Trouble

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Quando enfim terminamos de levar as poucas, mas necessárias coisas para que eu ficasse tempo suficiente junto com Liam sem ter que ver meus pais, desci da caminhonete e fechei a porta, cansada. Quando olhei para o meu par, ele estava com uma cara sofrida e o braço meio levantado.

— O que foi? — perguntei morrendo de vontade de me jogar no chão e dormir, o que às vezes também se parece com tédio.

— Não bate a porta da Katy, por favor. — ele disse de dentes cerrados, parecia mesmo que estava com algum tipo de dor física.

Quem era Katy?

Olhei em volta e então me situei que ele falou “porta da Katy”. Ah, merda. Suspirei, o encarando como se pergunta-se: é sério isso?

— Você deu um nome pra caminhonete? — mordi o lábio inferior, desacreditada.

— Não é só uma caminhonete, ela é da família. — ele disse, passando a mão sobre o capô.

Fala sério, cara.

— Não acredito.

— Ela é meu Teenage Dream, então, não estrague a Katy. — ele disse, e dessa vez realmente parecia uma ordem. Nós caminhamos dá garagem da casa para a entrada.

Ele nunca ia me deixar dirigir a Katy, já estava até vendo.

Mas não me importo. Aquilo parece do século das lendas. Se é que tinha caminhonete feia assim naquela época.

Katy é uma baranga.

-x-

Eu não soube como agir com Liam. Na verdade eu era bem quieta com meu ex-namorado, mas agora as coisas eram diferentes. Uma atração que eu nunca senti antes crescia em mim, e meu maior medo era de que isso se tornasse muito grande, mais do que eu posso ter, e Liam não sentir o mesmo. Acho que na verdade se baseava que talvez Liam não sentisse o mesmo, mas outra vez, algo dentro de mim dizia que isso era besteira, e, droga, pela segunda vez, eu estava ficando bem com isso. Estava aceitando coisas estranhas que eu não sabia que podia sentir.

Como a vontade louca de levá-lo pra cama e ter um filho. Não deve ser tão natural assim querer ir logo para os finalmente quando se conhece a pessoa a menos de um dia.

Então fiquei quieta na sala da minha nova casa. Liam não sabia se podia me deixar sozinha ali, sentadinha, se podia ir a algum lugar direito sem me olhar. Não que um meteoro fosse cair na minha cabeça, ou que meus membros fossem derreter se ele parasse de me olhar, mas nós ainda não nos sentíamos bem um com o outro, eu podia ter tido o meu ataque no centro comunitário, mas aqui, agora, sabendo que ele é meu e que, nossa, é, nós somos almas gêmeas e blá blá blá, só não nos sentíamos confortáveis.

O que devíamos fazer primeiro? Nunca fui uma garota que brinca de casinha com bonequinhas Barbie e tem um primo pra tirar duvidas, então, a primeira coisa em que pensei sobre comentar, foi o casamento.

— Liam. — eu o chamei pelo nome pela primeira vez.

Wild Heart | Liam Payne fanfictionOnde histórias criam vida. Descubra agora