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one.

AEDLYN

Não sei ao certo quanto tempo fiquei desmaiada mas assim que recuperei os sentidos, já era noite, madrugada provavelmente. Ao olhar para o lugar onde estava, me deparei com uma enorme janela que mostrava uma cidade tão linda, que não parecia ser real, as ruas eram iluminadas pelas milhares de estrelas que brilhavam no céu. Isso era realmente de tirar fogo.

Me sentei na cama e respirei fundo, tentando imaginar onde eu poderia estar e o mais importante, como?

- Ah, oi querida, que bom que acordou. ‐ uma fêmea linda, linda mesmo entrou no quarto. Ela tinha olhos azuis e um cabelo loiro escuro e estava me olhando com um olhar muito maternal. - Sou Feyre, meu filho te trouxe e falou alguma coisa sobre parceira e caindo. Sabe algo sobre essas coisas? - ela soltou uma risada e se aproximou da cama.

- Me desculpe, eu não faço ideia, estava voando com meu irmão e não lembro de muita coisa após isso. - apertei os braços entorno de mim e a feérica, Feyre bufou. - Me desculpe de novo mas, onde eu estou? Com certeza não pode ser muito longe de Orynth.

- Tudo bem, vou ter que interrogar aquele bebê illyriano mesmo. - ela revirou os olhos. - Eu não faço ideia de onde seja esse lugar, querida.

- Mas aqui é Erilea, não? - perguntei, até porque, não era possível ser outro continente.

Mas aparentemente não era Erilea, já que Feyre deu risada da resposta.

- Não, não. Estamos em Prythian, Corte noturna mais especificamente.

Eu não fazia a mínima ideia de onde era isso, nunca li esses nomes em nenhum dos mapas que tinham na biblioteca real.

Como se lesse meus pensamentos, a fêmea falou:

- Vamos com algo mais fácil, que tal me contar seu nome?

- Sou a princesa Aedlyn Galathynius, herdeira de Terrasen. - disse orgulhosamente, o título sempre foi o que eu mais amava.

- Oh, uau. Temos uma princesa entre nós, sinto muito não saber onde Terrasen fica. Mas, você precisa de algo? Comida, um banho, roupas limpas talvez?

Corei, eu realmente estava imunda, culpa de Sam e Evalin que jogaram terra em todo meu vestido verde esmeralda enquanto brincavam.

Assenti e disse:

- Por favor

Feyre deu um sorriso e se retirou do local deixando me sozinha com meus pensamentos. Após alguns minutos, duas fêmeas adentraram no quarto que ela estava, uma carregava uma bandeja com alimentos e a outra algumas roupas e toalhas. Agradeci e quando uma delas foi para onde estava a banheira, para preparar o banho provavelmente, me levantei e fui até ela.

- Pode deixar que eu faço isso, obrigada novamente. - sorri para a fêmea enquanto a mesma assentiu e deixou o quarto com a outra, provavelmente irmãs, pendepenseii de ombros. A semelhança era notável.

Depois de esperar alguns minutos para a banheira encher, entrei na água e vapor subiu, eu estava literalmente cozinhando de dentro pra fora e com uma dor de cabeça terrível, nada disso fazia sentido, como estaria tão longe de casa? E Sam? Nós estávamos juntos, como meu irmão não estava naquele lugar também?

Os pensamentos só faziam a dor aumentar, fechou os olhos e encostei a cabeça no mármore branco, deixando o perfume de lavanda invadir minha mente.

Depois de longos minutos no banho, sai da banheira enrolada num roupão creme e voltei pro quarto.

- Finalmente, achei que nunca ia sair.

Como instinto, conjurei meu fogo e lançei-o até a sacada, de onde a voz saiu. Mas infelizmente a pessoa, macho mais especificamente, ergue um parede de ar que dissipa minhas chamas quase que instantaneamente.

- É assim que sou agradecido após salvar sua vida? - e novamente, aquele feérico descomunalmente lindo aparece em minha frente e algo que eu não poderia descrever com palavras se ascende dentro de mim. O laço de parceiria sem dúvidas. - Belos reflexos, aliás. O fogo combina com você.

- Primeiro: é falta de educação entrar sem bater na porta, ou janela. - dada suas asas. - principalmente quando tem alguém nu no lugar. Segundo: não perguntei nada. E ah, obrigada.

Ele soltou uma risada e caminhou até a cama.

- Princesa esquentadinha, é? - sentou -se. - Impressionante como as pessoas ultimamente gostam de mostrar gratidão, não que eu queria oferendas em meu nome, que a propósito é Rhyan. Mas um pouco de gratidão genuína sempre é bom.

- Interessante a oferenda, irei pensar sobre isso. Porém no momento, ficaria imensamente grata se você saísse daqui para eu me trocar. - dei um sorriso falso.

- Mas já? Tive que esperar você acordar por tanto tempo, queria conversar um pouco. Sobre parceiria e tal, sabe né?

- Eu realmente tenho coisas mais importantes pra pensar agora como: voltar pra casa e me vestir. Sinto muito se ser parceira de um macho mal educado e levemente narcisista não está no topo da minha lista agora. - disse indo em direção a pilha de roupa que uma das fêmeas havia deixado.

- Estou magoado agora. - Rhyan coloca a mão sobre seu peito. - Levemente narcisista é uma grande mentira, sabia? Estou mais pra altamente. - ele ri. - E por mais que seja tentador ver o que você vai fazer em seguida, vou me retirar pois sou muito educado.

- Estou tão agradecida.

O macho caminha novamente em direção a janela e antes de abrir as asas pra voar pra onde quer que fosse, ele virou o rosto pra trás e olhou nos meus olhos, aquele tom de azul que eu nunca tinha visto me hipnotizava de maneiras nunca vistas antes.

- Tchau Aedlyn, querida. - falou e simplesmente desapareceu noite à dentro batendo aquelas asas lindas e negras.

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#1: saudade de feysand, né minha filha?