮𝐞 𝐚𝐦𝐚𝐯𝐚 𝐦𝐮𝐢𝐭𝐨 𝐬𝐞𝐮 𝐫𝐞𝐢𝐧𝐨... " Se passaram 20 anos desde a Grande Guerra e Terrasen vi...