2 - Velma Dinkley

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6:30 a.m, minha arma nas mãos, mirando para todas as possíveis entradas, minhas mãos suavam.

Medo, mas não medo dos monstros que rodavam a escuridão, a luz estava fluindo em vários pontos agora, e já estava acostumado com as criaturas infernais, mas ainda tinha medo de encontrar outros.

Yasmin havia sido a última pessoa que havia falado, sua ausência me machucava muito, pensar nela fez meu sangue ferver.

Apertei o cano da arma com mais força, havia tirado a mira noturna, afinal em uma lutar contra seres que enxergam no escuro não poderia sair cego, mas estava cedo.

18 de setembro de 2020.

- Cal acha que eles vão conseguir encontrar uma cura eficaz para essa droga toda?

- Mimi acho que sim, sabe eles são muito eficaz com isso - Yasmin estava inquieta hoje, desde ficamos só nos três no isolamento.

Éramos um pouco mais de 5 mil, 5 mil de 7 Bilhões no mundo não estão infectadas pelo Covid, nem a peste negra teve tantos.

Quase meio bilhão de pessoas já morreram.

- Tô falando com você Caleb! Está me escutando? Para de jogar esse jogo idiota e presta atenção em mim!

- Para de ser chata Yasmin, ah pronto morrir, obrigada tá.

- De nada - As vezes ela e tão impertinente.

- O que você quer? - Perguntei.

- Estou falando com você né, acha que ela vai ficar bem?

Também estava preocupado mas com ela surtando não havia oportunidade de surtar um pouco, alguém deveria ser forte.

- Onde dona Cláudia não fica bem? Ela e mais forte que nos três juntos.

- Caleb isso não e brincadeira, Maia está apavorada, ela sente mais saudade da mãe que nós.

- Você tem que acreditar que nossa mãe e mais forte que pensa, por favor tenta relaxar um pouco e não fica falando muito nesse assunto.

- Nosso pai morrer e agora nossa mãe está doente.

- Mas não está morta Yasmin! Pare de falar isso.

- O que está acontecendo? Vocês estão brigando?

- Claro que não gatinha - Falo - Sua irmã chata que está com ciúmes daquele namorado sebento dela.

- O único sebento aqui e você!

Saio com minha irmãzinha no colo, vamos em direção a cozinha.

- Sei que estavam brigando, é por causa da mamãe não é?

- Não gatinha, estávamos falando do Hiago.

- Eu não tenho 5 anos, não sou boba como acham que são.

E não era mesmo, sabia disso, mas precisava poupa-la o máximo.

Maia acaba de completar 9 anos e já tem que passar por isso tudo, não é nem um pouco justo, ninguém merecia passar por isso.

- Quer chocolate senhorita Velma Dinkley?

Minha irmã rir com a menção a Scooby-Doo, seu desenho favorito.

- Quero - Coloco ela em cima do balcão e vou pegar o pote de achocolatado - Acha que podemos ver Scooby-Doo hoje?

- Claro que sim, vou até pedir uma pizza.

- Acha que eles vão deixar?

- Eles vão esterelizar tudo gatinha, não se preocupar.

- Tá bem - Minha irmã sempre confia tão facilmente nas pessoas.

- E além do mais hoje e sexta-feira.

- Então você vai poder ver sua namorada.

- A Kátia não e minha namorada.

- Eu vejo como vocês se olham, e já escutei vocês trocando sussuros e fazendo planos para uma encontrar.

- Que xereta mocinha - Ela era de mais.

- Vocês estão doidinhos para dar uns amassos.

- Menina - Joguei o pano de prato em sua direção.

- Você está doido para ficar beijando ela é eu tô errada olha.

- Você não e muito pequena para está falando isso dona Maia Dowell.

- Você fala como se tivesse 70 anos, seu velho.

Atualmente.

Estava quase dando 7 horas a.m, é ainda não havia visto ninguém, estava quase desistindo e indo seguir meus caminho.

As lembranças das minhas irmãs me deixavam deprimido.

Segurei o cordão com as quatro alianças como pingentes.

Algumas famílias usavam algumas coisas como lembrança ou marcar registrada, nossa família cada um possuía uma aliança.

A aliança da família, e assim que Yasmin gostava de chamar quando usava o cordão em volta de seu pescoço, agora chamava-o de cordão da solidão.

As quatro alianças frias faziam barulho enquanto me mexi ligeiramente para pegar a arma e mira no que estava fazendo barulho.

- Olá? Caleb? Está aí? - Uma garota de cabelo castanhoncurto ondulados estava gritando.

- Você quer chamar atenção de todos? - Falei me aproximando.

- Acha que quem vai escutar? Todos estão mortos.

- Mas nem todos continuam mortos.

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