Prólogo

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Iniciando mais uma que também está finalizada no Spirit, mais ainda vai ser postado um extra, por que eu simplesmente amo Solangelo. E é isso, aproveitem e se divirtam.

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Chega um momento na vida que você deve analisar suas prioridades, Will sempre almejou se tornar um médico e aos 25 anos finalmente conseguira alcançar seu objetivo. E com um toque do destino conseguiu chegar aonde sempre quis, com uma ajuda muito especial de seu agora marido, Nico Di Ângelo. O seu anjinho, então quando falado em prioridades, a primeira de Will seria com toda a certeza fazer Nico feliz.

E vê-lo deitado naquela cama todo machucado feria o seu ser de uma forma agonizante.

--Por favor meu amor...você precisa acordar logo. Nós temos que comemorar seu aniversário ainda, hm? Não demore muito, por favor. –pediu acariciando a mão, ele que sempre fora pálido, parecia realmente um espectro naquele momento. –Eu estou com saudades meu anjinho.

Duas batidas na porta lhe tiraram da conversa unilateral.

--Doutor Solace. –Quem estava na porta era Katharina, umas das enfermeiras do hospital que vinha teimando consigo desde o dia do acidente.

--Sim? –questionou fitando a mulher que aparentava estar na casa dos quarenta, fitando-o com compaixão. Todos naquele hospital sabiam do acontecido com seu marido, assim como presenciaram o momento em que ele descobrira o ocorrido.


Nove dias atrás...

15-01-2020

--Nico!!! –o grito do loiro reverberou pela casa, sua voz saindo um tanto abafada por ainda estar no banheiro, chamando pelo marido que parecia ter ficado surdo. Will já estava nessa de chama-lo a uns bons quinze minutos, tentando o alertar sobre o despertador que não parava de tocar.

--Me deixa dormir...—resmungou totalmente manhoso, quem conhecia o famoso policial Di Ângelo nunca iria imaginar como o mesmo era ao acordar. Parecia uma criancinha manhosa. Suspirando, o homem de olhos azuis saiu do banheiro ainda enrolado na toalha fitou o marido com carinho, o mesmo estava totalmente encolhido debaixo dos cobertores.

Sentou ao lado do moreno, acariciando os fios negros.

--Sabe que se continuar fazendo isso eu vou dormir de novo. –Sussurrou ainda sonolento, tentando despertar.

--Você tem reunião hoje, esqueceu que tem um caso novo e o delegado te escalou para ajudar?

--Putz...—Nico falou agarrando a cintura do loiro que sorriu, no momento em que o mais baixo se aconchegou em seu colo. –Ainda estou lembrado Will, não precisa ficar falando toda hora.

--Ok, então. Senhor "braço direito do chefe" –disse brincando enquanto apenas um dos orbes ônix lhe fitava, com uma certa sonolência insistente.

--Idiota.

--Vamos, já vai dar oito horas. Você tem que se arrumar se quiser carona, eu vou já pro hospital. –alertou no momento em que Nico se levantou se espreguiçando, Will sorriu carinhoso, amava tanto aquele moreno.

--Bom dia meu anjinho. –Ampliou o sorriso no momento em que o Di Ângelo resmungou contrariado. Ele detestava o apelido, principalmente quando não conseguia se controlar e o rubor pintava seu rosto, Will amava constrange-lo.

--Hoje não é sábado? –perguntou confuso, lembrando-se do fato de que o dia da semana em questão era folga do marido.

--Sim, mais combinei de trocar o dia com a Kayla. Lembra? –respondeu terminando de abotoar a camisa social. –Hoje é aniversário de namoro dela...

--Ah sim...—concordou pegando a toalha que o loirinho sempre deixava ao lado da porta, entrando logo depois.

--Não se preocupe, ela vai me cobrir no dia do seu aniversário. –disse sorridente, eles haviam planejado uma viagem para comemorar mais um ano de vida do anjinho daquela casa, palavras de Will. –Já falou com o Jason sobre a folga?

--Ele praticamente bateu palmas de felicidade e quase fez um estardalhaço por que pedi a folga. –comentou contrariado, saindo do banheiro ainda vestido na cueca preta.

--Se eu fosse ele também faria, você tirando uma folga é quase um milagre amor. –O loiro riu do bico contrariado que o esposo projetou no momento em que terminou a fala.

--Se continuar rindo eu desisto da folga. –Ameaçou e o loiro parou de rir imediatamente.

--Nem pense nisso, já estou ajeitando tudo. –falou segurando o rosto do moreno entre as mãos., encarando os orbes ônix totalmente encantado. –Vou te esperar lá embaixo, não demore.

--Hm. –Concordou sorrindo de leve, Will era estranhamente grudento e Nico sentia-se estranhamente dependente dele. Talvez não seja algo tão estranho assim.


*3*3*3*3*3*3*


Will se espantou quando começou a ouvir gritos e pedidos de ajuda soando pelo corredor. Até o momento em que Katharina, uma de suas melhores amigas dentro do hospital, chegou ofegante em sua sala.

--Acidente na avenida, dois carros, um capotou e o outro bateu em um prédio. –Avisou e imediatamente o loiro levantou apressado.

Todos os seus colegas o admiravam pela calma e paciência que conseguia manter no meio de todo o caos que era a sala de cirurgia, mais isso foi algo que Will aprendera com o esposo, a manter a calma pois todo e qualquer deslize pode afetar no seu desempenho e na vida de seu paciente.

Tanto preparo para desmoronar no momento em que viu seu Nico, seu marido, seu anjo...sendo levado as pressas para a sala de cirurgia.

--O-o quê?—Sentiu os ouvidos zumbirem. Viu ao longe Jason, melhor amigo e chefe do marido correndo em sua direção.

--Will. O Nico...—ele parecia sem folego. O braço e a perna do mesmo pareciam machucados. –Se meteu em uma perseguição...eu...

--Doutor. Doutor. –O chamado aflito de uma das internas interrompeu a frase do loiro mais velho. –Precisamos de ajuda, dois dos pacientes estão com hemorragia. O doutor Henrique não conseguira atender a todos sozinho. A doutora Sophia ainda vai demorar alguns minutos para chegar, precisamos do senhor.

Will tremia e sentia tudo ao seu redor girar, seu marido estava em uma daquelas salas. Sendo atendido, poderia não sobreviver...poderia não acordar mais.

--Will!!! –Jason gritou assustando o loiro que parecia perdido em sua própria bolha de desespero. –Eles precisam que você ajude, eles precisam de você. O Nico precisa de você.

Sim, seu marido precisa de si.

E ele faria de tudo para ajudar a ele e a seus colegas.

--Me mostre a sala de cirurgia Mary. –Declarou decidido, deixando de lado o seu desespero e colocando em pratica tudo que havia aprendido com seu marido. A calma, a perseverança e principalmente a fé em que tudo vai acabar bem. De alguma forma.

Cinco Motivos Para AcordarOnde histórias criam vida. Descubra agora