8 - Família Sherwood

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Bob Sherwood.

Depois que conseguiu falar com esse garoto, Pietra nos convenceu que o melhor seria nós encontramos e juntar forças, lado positivo isso pararia de fazer eles lembrarem do Alessandro.

Falar o tempo todo da morte dele estava me irritando, ainda mas porque a Tiara ficava com um semblante triste.

Como ela pode preferi ele do que eu?

Não, simplesmente não posso aceitar isso!

Sempre que queria algo Leon dava um jeito de tirar de mim, sei que vou parecer um grande filho da puta, mas cara quando um maldito Nach acabou com ele eu fiquei feliz para um senhor caralho.

Leon sempre foi o preferido, o certinho do Sherwood, pelo menos era o que nossos pais achavam, ele sempre foi, manipulador e sínico, sempre sendo a vitima, sempre exemplo, mas na verdade era um narcisista sádico que adorava me infernizar, talvez seja uma maldição da minha família, esteja no gene dos Sherwood.

Eu sei, pareço um grande pedaço de merda invejoso, mas tentem me entender, desde que nasci minha vida tem se resumido a uma competição infeliz por quem é o melhor, quem é o mais querido, talentoso, experiente, cativante, bom de negócios.

Porra, eu tive uma infância medíocre, em vez de jogar bola com o pai e brinca com o irmão eu escutava ''Por que você não é bom como o Leon?'' ou "Você nunca passará de um merdinha e será como eu" e até "Eles prefeririam que você nunca tivesse nascido" poxa eu sei que alguns irmãos falam assim as vezes ou até que pais quando estão bravos com a gente fala algo que machuca num momento de raiva, mas ai que está o problema, se eu não andasse de bicicleta igual o Leon ''Eu era uma vergonha'', se eu me machucasse e chorasse ''Era um frouxo, Leon jamais faria isso" ai de mim se não fosse bom em matemática como Leon e cara eu não era, por uma grande parte da minha vida eu tentei ser o Leon, mas cada vez eu só o odiava mais e mais constantemente, e não o ele como meu pai e minha mãe é claro, ela sempre viu o quão babaca o marido sempre foi mais nunca se opôs, pelo contrário, simplesmente se fazia de cega e como um cachorrinho fazia o que o dono ficasse feliz, era patético de verdade, mas tudo mudou depois da Lauren.

A primeira paixão é algo que nunca esquecemos, ainda mais a de infância, Lauren foi a garotinha da escola que falou com o garoto desajeitado que era zoado pelo irmã, ela me defendeu dos amigos do Leon, e cara isso foi mais que incrível!

Lauren e eu tínhamos 13 anos na época e Leon 16, assim como seus amigos, então me diz como não ficar apaixonado por uma não clone de loiras burras apaixonadas por babacas escrotos e independente e forte? Impossível!

Até meus 17 anos fomos um casal, mas nos últimos meses de relacionamento as coisas ficaram um tanto quanto estranhas, desde que havia pedido ela em namoro para os pais dela e meus próprios não se importaram, até gostavam ela, mais que de mim, ela passou a frequentar nossa casa.

Talvez ai que more o problema você deve pensar, é o pior que é, meu irmão, nos últimos 8 meses de relacionamento que tivemos estavam ruins, para não disser pior que isso mas o pior foi o que aconteceu.

Janeiro de 2017.

- Como assim Lauren? - Eu queria saber.

Como depois de tudo que passamos ela poderia pensar em me deixar, foram quase 4 anos juntos e agora ela estava terminando tudo, por que?

- Como depois de tudo você me vira e fala que acha melhor terminamos?! 

-Bob, por favor sem drama! - Ela me olhava com impaciência, quando ela ficou tão fria em relação a nós?

Sua indiferença com meus sentimentos doíam, a forma como ela agia como se não se importasse com o que tínhamos e se tínhamos era dilacerante.

- O que você quer então Lauren? - Perguntei sem forças para aquele desgaste.

Havia dias que estava tentando falar com ela, ela continuava fria e indiferente, somente tentava se afastar e evitar conversar, sabia que o fim estava próximo mas tentei fingir que não via e adiar o máximo, mas não era mais possível.

- Olha Bob eu não quero te magoar e nem te machucar, você foi muito importante para mim vida e eu realmente te amei muito em todos esses anos... - Ela continuou falando mas "te amei" me espancou de tal forma que era indescritível qualquer tentativa de expressão.

Então ela disse.

- Acho melhor damos um tempo - Nem sabia se podia sentir mais dor, mas cada palavra continuava machucando mais e mais - Não quero que se prenda a isso, continue vivendo, conhecendo novas pessoas e se relacionando com pessoas que gostam.

Já tinha entendido tudo.

Ela estava terminando comigo por causa de outros garotos, aquilo me deixou deprimido de mais pra qualquer tentativa de mudar sua ideia.

- Okay Lauren - Foi tudo que falei.

Passei as três semanas após o término deprimido, me irmão me infernizando sobre o ocorrido não melhorava as coisas, mas quando Lauren voltou a minha casa foi o fim do mundo.

- Eu estou grávida  - Ela falou para minha família sentada ao seu redor.

Meu coração se acelerou, eu sei que sou jovem de mais pra ter um filho mas aquela notícia encheu meu coração de felicidade e esperança.

Talvez com um filho ela posso voltar para mim e seremos uma família.

- Como assim? - Minha mãe falou - Quanto tempo de gravidez?

- 15 semanas - Falou.

Tentei calcular, esse negócio de semanas e um saco! Por que não fala simplesmente os meses?

- Quase quatro meses! Por que vocês não tomaram cuidados!? - Minha mãe falou olhando para mim.

Foi quando tudo ficou estranho, Lauren olhou para Leon, meus pais, depois para mim e abaixou a cabeça.

- Ele não - Ela sussurrou mas algo que não consegui entender.

- O que? - Meu pai perguntou.

Meu irmão estava estranhamente quieto.

- Ele não é o pai.

Quando Lauren falou isso tudo girou novamente.

Havíamos terminando não tinha nem um mês, então como ela estaria grávida de outra pessoa? A resposta era óbvia, ela havia me traído.

- Se ele não é o pai o que você está fazendo aqui? - Meu pai falou friamente - Nós não vamos criar filho de nenhum vagabundo e vagabunda!

- Pai.

- Não há nada de pai Bob! - Mas não tinha sido eu que havia chamado.

Lauren estava com o rosto vermelho e os olhos cheios de lágrimas.

- Leon - Ela falou soluçando.

Meu irmão olhou para ela, era visível a indiferença no olhar dele mas tinha mais alguma coisa.

- O que? - Minha mãe queria saber.

- Leon é o pai.

Não podia ser!

Eu não queria acreditar!

Mas infelizmente era verdade, Leon era o pai da filha de Lauren, o teste de DNA depois do nascimento da criança comprovará que eles tiveram um caso enquanto ela estava comigo, meus pais não se importará com meus sentimentos e sim e manter aquela história toda escondida, Leon não se importou com a criança e continuou sua vida de pegação e fingimento de bom filho.

E Lauren, ela tentou me evitar nos meses da gestação e foi ótimo pra mim, não conseguia olhar para ela e ver sua barriga redonda e lembrar da traição.

Quando a Mary nasceu Lauren tentou falar comigo mas não quis ouvir, não importa o que ela queria, para uma ação não há justificativas.

Comecei a sair para beber e transar com pessoas desconhecidas, não me alegava ou me importava com mais ninguém, meu coração havia sido despedaçado.

Por que me importaria com o de outra pessoa?

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