throᥒᥱ of fιrᥱ;; tog+ᥲᥴotᥲr [ PAUSED ]

four.

AEHREN

– Vai idiota, acorda.

Meu sonho matando Cal Westfall foi interrompido por... Celaena Westfall?

Balbucio alguma coisa e volto a dormir mas assim que me viro sinto algo gelado ser jogado na minha cabeça.

– EU VOU TE MATAR! - grito e quando abro os olhos vejo Celaena e Yan Havilliard segurando baldes.

– Gavriel que deu a ideia. - o garoto fala e da risada.

– Me dêem um motivo, só um, pra eu não matar vocês dois agora.

– Você não pode e também não quer. Aehren é bonzinho e não gosta de violência, lembra? - Celaena diz com um sorriso.

– Tô realmente afim de mudar isso. - murmuro e me levanto da cama encharcada. - Se vocês me derem licença. - aponto pra porta.

– Mal educado. - ouço Yan sussurrar e faço uma careta.

Tomo um banho rápido e me visto com meu habitual, calça e camiseta preta, penteio o cabelo e tento joga-lo de um lado que não atrapalhe. Preciso corta-lo urgentemente, mamãe já começou a falar o quanto estou parecido com meu pai.

Quando termino, saio do quarto e caminho com certa pressa até a sala do trono, onde provavelmente todos estão.

É estranho caminhar por aqui sozinho, Aedlyn sempre esteve comigo e agora nem sei onde ela está. Já fazem dois dias e não tivemos nenhuma notícia ou pista, ela simplesmente sumiu.

Perdido nos pensamentos, nem percebo que já cheguei. Tento ouvir alguma conversa mas o barulho é tanto que prefiro entrar pra ver o que é isso tudo.

Arregalo os olhos ao ver todos aqui, literalmente todos. Gavriel e Evangeline Ashryver, filhos do meu tio Aedion. Connal Lorchan, Cal e Celaena Westfall e por fim, Yan e Asterin Havilliard.

Caminho em direção a meus pais que estão conversando com a rainha das bruxas e de Adarlan, Manon e faço uma reverência pra ela, que não é necessária mas gosto por irrita-la.

Dou um sorriso para os três e me viro para os jovens.

– Vocês dois - aponto pra e Yan e Celaena. - vão me pagar por me acordarem.

– Pode parar? Fui eu quem deu a ideia. Você não acordava nunca. - Gavriel surge do meu lado e me abraça.

– Você é um louco. - digo e retribuo o abraço.

Gavriel, Aedlyn e eu crescemos juntos, ele e Evangeline moraram no castelo por muito tempo pelo fato de Aedion ser o general da devastação.

– É nessas horas que a gente precisa da Aedlyn pra domar a serpente alada que o o Aehren é. - Asterin diz e logo depois arregala os olhos. - Desculpa, imagino como deve estar sendo difícil.

– É. - suspiro. - É difícil. Mas Yan? E aquela sua amiga bruxinha que você ia me apresentar?

— Meu Deus garoto, qual a sua tara por bruxas? – Celaena faz uma careta.

— Unhas. – Suspiro.

Ela finge ânsia de vômito e eu dou uma risada, apesar de ser irmã de um desgraçado, gosto dela.

— Tá, chega dessa história de bruxas e unhas. Qual o plano pra achar nossa princesinha? Já tem um, né? – Evangeline pergunta.

— Não? Além do mais, minha mãe já mandou metade do exército a procura dela mas ninguém tem nenhuma pista. – Digo sem animação

— Eu tenho uma ideia... Mas não posso contar aqui, vamos pra outro lugar conversar. – Asterin fala com uma cara de louca, ou seja, a de sempre.

— Vamos, eu sei um lugar. – Dou um sorriso inocente passando pra minha mãe quando passo na frente dela com aquela cambada de animais me seguindo.

Seguimos por alguns corredores até chegarmos no onde eu queria.

— O quarto de bebê da Lyria? Sério Aehren? — Yan praticamente grita.

— Lugares estranhos para planos estranhos. – Digo simplesmente. – Agora conta sua ideia Asterin.

Me sento no chão por precaução porque dependendo do plano da bruxa, não tenho dúvidas de que posso cair. Ela não é conhecida por seus 100% lúcida.

— Quando ouvi que a Aedlyn simplesmente desapareceu voando, tipo num segundo estava ali e no outro tchau tchau, me fez pensar numa coisa que minha mãe me contou a alguns anos sobre espelhos das bruxas e portais pra outros mundos, a própria Aelin passou por outros mundos forjando o fecho. Então bem, pode ser que alguns espelhos ainda tem marcas de Wyrd e magia necessária pra viajar entre mundos mesmo com o fecho forjado. Isso pode sido o que aconteceu com a Aedlyn, sabe aquele colar que você deu pra ela quando vocês eram pequenos, Aehren? Acho que pode ter algo haver porque era um espelho de bruxa, mesmo pequeno, pode ter algo haver com o sumiço.

Graças aos deuses eu sentei, porque eu cairia.

— Você tá dizendo que ela tá em outro mundo? Asterin pelo amor dos deuses, desde quando esses espelhos ainda existem? – Respiro fundo.

— Desde sempre ué, não os fazemos mais mas não destruímos os que já tinham. Eu acho que... fizeram isso de propósito pra Aedlyn sair daqui. – Ela responde.

— Mas quem faria? Todos em Erilea amam ela. – Cal Westfall, que estava mais quieto que o habitual pra minha infelicidade pergunta.

— Isso eu não sei, precisamos descobrir, mas por sorte eu tenho algo que pode nos ajudar a falar com a Aedlyn. – Asterin sorri.

— O que? – Todos praticamente gritam.

— Ora, um espelho de bruxas, é claro. Tem um nesse castelo.