Resolvi, dentro do limite dos quarenta e cinco minutos do segundo tempo, revisar e reescrever todo esse texto ora apresentado, de "Morri aos 54 anos" e aqui encerro essa narrativa sobre um período de minha vida e, considerando um lapso de tempo não comentado, uno sob certo ponto de vista com o passado, indo ao encontro do que relatei no final de "Assim caminha a humanidade...".
Em ambos os textos, é evidente que passei por muitos momentos bons, ruins, excelentes, como qualquer pessoa. Apenas não entrei em detalhes maiores. Talvez faça isso no futuro. Ou não. Escrever sempre é um ato de inspiração e vontade de contar algo, não é um decreto.
Senti na leitura do texto, que deveria deixar alguns pontos melhor explicados e eis-me aqui. Esse é o momento para esclarecer ou somar.
Todos estamos sujeitos às ocorrências que a vida nos impõe. Muitas vezes as enfrentamos com coragem e outras, nem tanto; somos pegos de supetão também e a situação não nos possibilita tomar uma atitude que passe devidamente pelo plano mental e erramos nos manifestando de forma inadequada.
Friso que sempre tentei agir com boa intenção é fé no coração, mas sei que mesmo assim errei, e muito. Jamais quis aqui retratar um herói, tampouco um coitadinho, apenas desejei transmitir minhas experiências, que montaram uma linha de vida objetivando melhorar, para alcançar mais conhecimento e não deixar que minha chama se apague e sirva para iluminar quem quiser.
Talvez eles possam permitir que os leitores não recaíam nas mesmas falhas que cometi e que aprendam com o que de bom pude mostrar. Tentei galgar um degrau por vez e em certos momentos o passo foi difícil. Entretanto, tentei!
Por ora eu me despeço de vocês, leitores, mas guardem algo muito importante: um escritor sempre cria, avalia e reavalia o mundo e a si mesmo. Em nenhum instante essa é uma atividade exata ou matemática, daí a beleza das Letras.
Li, que pela vida obrigatoriamente passamos por três fases:
- perda da ingenuidade;
- perda da inocência e
- perda da vida.
Aprendi também que todo homem deve estudar Filosofia, "amor ao conhecimento", que considera a existência humana e o saber por meio da análise racional. Comecei tarde, apesar de ainda seu um aprendiz, entretanto melhor do que nunca.
E termino: tudo tem causa e consequência. Gere causas boas e terá boas consequências. Não existe cafezinho grátis, não se esqueça.
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MORRI AOS 54 ANOS
Non-FictionUma trajetória de vida se modifica sob o impacto do diagnóstico positivo de câncer e suas consequências. Tudo leva o autor, vivendo dentro dessa realidade, a realizar uma viagem em direção ao seu passado, narrando e reavaliando sua história.
