9 - Planta Mental

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Caleb Dowell.

- Eu tenho um planta mental do lugar - Falei depois que todos se reuniram em volta da mesa redonda de plástico, havia somente três cadeiras também de plástico então fiquei em pé em frente ao grupo, assim como Damon tambem ficou.

- Seria melhor se você tivesse a planta do lugar! - Damon disse cruzando os braços.

- Claro, você vai entrar lá e pegar elas para nós já que é o Rambo.

Os outros riram e isso visivelmente irritou ele.

Ouvir ele saindo resmungando alguns xingamentos.

- Todos estão de acordo então?

Todos concordaram com um aceno de cabeça.

Era um bom plano, primeiro iríamos abrir as duas entradas bem ao meio dia, quando o sol brilhasse mais alto, entraremos em um das antigas zonas de isolamento, sei que deve tem a possibilidade de alguém ja ter ido lá e pegado tudo, mas pela situação que tudo se encontra e quantidade de nachs pelo menos se alguém tentou não saiu com vida de lá.

Essa não era a parte que mais me incomodava, sabia que conseguia matar metade daquelas criaturas, ou pelo menos iria morrer tentando, realmente não tinha muito pelo que lutar.

Esses últimos dois anos vivo foram mera sorte e boa mira, não importa o que acontecesse, iria morrer igual Yasmin, lutando.

Depois que invadíssemos a zona um, que por sinal era onde eu e Yasmin ficamos iríamos com as lanternas amarradas na ponta das armas e todos os monstros que tivessem na nossa frente teriam seu último dia de glória; depois que tivessemos matado todos eles iriamos dividir em três grupos, Damon queria seguir sozinho, Pietra e eu seguiriamos para os dormitórios, Tiara e Bob iriam segue para os laboratórios e Damon iria para o armazém.

Decidimos descansar um pouco, era cinco da manhã davamos para começar a dormir, as onze e meia começaremos a nós arrumar.

Cadê um pegou sua arma, uma faca, duas lanternas e um sinalizador, colocamos tudo nas nossas mochilas surradas e fomos, faltava quinze minutos para dar meio dia.

Andamos até o lugar tentando não fazer muito barulho, o que não era tão fácil ja que os cacos de vidro dos carros quebrados e abandonados estavam por todos os lugares assim como pertences que as vítimas deixaram para trás.

Era estranhos andar por esse mar de memórias ruins e pensar que a oito anos tudo era normal e as nossa maior preocupação era o que íamos comer no jantar, se íamos tirar notas boas nas provas e quantos seguidores tínhamos em nossas redes sociais, se soubéssemos que tudo se resumia agora em morte e sentimentos reprimidos teríamos amado mais, eu abraçaria mais minhas irmãs e brigaria menos.

Sempre achei que ia ficar feliz quando minha mãe parasse de pegar no meu pé e me dar bronca, hoje sinto falta das reclamações e até mesmo das frases típicas de mães que me faziam revirar os olhos "Quando eu morrer quero ver", "Mãe só presta quando quer alguma coisa", "Ninguém me valoriza nessa casa quero ver quando eu morrer" era o drama básico, agora sinto falta até disso mas é tarde porque todos que amava estão mortos.

Pensando nisso tudo nem percebi que havíamos chegado, estávamos em frente ao grande portão de aço e as cercas elétricas que provavelmente estavam agora inativas porém ninguém queria arriscar.

- Acha que elas funcionam? - Bob falou chegando perto de mim.

- Olha cara eu não sei, pode esta morta igual a metade da cidade.

- Não, ela ainda funciona - Pietra falou, antes que pudéssemos perguntar ela já estava dando a resposta - Olha alí, é um corpo de algum nach desgraçado frito, se um corpo humano demora de duas a seis semanas para se decompor ao ar livre esse filho da mãe deve está aí a mais o menos no máximo uns 3 semanas.

- Porque acha isso? - Quis saber.

- Porque ele já estava podre então isso a putrefação e mais rápido.

Fazia sentido, era bom ter alguém inteligente por perto, ela sorriu para mim depois que não disse mais nada.

Era estranhamente caloroso o sorriso dela, mas mesmo assim ainda não conseguia sorrir de volta.

- Em vez de ficar nessa suposição chata porque não testa? - Damon falou isso pegando um pássaro em decomposição por perto e jogando na grade que o fritou em segundos.

Estávamos no pátio em frente a entrada principal, havíamos deixado o portão meio aberto, o suficiente para passarmos correndo se algo desse errado e fechamos rapidamente, a grade ainda eletrificada iria nos ajudar na segurança.

- Okay, o plano continua o mesmo, Pietra e eu vamos para os dormitórios - Apontei para Tiara- Você e Bob vão para os laboratórios e Damon.

Olhei para o lado mas Damon já estava na porta de entrada.

- Eu já falei que não vou seguir ordem de ninguém!

- E tão difícil ele seguir uma simples ordem? - Falei me virando para Pietra.

- Para ele? Quase um sacrifício.

- Podem vim depois que eu matar todos eles! - Damon falou isso retirando uma barra de ferro que tinha na frente da porta, nesse momento minha mente deu um estalo e eu gritei.

- Damon não!

Mesmo assim ele me ignorou e abriu a porta com um puxão, atrás dela tinha um nach que pulou com tudo para cima dele.

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