Tiara Tompson.
23 de dezembro de 2020.
Finalmente os infectados da zona 5-B foi vacinados, meus pais pelo fato de serem risco já haviam sido infectados.
Nossa zona foi uma das poucas diferenciadas, em vez de nós mantermos em prédios isolados e galpões militares, era quase como uma prisão, a quantidade de guardas que havia naqueles locais era surpreendente.
Nossa pequena cidade foi fechada completamente, todos os moradores ainda não infectados tiveram que permanecer isolados, como muitas das pessoas eram agricultoras e o terreno era fértil então a variação de alimentos era grande, quando as Zonas foram criadas, outros como o 5-B tiveram uma oportunidade de ganhar dinheiro além de ficarem seguros.
O que para mim era estranho e que todo os meses pelo menos 10 de nós sumia, simplesmente sumia, mas isso não importa mais.
Havia várias semanas que varias pessoas simplesmente desapareciam, houve uma vez que foi uma família inteira.
Era assustador, não sei se outras pessoas notavam ou se simplesmente ignoravam as coisas, era até aparentemente discreto mas eu comecei a ficar obcecada.
Hoje estava surtando, não havia ninguém para mim falar sobre isso, não tinha muitos amigos e meus pais simplesmente não acharam necessário acreditar em mim, eram só coincidências para eles.
Mas no dia da vacinação todos apareceram de vez, sim, do nada estavam todos lá como se nunca tivessem sumidos, mas todos estavam tão empolgados com a vacina que não deram a menor atenção.
- Você também será vacinada? - Uma médica loira me perguntou.
- Não, ainda não - Respondi - Somente meus pais, eles ficaram doentes recentemente e entraram na linha de frente.
- Ah sim - Ela falou e esticou a mão para me comprimentar - Meu nome é Cecílie Loureiro, Doutora Loureiro.
- Tiara Tompson - Respondi apertando sua mão - É a primeira vez que te vejo aqui? Onde está o doutor Kawre?
- Ele mudou de zona para fica mais próximo da família.
Era estranho isso, ele tinha me contando uma vez que todos haviam morrido, por isso ele tinha concordado em se voluntariar pro programa de sobrevivência das zonas.
- Acho que tenho que ir - Eu iria me vacinar naquele dia, os já estavam vacinados, só alguns que ainda não pegaram Covid-19.
Acenei para a Doutora Loureiro, ela meu um olhar estranho, virei e fui embora para minha casa.
Mais tarde naquela noite, acordei com barulhos fortes
Levantei e vi meu
pai batendo nos móveis, minha estava estava no chão parecendo que estava tendo uma convulsão.- Mãe! - Gritei, ela estava animalesca, babando e seu corpo coberto de sangue, meu pai tinha um pedaço da garganta faltando, a visão daquilo tudo me deixou enjoada.
Ela gruniu e pulou se levantando para vir em minha direção, fechei os olhos e esperei pelo pior.
Naquele momento escutei o barulho de tiro alto e de algo grande caindo no chão, abri os olhos e vi Filipe na minha frente com uma espingarda, o corpo da minha mãe estava caído com a cabeça toda desfigurada, uma fumaça saia do cano da arma.
- Anda corre! - Ele gritou tentando recarregar a arma, naquele momento meu pai ou o que e que seja aquilo pulou para cima dele e mordeu seu braço, Filipe se sacudiu e conseguiu se livrar em seguida atirando tambem na cabeça dele.
- Você está bem? - Ele perguntou - Eles te morderam?
Não respondi, fiquei lá catatônica olhando para os corpos dos meus pais.
- Tiara! - Ele gritou me sacudindo.
- Não! Eu não fui mordida! - Gritei em resposta, a adrenalina começava a se espalhar pelo meu corpo rápido.
- Ótimo, toma - Ele me entregou a arma - E bem simples, você recarregar e atira, eu fui mordido, e se eu não morre em 5 minutos vou me transformar em uma dessas criaturas, quero que me mate antes se vê que estou começando a me transformar, não hesite isso pode custar sua vida e mesmo como sei lá que diabos e isso não quero ser responsável pela sua morte.
- Não, não cala a boca não! Eu não vou atirar em você!
- Você vai sim, eu vi isso acontece, eu vi o que aconteceu quando eles te mordem, e eu não vou ser um deles, foi o que aconteceu com meu pai agora a pouco e eu não... Eu tive... Ele tentou... Aconteceu tão rápido.
Sabia o que ele queria dizer.
- Eu não consigo - Comecei a chorar.
Como eu poderia matar alguém?
- Você tem! - Os olhos dele encheram de água - Eu sinto muito mesmo por tudo que fiz com você, eu fui um babaca perdi você porque cometi erros.
- Filipe agora não.
- Agora sim, eu sei que vou morrer e só queria pedir perdão.
- Eu te perdou - Falei.
Ele sorriu.
- Eu te amo - Antes que pudesse falar qualquer coisa ele se dobrou para trás e gritou, era agudo e assustado, quando ele voltou para o normal e me olhou seus olhos estavam pálidos e mortos, sua boca espumava.
- Eu também te amo - Gritei atirando em sua cabeça.
Senti meu estômago doe, chorando eu subi e as escadas e peguei uma mochila e joguei tudo que achei que precisava, peguei o anel que um dia Filipe me deu e coloquei na minha correntinha.
Peguei as chaves da caminhonete e vi o caos que estava lá fora, quebrei o portão acelerando o carro e dirigindo sem direção nenhuma.
A espingarda no banco do carona, minha mochila no banco de trás e meu anel na corrente em volta do meu pescoço.
Atualmente.
- Quase que ele morreu em - Bob falou tentando puxar assunto - Desculpa por não ter ajudado.
- De boas - Foi tudo que falei.
Estavam entrando na sala de laboratório geral, eu entrei primeiro segurando minha arma, a luz da lanterna revelava a bagunça.
- Tá limpo? - Bob perguntou.
- Xiu - Queria da um murro na boca dele.
Virei para fazer cara feia para ele e vi uma sombra.
Olhei para ele e o mesmo acenou para me mostrar que tambem viu.
Segurei a arma mais forte e fui em direção para onde tinha visto que a sombra tinha ido.
Quando joguei a luz em cima da sombra fiquei surpresa.
- Doutora Loureiro?
{Mídia da Doutora}
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2027
RandomO ano é 2027, há 7 anos o mundo sofreu a epidemia por causa da Covid 19, o contágio foi tão rápido que todos acharam que ela acabaria com toda a população, os governos em colapso e o medo se espalhando tão rápido quanto o próprio vírus. A população...