ᴇᴅᴜᴀʀᴅᴏ [ᴅᴜᴅᴜ];;

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Você vestia a sua melhor roupa para sair, alguns minutos atrás você se encontrava discutindo com seu (ex) namorado. A sua vida podia estar bem bagunçada, mas você fazia o máximo pra ficar bem e sair na melhor balada possível para se descontrair.

— Estou saindo! — você disse para os seus pais antes de passar pela porta de casa e pedir um uber para o local no qual iria.

— Vá com Deus! — sua mãe disse da porta antes de você entrar no carro.

Você sentou no banco de trás onde o retrovisor do motorista não podia pegar sua visão. Deu boa noite pra ele e colocou seus fones de ouvido, curtindo uma boa melodia até chegar na boate mais bem avaliada da sua cidade. Durante o caminho você refletia sobre o seu relacionamento com Eduardo. Desde o princípio vocês sempre eram bem reclusos, afinal, ele era bem mais tímido que o normal, por mais que se amassem muito tudo parecia dar errado. Mas naquela noite você resolveu ser livre e não se prender mais ao seu ex.

Você pagou o motorista e saiu do carro, pagou a entrada da boate, que realmente estava muito cheia, enfiou o celular no cós da sua roupa íntima, tendo certeza que ninguém o roubaria, na capinha dele tinha o seu dinheiro para voltar e o cartão de débito.

— Uau. — foi a única coisa que conseguiu dizer assim que adentrou o local. Ali as luzes azuis, vermelhas e verdes tiravam sua concentração, junto aos corpos que se esfregavam um ao outro virando quase um só. Você foi para o centro da pista, a ansiedade tomava conta de você, do seu corpo e você podia contar nos dedos quantos segundos ficou ali sem sair esbarrando ou beijando alguém. A sua noite estava sendo incrível e inesquecível, inesquecível do seu jeito.

Do outro lado da boate alguém te viu, um dos melhores amigos de Eduardo, João Paulo, esse que rapidamente enviou uma mensagem para o amigo avisando que você estava naquela festa. Não que Dudu seja ciumento, mas a única pessoa que considerou aquela separação foi você.

Já era sua décima tequila, seu quinto whisky e você bebia tudo tão rápido que o álcool corria pelas suas veias, fazendo você ficar cada vez mais fora de si, a sua pressão caía e isso te deixava mais molenga, como se você não tivesse mais consciência. Naquela noite você transou com desconhecidos no banheiro pelo menos umas duas vezes, mas a porra do Eduardo não saía da sua cabeça e na verdade você só queria foder com ele, pedir desculpas por tudo, só que o seu orgulho parecia ser maior que o seu carinho por ele e isso era incomparável.

Na boate, quando deu meia noite em ponto aconteceu um blackout, onde a luz se apagou e ninguém não tinha noção de nada naquele pleno breu. Alguém te puxava, fazia você andar, na verdade as suas pernas, porque você não tinha mais controle nenhum de si. E assim que a iluminação voltou, estava ali, Eduardo Lima na sua frente, parado, com as mãos no bolso, te encarando e, obviamente, morto de raiva de você.

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