"Eu já disse, aqui não é um local seguro para você continuar. Vamos a Homeland." — Akin estava muito próximo, e isso deixava Julie incerta sobre suas convicções, oras o cara era uma personificação dos seus desejos e estava dando mole na cara dura (ao menos em sua cabeça ele parecia). Uma mulher pode sonhar (e se aproveitar do sonho), não é mesmo? Riu mentalmente das suas idiotices."Olha, meu querido, você quer um chá? Eu tô ficando nervosa aqui, e acredito que um chá e uns biscoitos podem melhorar nossa situação." — Era também uma boa tática para sair de perto do macho. Tentou sair da sua frente e caminhar até sua cozinha, mas algo a prendia no local, parecia que estava presa ali sob a dominação do macho.
"Você é o tipo de pessoa que é um perigo pra si própria." — Os olhos escuros e atentos a encaravam e um vinco se criava entre as sobrancelhas, numa clara expressão de desaprovação. "Um cara entra na sua casa, te espiona e você oferece biscoitos e chá pra ele?".
"Olhando por esse lado...." — Sorriu completamente sem graça. "Eu acho melhor que você vá embora sem comer nada então."
Akin resolveu se distrair após a afirmação da fêmea, seu lado animal se debatia em falar o que verdadeiramente queria comer, mas sabia que qualquer declaração desse tempo a assustaria.
Olhou a sua volta, a casa tinha uma estrutura pequena, poucos móveis, mas uma atmosfera aconchegante. Ao seu redor o que mais existia era livros, de vários tipo, alguns até mesmo já havia lido.
Algo em suas observações, para os mais entendidos de espécies, deixaria um vinco na testa. Como um espécie poderia se interessar em literatura?Mas, Akin carregava essa diferença dos outros espécies, sua parte analítica era muito instigada. O DNA de pantera o deixava, além de tudo, extremamente observador e pensativo. Gostava da adrenalina de pensar na melhor forma de capturar a atenção da sua presa e assim, dar o bote.
Olhando para sua fêmea, sim sua, não seria louco de abdicar da mulher que apenas com o odor o enfeitiçou, percebeu onde estaria seu caminho para a conquistar.
Sua postura encontrava-se defensiva, olhos franzidos, mãos puxando a barra da grande camisa que usava (claramente nervosa ou em expectativa) e com batimentos que qualquer um - mesmo não espécie, poderia ouvir. Soube que precisaria a acalmar e jogar com suas melhores armas para, como primeira medida a retirar de sua casa.
"Preciso que vá comigo para Homeland, por pelo menos uma semana. Esse local não é seguro por enquanto, mas garanto que em uma semana tudo estará resolvido e você terá sua vida de volta." — Sabia que tudo que falava era blefe, nunca mais a deixaria ir embora, mas a fêmea não precisava saber.
"Mas... Como? O que faz aqui não ser seguro?"
"Não posso revelar muito..."
"Esse é o problema, vocês nunca revelam muito..." — Expressou seu pensamento em voz alta, mas de todo sabia que estava certa, desde que os espécies foram liberados pouco se sabia sobre suas histórias, modos de vida... Julie se senti curiosa, sua parte autora facilmente se perderia no mundo dos espécies...
"Você acha mesmo que devemos nos expor pra um povo que tanto boa maltratou?" — O tom que Akin usou foi exasperado e logo viu as consequências, num encolher involuntário de sua fêmea. Sabia que mesmo ela não sendo uma espécie sua forma a intimidava. "Me desculpe por isso".
Se aproximou e tocou sua mão no ombro da fêmea, aproveitando-se da proximidade cheirou ao seu redor, sentindo-se embriagado pelo cheiro. Julie se arrepiou na mesma hora com o toque, e embora algo em seu âmago dizia que o melhor seria se afastar do macho, em nada seu corpo contribuiu. Sentia-se mole, com os olhos fixos no do outro. A mão pesada e grande esfregava-se em seu ombro, e mesmo por baixo da camisa sentia a quentura que passava.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Akin - Novas espécies
Любовные романыAkin é um espécie com traços de pantera negra africana, animal extinto a pelo menos 100 anos. Seu jeito felino, observador e calmo, faz com que seja um dos homens de maior confiança de Justice North. O trabalho designado a ele é o de rastreio, sem...